O céu é um lugar único de se viver. Um verdadeiro paraíso. Não existe maldade, preconceito, racismo ou qualquer tipo de doença.
Essas são uma das coisas que eu mais amo aqui: a igualdade e a paz.
Igualdade até certo ponto, pois todos os anjos devem ser puros e divinos, mas eu, Park Jimin... Ah, eu não tenho nada de puro e muito menos de divino.
Não quando estou quebrando uma das regras do Senhor: não olhe para seus irmãos de outra forma. Mas eu peco, todos os dias, porquê eu desejo todos os meus irmãos e irmãs.
Talvez isso possa ser denominado como: incesto. Não me importo, quanto mais errado, melhor.
Ah, eu desejo seus corpos sob o meu. Desejo sentir as suas peles contra a minha. Eu desejo toca-los, para que se tornem meus.
Para levá-los ao quente inferno.
Para que pequem comigo, para que desejem comigo. Para poder senti-lós em torno do meu cacete duro.
"Um anjo falando palavrões desta forma?"
Eu posso dizer tantas coisas a você...
Imagine só: nós dois, juntos. Você gemendo e eu sussurrando o quão apertado você pode ser para mim... O quão gostoso você é. Posso apertar cada partezinha do seu corpo, tomando-o para mim.
Em pensar que eu não desfrutava destes prazeres da vida. Juro que eu não era assim, "sujo".
Eu era puro. Um anjo que cuidava e protegia os sonhos de várias criancinhas. Até que... Ele chegou.
Ah, eu passei a ser um anjo muito menos cuidadoso, parei de me importar com os sonhos alheios das crianças.
Poxa, eu deveria ter um momento para mim, não é mesmo? Deveria me satisfazer.
E ele me mostrou isso. Mostrou os prazeres mais eróticos possíveis, no entanto, eu me interessei por apenas um deles.
Asfixiofilia. O fetiche - prazer -, pela redução de oxigênio.
De primeira, eu havia entrado em pânico. Quando seus dedos circularam meu pescoço, senti todo meu corpo gelar de medo.
Mas então, com a mão esquerda, ele me penetrou dois de seus dedos.
Ah sim... Foi tão bom.
A sensação da falta de ar me excitou. Seu cheiro amadeirado. Seus olhos felinos e vermelhos, que me devoravam apenas com o olhar. Sua língua que brincava com meu pescoço sensível. As suas arfadas que me arrepiavam. E claro, seus dedos habilidosos.
Eu já tinha visto muitas maravilhas pelo paraíso. Coisas e seres extremamente belos. Mas nenhum deles se comparavam a visão privilegiada que eu tinha.
Jeon Jungkook, meu demônio, satisfeito com o seu e o meu prazer. E quando ele chegava em seu ápice. Ah... o jeito que ele fisgava dentro de mim, molhado e quente, do jeito que eu amava.
E ele sabia disso.
Nossas despedidas nunca foram significativas. Não precisávamos disto, só precisávamos dos nossos sorrisos satisfeitos que eram deixados para trás.
Parei de me importar com os sonhos dos pequenos. Pois eu mesmo, fazia os seus pesadelos.
Afinal de contas, os gemidos altos de satisfação e os baques dos corpos se encontrando, não eram de duas pessoas normais.
Eram barulhos eróticos de duas criaturas sobrenaturais. Uma divina e a outra infernal.
Eu deveria ter pena e mais cuidado com os meus pequenos. Mas Jeon disse para não me preocupar, eu era o mais importante ali. Com o tempo, eu fui concordando com ele.
E foi assim, que Jeon Jungkook, o herdeiro de lúcifer, corrompeu Park Jimin, o anjo favorito do senhor.
Dias atuais:
O anjo, que ja não podia mais ser chamado de puro, passava pelos jardins floridos como se não estivesse fazendo nada de mau. Tocando as flores como se ainda tivesse aquele direito. Como se não estivesse indo se encontrar com seu maior pecado.
Ele sorria docemente para qualquer um que passasse pelas pequenas nuvens brancas, do seu lar.
Tão mentiroso.
Quando sua face era virada para frente, o sorriso até então doce, sumia e dava lugar ao sorriso lascivo, sujo e maldoso, de Park Jimin.
Afastando-se do paraíso e chegando cada vez mais perto da porta proibida, sua máscara foi caindo.
A íris branca de seus olhos, tornou-se negra, assim como suas vestes divinas. Oh sim, preto era a sua cor.
Dando-lhe um ar de liberdade, não tendo mais que fingir. Mentir.
Ah, Park... Tão pecador.
Mas ele não importava-se verdadeiramente. Seu Jungkook havia lhe ensinado corretamente.
Ele não devia se preocupar, mentir era normal afinal de contas. Todos faziam. Qual a diferença de ser apenas mais um?
Exatamente. Nenhuma.
O anjo, chegou ao seu destino. A parede do fim do paraíso ou começo da escuridão. Chame como quiser.
Para Jimin, era a porta de sua liberdade.
Pegando o colar dourado de seu pescoço, cobrindo com ambas as mãos, sorriu ao ver a escuridão tomar conta do ouro, tornando-o escuro.
Fechando os olhos, ele ditou as palavras que foram-lhe ensinadas por seu Jungkook: "Abra, para que seu servo lhe sirva."
E então, a porta branca foi tomada pela nuvem de escuridão e a passagem do inferno foi aberta para si.
Ao lado de dentro, estava o seu demônio favorito, com trajes um tanto quanto mortais.
Saindo da parede suja, Jungkook caminhou vagarosamente até o seu anjo, Park Jimin.
Com o olhar vermelho e impuro, sorriu ladino, com a obediência de seu loirinho.
— Vejo que aprendeu direitinho, meu bem. – Agarrando a cintura de seu anjo, Jungkook finalmente juntou seus lábios.
E o beijo tinha o gosto de algo que eles detestavam. O gosto da saudade.
Fazia-se muito tempo que não se viam. O desejo e o tesão acumulado era excessivo.
E sim, eles matariam a saudade nesta noite, mas de um jeito totalmente diferente.
Afinal de contas, Park Jimin tinha uma surpresa para o seu capeta favorito: Jeon Jungkook.
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Hmm, esse foi o primeiro capítulo, espero que tenham gostado. É bem provável, que a fic não seja tão grande, mas vamos ver no que vai dar.
Eu me senti tão suja escrevendo isso KKKKKKKK mas foi tão bom, poxa...
Ah, eu pensei nesse plot, a partir dessa fanart PERFEITA!
Obrigada por ler até aqui! E durmam com os anjos... Ou demônios. 🐾
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O Pecado de Desejar Você • Jikook
Fanfiction[CONCLUÍDA] Park Jimin sempre foi o anjo mais puro e exemplar de todo céu. Porém, ninguém imaginava que o "puro" anjo, adorava foder com seu demônio favorito, Jeon Jungkook. Já Jungkook, tinha a missão de corromper o anjo herdeiro dos céus. Oh sim...