• capítulo 8 •

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Sina acordou em uma floresta, com o diário de relatos na mão. Sua roupa estava igual a que estava no quarto. Aliás... como ela foi parar numa floresta? Ela levantou um pouco zonza e seguiu reto. Até que começou a ouvir barulhos de cavalos. Cavalos? Sina havia sido drogada e sequestrada! Ela começou a correr até que caiu. Quando levantou com o cotovelo machucado, ela olhou e havia 14 encapuzados olhando diretamente pra ela. Todos ao redor dela. Não conseguia ver o rosto de cada um. Alguns apontando um arco e flecha, outros com espadas. Tinham alguns com cordas. Um deles em especial estava montado em um cavalo. Ela poderia estar interrompendo uma gravação de um filme?

- Quem é você? - uma dos encapuzados perguntou apontando uma flecha em direção a ela. Parecia a voz de uma garota.

- Eu que pergunto. Onde estamos? -  Sina perguntava.

Um deles se aproximou e colocou uma faca em seu pescoço, foi aí que Sina realmente sentiu a adrenalina em suas veias.

- Tira isso da minha garganta agora!

- Você está a serviços do rei Stephan?

- Rei? Do que vocês estão falando?

- Urrea, amarre-a. - uma das meninas dizia com um sotaque espanhol abaixando sua espada.

Rapidamente, o menino que estava com a faca na sua garganta, deu uma rasteira nas pernas de Sina e a segurou para a platinada não cair. Foi então que ela viu seus lindos olhos verdes e um sorriso brilhante. 

- Desculpa. - ele falava com um sorriso.

- O que?

Sina rapidamente foi surpreendida por uma corda amarrando seus braços e pernas e um pano em seu nariz. Fazendo-a dormir novamente.

Sina acordou com uma conversa, assustada, porém continuou de olhos fechados, fingindo ainda dormir.

- Não pude vir antes, desculpa.

- Tudo bem. - uma voz grave dizia, parecendo de um garoto com uma voz realmente forte.

- Poderíamos interrogá-la. - o sotaque coreano era impossível de não perceber.

- A comida vai estar pronta, daqui a pouco - Uma morena de cabelos ondulados dizia, com uma voz alegre.

Sina tentava se levantar, atraindo a atenção de todos.

- Ela estava ouvindo o tempo todo? - a provável japonesa dizia.

- Gente, sei que não sabemos quem é ela nem de onde ela veio e também nem a quem ela serve, mas ela merece um prato de comida.- um loiro falava.

- Levante-a, Wang. - uma garota loira de olhos claros falava enquanto um jovem de olhos puxados mantinha Sina sentada.

Sina não sabia onde estava, quem eram aquelas pessoas e nem do que falavam. Mas lembrou do livro. Onde ele estaria?

- Qual seu nome?

Pelo que ela tentava se lembrar, o livro falava sobre mentir o nome.

- Gabriella Monuska.- Sina falava tentando parecer o mais verdadeira possível.

- A quem você serve?

- Eu não estou entendendo, eu juro - Sina falava quase chorando.

- Gente, por favor, vamos tentar ser mais gentis. - uma cacheada falava.

- Não acho, Gabrielly.

- Olha, eu estava em uma viagem com a minha família, mas eu sofri um acidente e acordei no mato.

- Como explica essas suas roupas?

- Sou da... Grécia. Lá vestimos esse tipo de roupa.

- Tudo bem. Vamos soltá-la. - uma loirinha pequena falava.

- Sofy... Plotnikova, largue essas cordas. - um menino moreno falava.

- Por favor, me soltem - Sina falava simulando um choro.

- Como podemos confiar nela? - o menino de olhos verdes falava.

- Me dêem uma chance.

- Isso é um exagero, soltem-na. - a cacheada falava.

- Posso saber o nome de vocês?

- Não. - um menino forte falava.

- Ela pode dormir comigo - a pequena loira falava.

Sina estava exausta. Deram apenas uma cama para ela e a mesma já desmaiou.

A alemã acordou com uma doce mão passando pela sua cabeça, ela abriu os olhos pouco a pouco. Era a pequena loira.

- Oi, desculpa te acordar, é que a comida já vai sair da mesa e eu pensei que você estaria com fome quando acordasse...

- Sim, eu realmente estou. Muito obrigada...

- Me chame de Plotnikova.

- Pode repetir?

- Plo - ti - ni - ko - va. Plotnikova!

- Entendi... Obrigada.

- Vamos, todos estão esperando.

A platinado desceu as escadas e se deparou com vários jovens comendo e conversando, mas parando quando viram Sina.

- Bom dia. - Sina falava tentando ser educada.

- Bom dia, Gabriella. Dormiu bem? - uma cacheada morena dizia.

- Sim, muito obrigada por me deixarem passar a noite aqui.

- Espero que minha roupa não tenha ficado grande em você. - a menina com sotaque espanhol dizia, séria.

- Queremos falar com você. - o menino loiro dizia juntamente com o de olhos verdes.

- Claro, mas percebi que ainda não estão todos aqui.

- Como assim? - a morena de cabelos ondulados perguntava.

- Falta uma pessoa. Quando vocês me rodaram na floresta, eu contei.

- Ela é esperta - o menino forte e moreno falava para a loira de olhos claros assentindo.

- Vamos, hoje, tentar interferir na viagem de carruagem do conselheiro do rei. Você virá conosco, porque não podemos deixar você sozinha.

- Ah! Entendi. É um programa de pegadinhas.

- O que é um programa? - uma ruivinha com os olhos puxados levemente perguntava confusa.

Sina suspeitou uma coisa impossível. Não. Não podia ser.

- Que dia é hoje?

- 4 de abril de 1743.

Sina caiu no chão fixando seu olhar embaçado no menino de olhos verdes junto com todos que estavam indo socorrê-la do desmaio.





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