RANYO

31 3 1
                                    


O sol estava irritado naquele dia, mas a caravana de Ranyo chegou intacta ao Leste, o jovem desceu de seu cavalo na ponta de um longo e alto morro, seus homens estavam atrás descendo de seus cavalos, eram 40, todos de cabelos curtos, como todos os homens do Leste devem ser.

Os cavalos eram servidos de água pelos homens, enquanto as carroças com armamento eram estacionados próximo a algumas pedras ao pé do morro.

- É aqui? – Disse o fiel amigo de Ranyo, olhando para o alto do morro, onde havia um grande templo – O templo de Théos?

- Soube que é tão famoso quanto o embaixador do ar, ultimamente. – Comentou Ranyo – Os sacerdotes de Théos tem feito um bom trabalho. – Ranyo virou-se para encarar seus homens – Atenção! Estamos aqui para exterminar o templo, matem os adoradores, matem todos, exceto os sacerdotes e as crianças. Eles possuem as respostas que procuro.

- Então que belo presente você ganhou, meu amigo! -Riu Seth dando uma tapinha nas costas do líder – Não é todo dia que se faz 18 anos, é?

Ranyo sorriu.

- O meu maior presente é não sentir medo de estar aqui. – Disse indo em frente.

Em seguida o rapaz subiu a ponte que dava acesso ao morro, os homens vinham atrás com lanças, armas pesadas, e todo o tipo de acessório que pudesse arrancar a vida de alguém que entrassem em seu caminho.

O vento soprava a areia pelo caminho diante do morro, os grãos de areia surravam as pernas e os braços dos homens, enquanto a ponte balançava pelo peso de todas aquelas pessoas passando ao mesmo tempo, o ranger da madeira não preocupava Ranyo.

Todo o percurso durou alguns minutos, o rapaz gesticulou com os dedos, e todos os homens se espalharam no topo do morro, empunhando suas armas, Ranyo olhou bem o templo, havia grama no alto do morro cercando toda a estrutura do lugar, palmeiras balançavam com o vento.

- Venha Seth. – Disse Ranyo jogando suas luvas no chão.

O Amigo levantou a besta que usava e seguiu o líder para a porta do templo, olhando calmamente para todos os lados, para o caso de alguém os surpreender.

Ranyo empurrou a grande porta, e as pessoas que estavam sentadas em várias fileiras de cadeira, olharam para trás, enquanto um homem com vestimentas sacerdotais estava no altar, também pela surpresa parou de falar e encarou os dois rapazes que estavam na porta.

- Venham! Juntem-se a nós meus queridos! – Convidou o sacerdote, sua voz ecoou por todo o salão.

Ranyo ergueu as mãos imediatamente uma corrente de ar percorreu o salão as janelas abriram imediatamente.

- Mate – Ordenou.

Imediatamente flechas surgiram de todas as janelas, percorrendo todos os pontos, acertando quem encontrava pela frente, pessoas gritavam e corriam desesperadas por todos os lados, um homem pegou sua filha e carregou-a pelo salão, mas caiu alguns metros após uma cadeira com uma flecha empalada em seus olhos, a criança gritou desesperada e saiu chorando, correndo em direção a porta.

- Oi. – Disse Ranyo, segurando o ombro da criança que chorava.

- Você vai pagar caro por isto, Ranyo. Um dia você servirá a este Senhor que tanto persegue, e sua cabeça será arrancada, junto a todos os seus membros. – Disse a garota.

AS CRÔNICAS ELEMENTARES: E AS LÁGRIMAS DE GUERRAWhere stories live. Discover now