Os Heróis de São Paulork: Parte 1

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Matthew caminhava pelas as ruas de São Paulork pensativo, sua mente ainda estava muito perturbada, o que o fazia andar com o rosto emburrado e cabisbaixo pelos sentimentos ainda ressentidos em seu peito, chegando a dar um gosto ruim na boca, mas felizmente ele sentia esses sentimentos se esvaindo, conforme caminhava, e cada vez mais sentia que um enorme peso saía de suas costas, descurvando-se, e finalmente erguendo a cabeça aos poucos, sentiu um verdadeiro alívio, pois seus olhos agora viam, brilhando, ofuscados, e admirados, o que estava ao seu redor.

O ar descia sobre seus pulmões com tanta facilidade que parecia não se poder esquecer de respirar automaticamente, e abrindo um sorriso de se fascinar, Matthew contemplou a vida da cidade; os prédios por todos os lados; uma selva de pedra que se você olhasse bem poderia se encantar; o movimento das coisas: dos carros nas estradas fazendo barulho, das pessoas andando nas calçadas, conversando juntas, ou transitando entre os lugares: calçadas, avenidas, ruas, prédios, lojas, casas: as casas, entre os prédios, ou dentro deles, em sequência: casa, prédio, prédio, casa; ou apartamentos e escritórios, tudo isso a luz do sol da tarde, brilhando, queimando, ardendo, e iluminando.

A frente situava um carrinho de salgados, com um vendedor atrás vendendo os salgados de vez em quando. Ele achou que seria uma boa ideia comprar um, o clima estava tão bom, seria mais gratificante admirar a paisagem de São Paulork comendo alguma coisa gostosa, fora que, como qualquer ser humano que se preze, Matthew se desestressava quando comia, então foi o que ele fez. Parou no caminho no carrinho de salgados e comprou um que mais gostava do vendedor detrás deste, e continuou andando enquanto saboreava o salgado, olhando disposto a procurar o que contemplar ao seu redor, até que passando ao seu lado, enquanto caminhava na contínua calçada, um casal de dois meninos de braços dados um para o outro, andando em sentido contrário ao dele, abraçadinhos de maneira muito fofa a quem visse, fez Matthew se encantar e começar a pensar: - "Como seria bom ter isso... alguém pra estar ao seu lado.... um amor!".

Tal pensando é considerado muito nobre para alguns, mas para outros, infelizmente, é considerado impróprio, como para o homem que também passou por esse casal, a poucos passos atrás dele, onde já estavam, e o outro vinha, e começou a proferir:

- Bichas! Vocês são bichas! - Um pavio foi acesso; o casal de meninos reagiu e enfrentou, como era o certo, e como qualquer casal, um com respostas à altura e o outro com ferocidade moral; uma bomba ia explodir; infelizmente não causaria agitação à volta, pois um homem ofendendo deliberadamente, e ainda continuamente, dois garotos namorados, que estavam se defendendo como podiam, num espaço público na frente de um povo que não fez nada, só passar reto ou desviar, alguns quebrando o pescoço para observar o show embaraçoso e desnecessário (realmente), não era algum motivo para começar uma brigar.

Matthew ficou injuriado, essa situação era uma desgraça para a vida, o que o fez pensar em voz alta:

- "Alguém devia fazer alguma coisa." - Olhando para as pessoas hipócritas que contemplavam e ignoravam. - "Eu queria poder fazer alguma coisa..." - Continuou com frustração. - "Eu posso fazer alguma coisa." - Concluiu olhando para as suas mãos, as mãos capazes de mover, destruir e restaurar a matéria; extremamente poderosas; e que conseguem causar explosões equivalentes a uma bomba atômica.

Alguém perto, naquele momento, toma um susto ao se voltar para a direção dele, eventualmente, e não ver nada além do ar, nem na frente, nem no alto; nem num lado, nem num outro. Matthew havia desaparecido daquele lugar, repentinamente. O homem continuava ofendendo os namorados, e os meninos continuavam a se defender, em uma briga vergonhosa, tanto para o agressor inconveniente, quanto para as vítimas menosprezadas; e que estava ficando cada vez mais séria, com os ataques verbais, de ambos os lados, ameaçando se tornarem físicos. Uma rajada de energia roxa dispara-se contra ele, surgindo do nada na direção do homem, atingindo-o e o arremessando para longe, fazendo ele cair no chão a metros de distância do casal de meninos, sem ferimentos, mas perturbado com o que aconteceu, assim, é claro, como os que também presenciaram o acontecimento: de onde veio esse raio roxo? Quem fez isso? Por que fez isso? Foi para salvar o casal?, que se sentiu muito agradecido por ter feito isso. Foi um herói? Talvez um Super-Herói? Na cidade de São Paulork?

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