Desastre Telepático

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Mais tarde, na residência da família Müller.

Skyler desce as escadas de sua casa e caminha em direção a cozinha, onde sua mãe, Senhora Müller, estava preparando o almoço.

- Oi mãe, o que vai fazer pro almoço? - Pergunta Skyler ao se aproximar de sua mãe.

- Ah, estou fazendo uma coisa muito especial para você...

- Ah, lasanha caseira, é minha favorita! Mãe, não precisava. - Skyler interrompe a sua mãe, acidentalmente lento a mente dela e encontrando, antecipadamente, a resposta para a sua pergunta.

- Filha, como sabia o que era o almoço? Eu nem respondi a sua pergunta. - Pergunta a Sra. Müller se virando para Skyler.

- Ah, eu vi os ingrediente, então deduzir o que era. - Ela mente ao si dar conta do que tinha acontecido.

- Nossa! Que percepção rápida. - Exclamou a Sra. Müller.

"O que quê está acontecendo?" - Skyler pensa, silenciosamente, em sua mente, mas acaba projetando, acidentalmente, seus pensamentos na mente de sua mãe, que estava próxima, e escutou os murmúrios mentais da filha em seus pensamentos e disse estranhando a questão:

- Como assim "o que quê está acontecendo", Skyler?

- Mãe, eu não disse nada. - Ela exclamou não percebendo o descontrole de seus poderes, mais uma vez.

- Disse sim. Você disse "o que quê está acontecendo". - A Sra. Müller responde e Skyler percebe o que seus poderes haviam feito.

De repente, ela começa a ouvir em sua mente os pensamentos de todos a sua volta, não só os da sua mãe, mas também os dos seus vizinhos, das pessoas nas calçadas, e em pouco tempo, Skyler começou a ler as mentes de todos na sua rua inteira. As vozes que Skyler ouvia em sua mente eram, mais uma vez, bagunçadas e muito rápidas, e ela não conseguia entender, já que estava ouvindo todas ao mesmo tempo, e as vozes ficavam cada vez mais altas. Skyler não aguentava mais, ela não conseguiria suportar aquele poder, que já estava começando a doer.

Ela coloca as mãos na cabeça, na tentativa de amenizar a dor que sentia, sua mãe percebe e a questiona preocupada:

- Filha, está tudo bem?

- Parem! - Skyler grita e libera uma, gigantesca, onda telepática de seus poderes e se conecta com todas as mentes da sua rua e, ao invés de as pessoas projetarem seus inúmeros pensamentos nela, Skyler é quem projetou seus pensamentos nos seus vizinhos, transformando o seu suplico em uma ordem mental: "Parem". E, de repente, todas as pessoas com quem ela tinha a sua mente conectada, incluindo a Sra. Müller, que estava ao seu lado, tiveram suas mentes desligadas, e desmaiaram.

Skyler, também, rompe a conexão telepática que tinha com todas as pessoas da sua rua, e, quando as vozes dos pensamentos de seus vizinhos cessam em sua mente, ela percebe, através de seus poderes, o que havia feito com todos ao seu redor, incluindo sua mãe, ao vê-la desmaiada.

- Mãe! - Diz Skyler jogando-se, de joelhos, no chão ao lado da Sra. Müller. - Mãe acorda! Mãe, por favor acorda!

Ela deita sua cabeça no ombro de sua mãe, e começa a chorar, abraçando-a. "O que foi que eu fiz?" - Skyler se questiona em prantos, ela estava desesperada, não sabia o que fazer naquela situação. Então a resolução surgiu em sua cabeça que, apesar de aflita, conseguia se manter racional e, de certa forma, calma. "Eu preciso de ajuda." - Skyler ergue a sua cabeça e limpa as lágrimas de seu rosto, que escorriam de seus olhos marejados, e usa sua telecinese para levantar a Sra. Müller no ar e a levita até o sofá. Então a deita e retira o celular de seu bolso e começa a escrever uma mensagem para Os Heróis de São Paulork.

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