"Esse mundo pode te machucar
Te cortar profundamente e deixar uma cicatriz
As coisas desmoronam, mas nada quebra como um coração
E nada quebra como um coração...Nós temos a noite inteira para nos apaixonarmos
Mas, em um estalar de dedos, desmoronamos
Estamos quebrados e nada nos salvará agora."- Nothing breaks like a heart / Miley Cyrus.
Eu adoraria poder sentar ao seu lado ou até mesmo só te observar de longe mais uma vez, eu adoraria que pudéssemos sentar no seu telhado e que ali ficassemos durante horas conversando sobre todo e qualquer assunto. Você era luz, Helena. E eu posso dizer que mesmo depois de tanto tempo você continua sendo, mas agora me ilumina de forma diferente.
Eu costumava olhar em seus olhos e eu até agora me pergunto como era possível eles serem todas as coisas. Eles eram quentes e avassaladores como o fogo, eles eram calmos e as vezes frios como a água. Você me fazia sentir de tudo um pouco apenas com um olhar.O dia da semana era terça feira, era o segundo dia do início das aulas e a minha matéria do primeiro tempo era filosofia.
- O assunto que iremos abordar hoje é o Amor e a Paixão - a Sra Bennett dizia enquanto escrevia no quadro. Ela era de longe umas das melhores professoras que àquela escola tinha. - Vocês jovens conhecem e desfrutam deles. De começo vamos falar da paixão.- a porta se abriu e mais uma vez você entrou por ela, estava nervosa mas tentava manter a postura ao dar um sorriso tímido à professora.
- você é nova?
- ah, é, sou sim. - seus olhos se mantinham fixos na Sra. Bennett.- me chamo Helena.
- Bem vinda querida, sente - se aonde quiser, ainda formaremos equipes ou duplas, vou decidir.- você foi em direção a Julie e sentou ao lado dela, tinha que ser ela? Quando se tratava de você a resposta era "com certeza"- Já que chegou atrasada e eu já ia começar uma dinâmica de perguntas sobre nosso assunto eu vou começar por você.
- Okay - você disse num tom que foi o suficiente pra que todos ouvissem.
- O que é paixão pra você?
- Primeiramente devo dizer que a paixão não é um sentimento no meu ver, ela é algo mais da área da personalidade. Em outras palavras egoísmo é oque define a paixão. Enquanto os sentimentos são leves e puros, entende?
- Você já se apaixonou?- a Sra. Bennett gostava mesmo de perguntas.
- Eu já amei, e cometi o terrível erro de amar mais à ele do que a mim mesma e isso me rendeu consequências mais dolorosas do que pensei que seriam. Mas também me deu a dádiva de um recomeço.- você sorriu, se virou e me olhou fixamente. Eu achava que você nem havia me visto ainda mas você era sempre cheia de surpresas, era imprevisível.
- E como sabe que era amor?- a professora perguntou fazendo seus olhos desviarem de mim.
- A ausência de egoísmo. Você sabe que ama alguém quando passa a colocar os interesses, necessidades e até mesmo a felicidade daquela pessoa acima da sua.- a Sra. Bennett pareceu se satisfazer com a sua resposta e até tentou dar continuidade a aula mas o sinal tocou. Você permaneceu na sala e foi até a mesa dela para entregar alguns papéis.
- Que sorte a minha fazer essa matéria com você. - você disse quando me sentiu chegar.
- Você acredita nisso?- eu adorava te estigar
- Não , mas você se aproximou muito rápido, eu fiquei nervosa e só consegui pensar nisso para dizer- disse divertida.
- Ah bom, também achei que não acreditava.
- Ué, por que?- Se virou para mim enquanto se esconstava na mesa. Você também adorava me estigar, e seria tudo um jogo até não ser mais.
- Porquê você gosta de coisas reais, você me parece amar coisas concretas e sorte não é uma delas.
- Uau. Só tivemos 3 conversas até hoje e as vezes acho que você sabe mais sobre mim do que eu mesma.- Eu te conhecia bem mas nunca seria o suficiente.
- Isso nunca vai ser uma verdade.
- Veremos anjo. - Você passou por mim e logo em seguida se virou novamente- a propósito, temos mais duas matérias juntos.
- Como você sabe?
- Descobri hoje mais cedo é...?- você disse tentando lembrar meu nome.
- Você não vai lembrar meu nome.
- Mas por que? - você disse frustrada/divertida.
- Porquê eu não disse ainda anjo. Me chamo Benjamim.
- Ah claro. Doce nome Benjamim. Nos vemos no refeitório, na sua mesa.
- Eu não almoço lá.
- Então nos vemos seja lá aonde for que você almoce.
- Arquibancada.
- Okay então.- você saiu e eu senti meu coração dançar. Eu precisava te ter mais perto.
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s t o r m
RomanceSobre o furacão que ela arrastava consigo por onde passava, sobre como as vezes é difícil escolher entre fugir ou dançar na chuva, sobre como existem tempestades que são incrívelmente memóraveis, é sobre o efeito que cada adeus tem sobre você, sobre...