eu ainda não decidi um nome.

cinco

- Oi, Mira. - Ayla falou animada, entrando no carro.

- Oi, meu amor. - Mira sorriu, bagunçando os cabelos da mais nova. - Como foi seu dia? Coloque o cinto.

- Foi normal. - Ela respondeu, puxando o cinto e o colocando. - Calvin faltou e a professora colocou nossos desenhos no mural da escola. O meu era o mais bonito.

Mira riu, a olhando pelo retrovisor.

- E como sabe disso?

- Sabendo! - Ela respondeu.

Mira sorriu, balançando a cabeça.

- Quer comer alguma coisa? Acho que temos um tempo até sua consulta.

- McDonalds! - Ayla pulou no banco, e Mira riu.

- Tudo bem.

Aurora foi a segunda a entrar no carro, se sentando no banco do passageiro. Ela jogou sua mochila no banco de trás e não deu uma palavra, só olhou para a janela.

- Onde está Violet? - Mira perguntou.

- Não sei. - Aurora respondeu sem olhá-la.

- Quando vai parar com isso? - Mira exclamou, franzindo a testa. - Está agindo como uma criancinha, Aurora. Sabe que o que fez foi errado!

Aurora se virou para ela, indignada.

- Ah, e socar a cara de alguém não foi? - Ela estreitou os olhos. - A mãe da Britney estava na escola hoje, eles te ligaram, mas você não atendeu. A mulher disse que fez um boletim de ocorrência contra a gente, Mira. Se prepare para ser chamada na delegacia.

- Ela o quê?

- O que você escutou! - Aurora gritou. - E mesmo assim, você passou a mão na cabeça de Violet! Você disse "está tudo bem!" quando nada estava bem! Ela cortou o cabelo do nada e você não se importou, não disse nada! Por que não deu Ayla e eu para a adoção e ficou só com Violet?

Mira respirou fundo, tentando manter o controle com a garota. A loira estava chorando, os olhos avelã a encarando com indignação.

- Precisamos conversar sobre Violet quando chegar em casa. - Mira falou, sem alterar a voz. - E você, Aurora, praticou cyberbullying. Violet e Ayla sofreram bullying. São coisas diferentes.

Aurora chegou mais perto dela.

- A única hora que vamos falar sobre Violet é quando ela estiver atrás das grades. Então eu posso dizer que lhe avisei, Mira.

- Parem! - Ayla bateu os pés no tapete do carro. - Parem, parem!

As duas olharam para garotinha no banco de trás, que chorava agarrada à sua mochila.

- Papai e mamãe discutiam assim. - Ela murmurou. - Por favor.

Mira voltou a olhar para frente, suspirando e encostando a cabeça no banco.

As três não disseram uma palavra, até um coro de "briga, briga, briga" começar ao redor do portão da escola. Mira abaixou a janela para olhar o que estava acontecendo, e Ayla fez o mesmo, colocando o corpinho quase todo para fora.

- Você é a merda de uma vadia mentirosa, não é? Por que não disse à sua "mamãe" o que escreveu na minha testa antes de levar uma surra?

Ayla arfou, entrando de volta no carro.

- É a Violet.

- Merda. - Mira saiu do carro, atravessando a rua correndo.

Violet estava prendendo Britney ao portão, com o punho cerrado e pronto para acertar a loira, mas Mira a pegou pela cintura, a tirando de perto da garota.