Capítulo 6 - Feliz aniversário!

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22 de Maio de 2005, Domingo, 03:56PM

O resto da semana passou voando, como eu estava ocupada demais com a faculdade e o trabalho, não saí mais com o Greg, a não ser quando ele ia me buscar em casa ou na faculdade. Ainda não tínhamos muitas pistas sobre o serial killer, e eu tentava não pensar muito sobre o assunto quando eu estava fora do laboratório, meu psicólogo pediu para eu não focar muito nos casos do trabalho em minha rotina pessoal, pois aumentaria minhas crises de ansiedade. Dentro de uma investigação e outra de crimes, conseguimos pegar um traficante de crianças e eu me senti tão feliz por isso que comecei a me empolgar mais ainda, pois foi aí que percebi que toda a investigação fazia diferença e mais do que nunca, eu tive a certeza que que queria isso para o resto da minha vida.

Quando eu acordei já havia passado o horário do almoço, Pamela junto a minha mãe, estavam organizando tudo para o jantar. Ela havia vindo me acordar mais cedo, mas quando eu contei que tinha ido dormir de madrugada fazendo trabalhos da faculdade, fez questão de me deixar dormir em paz.

Apenas amarrei meus cabelos e desci as escadas em direção a cozinha, reparando que a sala de estar estava toda decorada com balões pratas e serpentinas penduradas no teto. Ao chegar à sala de jantar, verifiquei que a mesa já estava toda posta com jogos americanos novos, louças decoradas e talheres bem colocados. Pame surgiu da cozinha com vários copos em mãos.

- A Aurora acordou! – Me deu um beijo estalado.

- Querem ajuda? – Perguntei já pegando alguns copos de suas mãos.

- Já está quase tudo pronto. Coloquei nome nos assentos para ninguém pegar meu lugar ao seu lado.

- Possessiva. – Pamela riu e caminhou pela mesa arrumando os copos. – A decoração está linda.

- Obrigada, mais um ano que eu faço meu trabalho muito bem. – Me abraçou por trás. – Feliz aniversário!

- Obrigada, meu amor. – Fiz carinho em seus braços. – Será que a mamãe deixaria eu beliscar algumas coisas?

- Sua mãe quase me matou quando fiz menção de pegar um petisco.

- Não vou nem tentar. – Ela riu enquanto entravamos a cozinha. – Boa tarde, mamãe!

- Minha princesinha! Como se sente com 20 anos? – Minha mãe estava empolgada, o que me fazia rir.

- Com mais dor nas costas do que ontem. – Ela me deu um beijo junto de um abraço apertado. – O cheiro está maravilhoso.

- Coma um sanduíche antes de ir se arrumar. Daqui a pouco as pessoas começam a chegar.

- Tudo bem. – Fui e direção aos armários para pegar os pães.

- O seu namorado vem? – Pame disfarçou um engasgo enquanto eu tentava não fazer careta.

- Ele não é meu namorado, mamãe. Mas vai vir sim.

- Ela não quer oficializar um namoro, tia. – Rolei os olhos. A Smith sempre falava demais. – Pelo que ele me fala, só não assume nada por causa dela.

- Você não tem algumas decorações para fazer não? – Bati com o pacote de pão em seu braço. – Não está na hora de assumir nada, estamos nos conhecendo.

- Espero que ele seja uma boa pessoa e que te faça feliz. – Minha mãe deu um beijo em minha bochecha.

- Obrigada, mamãe. – A abracei de lado e quando ela se afastou, peguei os pães de volta.

Preparei dois sanduíches e fui para o quarto comer enquanto minha mãe terminava de cozinhar. Eu não havia visto bolo, então era bem capaz dela ter levado em consideração meus pedidos de não ter a clássica cantiga neste dia. Liguei meu notebook e verifiquei novamente se meu trabalho estava bom, vez ou outra eu olhava de reflexo as notificações que chegava em meu celular e nenhum me chamava muita atenção até que chegou a dele.

Spilled Blood [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora