Quando a desgraça começou

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1° de Setembro de 1995

"Tom Marvolo Riddle, eu sei muito bem que o senhor está me escutando, não se faça de idiota que você não é! Solte o meu livro de poções do quinto ano, antes que eu jogue esse vaso na sua cabeça!" Harry ameaçou com irritação, fechando os olhos constrangido, não querendo ver o estado de seu quarto novamente.

Há alguns minutos o Potter havia se retirado do quarto para organizar suas malas para voltar a Hogwarts depois das férias que passaram muito rapidamente agora que tinha uma companhia. E, então, quando voltou para o quarto, ele estava quase destruído! O armário estava quebrado e as roupas espalhadas para tudo quanto é lado, os poucos sapatos que o garoto tinha tiveram um destino pior do que a morte e o bebê conseguiu, de alguma forma inexplicável, quebrar a porra da cama!

Se aquilo era magia acidental por conta da idade, Harry não sabia, mas ele não perdoaria.

E, com um olhar desafiador, o bebê Tom fitava Harry ameaçando grudar seus dentinhos na capa do livro marrom de poções que Harry utilizaria naquele ano, como uma tola ideia de que, sem seus materiais, o Potter ficaria em casa. Tom não queria ficar sozinho mas sabia que o garoto tinha responsabilidades, então o Riddle ficava com uma babá que Harry contratou por tempo integral no mundo trouxa (não que ela tenha durado muito tempo até Sirius chegar) na pequena casa que o estudante conseguiu alugar graças aos Dursley que gentilmente emprestaram dinheiro suficiente para ele

(Por algum motivo, Harry sentia que havia se esquecido de algo importante sobre os Dursley)

Harry sabia que aquela família prezava pelas suas cabeças mais do que a dinheiro, então uma pequena e leve ameaça não faria mal a ninguém, além dos trouxas. Usou o dinheiro para comprar tudo o que um bebê precisaria, contratou uma babá, uma mulher de vinte anos que não parecia saber que Harry era uma criança de quinze anos (mesmo que, quando foi contratada, ele tinha 14, então só piorava a situação) e não estava disponível para fazer sexo, coisa que estava óbvio na cara da mulher que ela queria.

E por essa e inúmeras outras razões que Tom detestava ficar junto com aquela mulher. Mas ele sabia que a culpa era dele por confiar tão cegamente em Rabicho. Não queria admitir, mas Tom se divertiu naquelas férias de verão com o adolescente.

Então, é bom que agora ele não esteja mais sozinho com a mulher...já que agora existem outros idiotas para cuidar dele.

"Eu estou avisando…" o Potter fuzilou o bebê com o olhar e estava prestes a jogar o vaso da cômoda na criança, quando o Riddle gemeu desgostoso e atirou o livro para longe, cruzando os bracinhos fofos e fazendo beicinho. "Por Merlin, onde eu fui me meter?"

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Meses antes: 24 de Junho de 1995

Harry sentiu seus pés baterem no chão, o corpo estava machucado e cansado e ele cedeu, caindo no chão ao lado da Taça Tribruxo, exausto, vendo Cedric ao seu lado, totalmente ofegante e caindo. Aos poucos, ambos soltaram as mãos da taça e se entreolharam, antes de desviar o olhar para os arredores e constatarem que estavam muito, muito longe de Hogwarts. Era óbvio que não estavam no território da escola e que estavam há milhares de quilômetros de distância. No lugar da escola animada e requintada, estava um cemitério escuro e cheio de mato; parecia não ser limpado há séculos.

Há esquerda um morro se erguia e havia um contorno de uma pequena igreja no canto a direita. Harry mal conseguia enxergar naquela escuridão, nem discernir a silhueta de uma enorme e bela casa na costa do morro, parecia intocada e graciosa.

Babymort (Em Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora