Sabe aquele momento? Aquele momento em que a gente deseja pegar no lápis e escrever algo num papel, para alguém especial. Parece até meio incoerente querer tanto escrever dessa maneira mesmo já se escrevendo diariamente e tão espontaneamente para essa mesma pessoa. Parece que, por algum motivo, se faz necessária uma escrita que seja mais concreta, física e palpável. Um texto que tenha textura, que tenha contexto. Uma materialização da caligrafia escrita a cada dia no coração. Quando o lápis dá forma ao que se sente, como o lapidar de um poema, com versos da frente ao verso. Quando os sentimentos rimam, enquanto a gente conversa, isso se chama reciprocidade. Um texto que transcreva tudo isso em um papel que talvez envelheça, amarele e até amasse, mas que amássemos encontrá-lo algum dia no fundo de uma gaveta, todo desfeito pelo tempo, e saber que as linhas desse mesmo tempo foram muito bem aproveitadas, bem vividas e bem escritas, desde aquele momento.
~ para ela
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SÓ NOSSO NÓS
RomanceAmor não precisa de definição, mas se tivesse que definir seria: duas pessoas completamente distintas que escolheram compartilhar uma jornada, na qual, certamente, terão percalços, porém, os amantes seguem em frente sempre olhando um para o outro e...