Capítulo 6- Álcolatra novamente

116 6 1
                                    

P.O.V. URSS

Depois de conversar com Finlândia eu entrei em casa ainda com aquele avental rosa que tinha ganhado da Estônia.. a mesma estava sentada no sofá me esperando nervosa.. e corada.. ela sabia o que tinha feito. Então tirei meu avental e pendurei ele perto dos casacos na porta e fui em direção a Estônia, me sentei do lado dela e perguntei:

-Você gosta dele?

Ela ficou em silêncio por meio minuto ou mais mas respondeu.

-Eu.. não sei..

-Estie, quero que você seja sincera com o que você está falando.

-Hm.. tá.. eu gosto dele...

-E ele gosta de você pelo visto, né?

Ela corou um pouco mas não respondeu nada.

-Por que você gosta tanto dele?

Ela demorou um pouco quando percebi uma lágrima escorrendo no rosto dela..

-Desculpa - ela disse - Eu não deveria ter beijado ele eu sei.. eu entendo que você não gosta dele então já que ficaremos de quarentena eu.. vou.. cortar contato com ele e...

-Filha, cal--

-Não pai.. você tem razão..

Ela me interrompeu e foi pro quarto depois disso, acho que ela pensou que eu não deixaria ela namorar com ele.. ele parece ter mudado.. não estava mais cheirando a álcool, eu não quero que ela fique com um álcolatra.. eu sei como é ruim perder o controle até por que me livrei do vício há um tempo atrás, não quero que ela sofra de novo com um cara louco, quando ginla fica bêbado ele fica muito pervertido, diferente de mim, que fico agressivo.. meu único medo é ele tentar... Fazer.. aquilo...

P.O.V. Estônia
Eu fui pro meu quarto o mais rápido possível e fechei a porta e corri para a cama em busca de amparo e comecei a chorar. Não acredito que quando eu começo a gostar de alguém pela primeira vez eu tenho que me afastar da pessoa.. eu não quero isso.. eu.. amo o finn.. e eu tenho certeza que ele me ama por que.. ele.. me beijou também.. foi o melhor momento da minha vida... Aquilo estava tão bom.. Pena que eu teria que contar contato com ele..

(Quebra de tempo até depois da quarentena)

A quarentena já tinha passado e estávamos em época de férias no fim do ano.. e eu ignorei todas as mensagens que o Finlândia tinha me mandado durante a quarentena até que meu pai abriu a porta do meu quarto, eu estava deitada na cama mas quando vi o mesmo eu sentei dando espaço para ele se sentar também.

-Podemos conversar?

Fiz que sim com a cabeça

-Bem.. é sobre o Finlândia..

-Mas pa--

-Calma, eu sei que vocês se gostam - ele me interrompeu imediatamente. - e nesse tempo de quarentena eu não consegui tirar aquela cena do beijo de vocês da cabeça, então.. eu acho que.. tudo bem por mim se.. vocês..

Ele fez uma pausa pensando se realmente falaria aquilo ou não e começou a corar um pouco.

-Tudo bem se vocês quiserem namorar..

Nessa hora eu me animei bastante então dei um grande abraço nele e comecei a falar muitos "obrigada" um seguido do outro.

-Eu já fui jovem.. Acabei me apaixonando várias vezes.. você sabe.. eu gostava do Nazi.. até descobrir que ele era um traidor, claro que também fiquei triste e impactado com a "morte" dele.. já me apaixonei pelo México.. quando ele tentou me ajudar nas guerras.. mas quando ele.. disse que não gostava de mim daquele jeito.. eu fiquei mal... Não quero que isso aconteça com você, Finlândia era um álcolatra, não sei se ainda é, mas ele não fica agressivo que nem eu, só pervertido mesmo, só não quero que você sofra com outro álcolatra hehe

Ele fez um carinho bagunçando todo meu cabelo e disse que eu poderia ir lá fora vê-lo se eu quisesse, e que dessa vez ele não ia ficar na minha cola.

Eu assenti então dei ração para a Mia que estava com fome e fiz carinho nela até que eu percebi..

-Mia? O que é isso aqui?

Passei a mão na barriga dela e vi que estava grande.. não pode ser.. a Mia e o Félix tinham cruzado durante a quarentena! Eu estava feliz pela Mia, mas confusa pelo que tinha acontecido.. quem diria que os gatos também se apaixonariam um pelo outro assim como os donos hehe..

Peguei um casaco no armário e me vesti, eu estava ansiosa para doar de casa, quando saí, pude respirar aquele ar fresco que já não respirava a meses...

Fui até a casa de Finn.. eu vi algumas coisas no jardim dele.. móveis que estavam velhos provavelmente por causa da chuva e sol quente.. será que ele estava bem?

Bati na porta.

-Finlândia? Você tá aí..?

Não demorou muito para ele abrir a porta. Ele estava bêbado? Ele tava com uma garrafa de vodka na mão..

-Hora Hora... - disse ele quando me reconheceu - O que te trás aqui Estônia?

-Você bebeu? - perguntei enquanto olhava para dentro da casa dele.. ela estava meio desarrumada com poeira acumulada - O que aconteceu?

Entrei lá dentro e vi a bagunça.

-Veja só! Esta uma zona aqui dent--    F-FINLADIA?

Ele me surpreendeu com um abraço por trás.. eu estava com tanta saudade dele.. enquanto ele me abraçava conseguia sentir seus dedos deslizando pela minha barriga por baixo da minha blusa.. por mais que meu corpo estivesse pedindo por aquilo eu tive que fazer o que era certo... Eu empurrei ele..

-Não Finn. - peguei a garrafa das mãos deles e vi ele ficar confuso - Você vai tomar banho para tirar esse cheiro de álcool e eu arrumo aqui.. cadê seus irmãos?

-Eles viajaram para casa... Do vermelhinho de cruz branca...

-Suiça?

-Não.. Suíça não é meu irmão..

-Dinamarca?

-Sim sim..

Eu vi ele se aproximando de mim e me dando um abraço... Ele tinha começado a beber de novo? Eu tinha que ter cuidado com ele assim... Meu pai já tinha acabado de me alertar.. depois de um longo tempo me separei do abraço e disse:

-Tome um banho e depois tire um cochilo... Eu vou limpar aqui enquanto isso...

Amor entre gatos 🐈Onde histórias criam vida. Descubra agora