Capítulo 7

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Oiiiiiieeeeee!!!!!

Tudo bem, queridos? Como estão?

Vamos ler mais um pouquinho de Thomaz e Caena? Capítulo tenso rsrs.

Beijocas! <3


Capítulo 7

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Capítulo 7


Caena

Por mais que eu tentasse manter o controle, tudo gritava, estremecia, virava um caos no meu ser. Sentei na ponta do sofá de couro e observei Thomaz entrar e se sentar em uma cadeira, olhar fixo em mim. Não dissemos nada enquanto os outros se acomodavam e o advogado abria uma pasta, ruidoso.

A casa parecia me sufocar e desviei o olhar de Thomaz para sondar em volta do escritório, pensando se aquilo era o que eu queria. Mesmo sabendo que não havia mais a presença do meu pai ali, as sensações continuavam densas, ruins, funestas. Talvez nunca se tornasse um lar.

Há dias eu não fazia outra coisa além de pensar, analisar minhas possíveis opções, determinar as minhas escolhas. O testamento seria apenas o primeiro passo. Outros logo se apresentariam.

Senti a intensidade do olhar de Thomaz me chamando de volta e, enquanto tudo era preparado, nos encaramos. Os sentimentos diversos continuavam a latejar, me tornando uma grande bagunça. Ele mal piscava, concentrado em mim.

Estava disposta a conversar com ele quando a reunião terminasse. Apesar de estarmos em lados opostos, de tudo que eu sabia e do que havia acontecido, de acreditar que toda a situação era terrível, havia mais do que nós dois ali. E era seu direito e dever saber da gravidez.

Consultei um médico em uma cidade vizinha, sem ninguém tomar conhecimento. Ele pediu exames, mas calculou que eu estivesse entre dez e doze semanas de gestação. Que a barriga ainda era pequena, quase imperceptível, mas logo cresceria. Fiquei preocupada que tivesse algo errado, mas quando ouvi o coraçãozinho batendo forte e frenético, entendi que era mesmo verdade. E me emocionei muito, chorando sozinha, ansiosa para fazer a ultra e começar a cuidar dela como deveria.

Por mais que eu pensasse, não conseguia ser coerente ou saber o melhor caminho. A única coisa óbvia era de que uma filha minha e de Thomaz nasceria e não dava para manter segredo sobre aquilo.

— Boa tarde, Caena, Thomaz. Como sabem, estamos aqui para a leitura do Testamento de Francisco Negromonte, feito de modo particular e legal, quando ele se encontrava totalmente de acordo com suas faculdades mentais e na presença das três testemunhas que se encontram no local. Podemos começar?

Acenei que sim, Thomaz fez o mesmo. Torci as mãos no colo e pesei uma das minhas opções.

Abrir mão de tudo, vender a minha parte, voltar a São Paulo sem contar a ninguém que estava grávida. Ter minha filha lá e a criar da melhor forma possível, longe da maldade, do sofrimento, das mágoas e fatos que não podiam ser mudados. Deixar Thomaz no passado, do jeito que ele desejava e fez tanto para conseguir. Eu me protegeria e a ela. Seríamos nós duas.

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