+18 CONCLUÍDA.
É errado se apaixonar pelo chefe? Deve ser! Mas foi justamente o que eu fiz, eu o vejo passar diante dos meus olhos como se estivesse em câmera lenta, não é um homem não, é um Deus grego. Sei que sou boba em acreditar que esse homem v...
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Acordei cedo hoje, com muita coragem? Definitivamente não, mas fazer o que?
Desde que terminei os estudos, ajudo meu pai com o pequeno comércio que temos no nosso bairro, é de certa forma legal, não saberia dizer se tem emprego melhor, pois nunca fui além de onde estou.
Nosso bairro não é o mais rico da cidade, é um bairro simples porém muito organizado e bonito, as casas coloridas, os jardins bem cuidados, os vizinhos são, bem, somos uma família, e como toda família, temos problemas.
O dia começou o mesmo, acordar, comércio, casa. Desde que terminei os estudos, sempre é a mesma coisa. Não há grandes emoções como nos Romances que planejo escrever, chega a ser cansativo a mesmice. Quero utilizar o meu tempo para algo produtivo, algo além do meu bairro, sei que posso mais, não por dinheiro, mas por querer ter história para contar, se é que vou ser uma escritora, preciso disso.
Abri os olhos pesadamente, meu quarto ainda escuro, está chovendo forte, aquele barulhinho bom, eu gosto de dias chuvosos. Deitada sem vontade de levantar, pensando que é mais um dia entediante da minha vida.
Resolvo levantar, já que tenho que fazer isso alguma hora. Vou ao banheiro me olho no espelho, meus cabelos estão bagunçados, são castanhos na altura do ombro, tenho a pele branca com aspecto dourado, boca carnuda, com meus olhos castanhos ficando mais claros ainda sob essa luz florescente.
Olhando minha imagem, gosto, penso comigo; estou me maltratando vivendo sem viver, desperdiçando meus melhores anos, eu sou muito nova para me deixar abater dessa forma. pergunto a mim mesma:
- O que está fazendo da vida Lana?
Tomo um banho frio para ver se espanta essa minha indisposição, saio de toalha do banheiro, procuro uma roupa confortável e visto, me sinto alegre por ajudar meu pai, não me entenda mal, mas acredito que até ele quer mais para mim, adoro meu caladinho. Sinto meu estômago roncar, vou logo procurar por algo para comer.
Estou sentada na mesa tomando meu café da manhã, pensando em como minha vida está sem rumo, além de um namorado que vejo de vez em quando, não faço nada. Não tenho inspiração para pintar ou escrever, estou perdendo tempo não fazendo nada da vida, já com meus vinte anos, devia já ter pelo menos um emprego remunerado.
Levanto me sentindo frustrada, vou para o comércio, ligo meu Notebook, resolvo assistir um pouco, é uma série que amo, mas assisto sem prestar muito atenção, meus pensamentos estão voando. Sempre sonhei em ser pintora ou uma escritora de sucesso, porém não estou tendo inspiração, e como vou ter? Estou sempre enfurnada nesse comércio, falando sobre o gato novo que apareceu na rua com os vizinhos fofoqueiros. Minha irmã entra fazendo o sininho da porta do comércio fazer barulho, me tirando dos meus pensamentos.
