My Little Ômega || Jikook Omegaverse

Vol.1 • Chapter III

Narrativa de Namjoon:

Observei Jungkook com compaixão, reconhecendo a angústia em seus olhos. Ele estava apenas no segundo ano, mas a cena quase o fez chorar. Mesmo sendo um simples beta, consegui sentir os feromônios de Jimin no ar...

— Daqui a pouco sua mãe estará aqui — falei, tentando aliviar o peso do momento.

— Você chamou meus pais? — Jungkook perguntou, surpreso.

— Foi o seu professor. É claro que eles não iam te deixar ir para o dormitório assim, com o braço desse jeito. Está uma bagunça.

— Namjoon, me desculpa. Não lembro de muita coisa, só sei que estava desesperado tentando me conter. Eu machuquei algum de vocês?

A lembrança do armazém ainda assombra minha mente. Quando entrei, vi Jungkook agarrado a Jimin, seus olhos cheios de pavor e sua expressão selvagem. Seu braço estava coberto de sangue, onde ele mesmo havia mordido na tentativa desesperada de conter seu lobo interior. O chão estava manchado de vermelho, um lembrete sombrio da batalha que ele travava consigo mesmo. Foi uma luta emocional e física separá-lo de Jimin, enquanto medo e ferocidade se entrelaçavam em um turbilhão de emoções.

Jungkook se levantou da cama da enfermaria, seus passos hesitantes revelando a fraqueza que ainda o dominava.

— Sabe, você é impressionante — murmurei, admirado com sua determinação.

Mesmo diante da adversidade, ele se mantinha firme.

— Onde você está indo? — perguntei, preocupado.

— Ao banheiro.

— Tem certeza que consegue andar? Quer que eu vá com você?

— Estou bem — ele respondeu, com um sorriso fraco, tentando parecer confiante.

Assenti, mas uma inquietação persistente continuava enquanto o observava se afastar em direção ao banheiro.

Narrativa de Jungkook:

Entre os azulejos frios do banheiro, senti-me cercado por um desconforto sufocante. Cada passo ecoava como um lembrete da minha fragilidade. Tranquei a porta atrás de mim, buscando refúgio na solidão.

"Eu não sou nem um pouco impressionante", murmurei, lutando contra os pensamentos confusos que inundavam minha mente. Minhas memórias fragmentadas me assombravam, deixando-me à mercê das emoções que me consumiam.

O cheiro dos feromônios de Namjoon ainda pairava no ar, uma presença tangível que me envolvia. Eu era só mais um alfa, lutando contra desejos incontroláveis. Se não fosse pela intervenção dos outros, eu teria sucumbido à tentação. A imagem de Jimin gemendo sob mim, entregue ao desejo, provocava uma excitação que eu lutava para reprimir.

"Droga, estou de pau duro", murmurei, envergonhado pela minha própria luxúria.

Desviei o olhar do espelho, tentando afastar os pensamentos que ameaçavam me dominar. Com um suspiro pesado, fiz o possível para recuperar o controle antes de encarar o mundo lá fora.

Na enfermaria

A autora narrando:

O coração da mãe de Jimin batia descompassado enquanto corria pelos corredores da escola, Gi firmemente abraçada em seus braços. O desespero se refletia em seus olhos.

— Jimin!? — sua voz ecoou com urgência ao invadir a enfermaria.

— Você é a mãe do Jimin? — perguntou Kimura, levantando-se para recebê-la.