Prólogo

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Me chamo Victoria Elizabeth, tenho 17 anos e estou no último ano graças a Deus. Bom, não sou muito popular na escola, nunca fui pra falar a verdade. Sou mais conhecida como a garota das tranças. Esse apelido é por conta de eu sempre ir com uma trança diferente pra escola, eu amo tranças.

Bom, esse apelido surgiu por um garoto, 4 anos atrás, ele sempre aparecia lá na sala pra falar com a namorada dele e aí quando ele via que eu estava o olhando, ele dizia "Oi garota das tranças" e eu apenas sorria, eu gostava do apelido, eu gostava dele.

Agora, 4 anos depois, ele nunca mais deu notícias e eu já estou quase me formando.

- Vick, pode ir ao mercado pra mim e trazer um pote de margarina? - disse minha mãe, me tirando da concentração do dever de física.

- Ta - respondi, fechando o livro e o caderno.

Me levantei da mesa de jantar e peguei o dinheiro da carteira dela.

- To indo ein - disse.

- Ta - respondeu.

Saí de casa e andei até o mercado que não era tão longe.

Então, moro em Londres desde 8 anos. Vim pra cá por causa do casamento da minha mãe com Johnny. Mas eu sinto saudades da Califórnia.

Entrei no supermercado e o ar gelado me fez tremer um pouco, mas era só eu comprar margarina, que mal tem isso.

Andei pelos corredores e logo encontrei o que queria e fui ao caixa.

- 8 euros e 97 centavos - disse a mulher.

A entreguei o dinheiro e saí dali.

- Ei! - ouvi alguém gritar.

Não sou dessas que para do nada, mas eu fiquei curiosa e me virei.

- Venha cá - disse o homem, dentro de um carro preto de luxo.

Andei, receosa até ele.

- O que foi? - perguntei.

- Queria te fazer uma pergunta - disse ele.

- Pois faça - respondi.

- Está namorando?

Tá isso está me deixando nervosa.

- Não...- respondi.

- Ótimo, me encontre amanhã nesse local às 15horas em ponto, sem atrasos - disse, me entregando um cartão.

Não deu tempo de falar nada, o homem havia partido e eu ainda estava ali, parada encarando aquele cartão.

- Que loucura - disse, voltando meu caminho de volta pra casa.

- Mãe, cheguei! - disse, entrando em casa e guardando as chaves.

- Estou na cozinha - ela disse.

Andei até ela e deixei a margarina na mesa.

- Que cara é essa Vick? Parece que viu um fantasma - disse Johnny, aparecendo na cozinha, enquanto me encarava sorridente.

- N-nada - disse, saindo dali.

Bom, sempre gostei bastante do Johnny, mas ele agora está agindo meio estranho comigo, como dizer eu não sei, mas eu percebo.

Subi até meu quarto e meus livros de física estavam lá, minha mãe deve ter tragos para por a mesa.

Me deitei na cama e puxei o cartão. Nele estava escrito "Simon Cowell" encarei por alguns segundos e o coloquei em cima da mesinha de cabeceira.

- Isso é loucura - disse, pondo a mão na cara.

Me sentei novamente e comecei a desfazer a trança já bagunçada.

- Vick, vem jantar! - ouvi minha mãe.

Não respondi nada, apenas troquei de roupa e desci.
...

- O que foi filha? - perguntou minha mãe, me tirando dos pensamentos.

- Nada, porque? - respondi.

- Está brincando com a comida um tempinho - disse, levando uma folha de alface até a boca.

- Estou pensando. - respondi.

Johnny estava lavando a louça, então eu podia conversar com minha mãe normalmente. Bom, Johnny é muito ciumento quando se trata de mim e da minha mãe principalmente.

- Vou subir - disse, dando a última garfada e me levantei com o prato vazio.

Deixei o prato com Johnny e fui até meu quarto.

Eram umas 21 horas já e eu já estava com minha roupa de dormir e assistindo Os Intocáveis, como amo esse filme. Já estavam nos créditos então tratei de desligar a TV e dormir, mas tudo o que eu conseguia fazer era pensar sobre o que vai acontecer amanhã as 15horas.

Victoria (Harry Styles)Onde histórias criam vida. Descubra agora