Parte um: Pensamentos passados 2.

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    Me manter distante, era essa minha ambição.  As outras crianças não gostavam de estar por perto e era melhor assim pois sempre me chateavam com suas brincadeiras.  Me diziam que eu era feio, com cara amassada e cabelos crespo. Me afastei na verdade porque não gostava que se referissem assim e meus amigos eram poucos ou nenhum.

    Quando eu estava na quinto ano do ensino médio,  eu estava com 11 anos, até que eu tinha uns colegas que pareciam "amigos".

Um deles era Lucas, um menino alto, usava óculos, bonito e muito inteligente, passou a andar próximo de mim juntamente com um outro garoto. Williams era jovem também muito inteligente,  com facilidade em aprender matemática,  era gordo mas muito gente boa.  A família dele pertencia a um grupo religioso que proibia o uso de objetos ligados a "tecnologia" entre eles a famosa televisão. Então sempre que um programa legal passava eu e Lucas nos esforçavamos para explicar, vezes preferimos não contar, para que Williams não ficasse triste. Um dos poucos aparatos que eram permitido, como o computador,  por exemplo, não poderia ser usado para outro fim que não fosse os estudos. Então eu preferia nem tocar no assunto.

   Nós três se dávamos bem dentro da sala de aula, mas fora da escola cada um seguia seu caminho. Eu gostava da companhia dos dois, pois eu era muito sozinho, mas por escolha minha ou mesmo pelo medo de me aproximar de mais pessoas, pois eu sabia que aproximidade com outros faria com que brincadeiras surgissem e a inconveniente verdade sobre a minha aparência viesse a tona. Por esse motivo preferia ficar longe.

    Como o Williams ia de caro com a mãe dele, eu seguia o caminho com Lucas.  E conversávamos sobre mais coisa, além da escola, falávamos sobre garotas e tudo mais.

   Lucas tinha uma irmã que estudava na escola e seguia o caminho conosco, ela brigava muito com ele, e por ser mais velha, tinha seus mimos.  Ambos aprontavam muito, mas mantinham um acordo de acobertar e jamais contar aos pais nada sobre suas aventuras.  Katie,  era muito bonita e era mais alta que Lucas, cursava a 8° série, tinha cabelos pretos e enrolados, olhos castanhos escuros, magra e tinha um charme irresistível. Sempre que matava aula tinha a cobertura de Lucas, e ele sabia que ela ficava com um nenino e que as vezes até ia à casa de seu ficante (esse eu não conheci). Por ainda ter apenas 15 anos, os pais de Katie não aceitavam que ela namorasse. Por isso, tudo era bem escondido.  Lucas também tinha seus segredos. Um deles envolvia bilhetes, que ganhava por não entregar os trabalhos da escola. A irmã dele se passava, por sua mãe através de falsificações de assinatura dos pais.

   Nós três quase sempre íamos embora até uma parte do caminho, eles pegavam ônibus e eu morava a 1 quilômetro da escola, por esse motivo tinha que segui a pé. Eu nunca reclamei do caminho pra casa, já não posso dizer o mesmo no retorno no dia seguinte para mais um dia na escola. Quase todos os dias estava calor, as ruas eram inclinadas em um ângulo de 45°graus, que me faziam se arrastar por cada metro. E poderia escolher dois caminhos,  um deles passava por uma catedral grande e bonita, com suas paredes em tons de amarelo e branco inundavam meus olhos como tamanha beleza. Essa igreja tinha duas tores enormes e cenários que lembrava os muros de Jerusalém.   Ao todo esse monumento ocupava um espaço de um quarteirão inteiro. Logo a frente tinha duas ladeira enorme,  que me fazia pensar em engatinhar como um bebê,  por causa de suas ruas bem inclinadas. Depois de ver tanta beleza eu tinha que pagar meus pecados né.  Kkk

O outro caminho seguia por uma avenida,  com muito mais barulho e agitação de carros e pessoas, ao contrário da rua da catedral que, tinha um silêncio e uma paz divina.

Os dois caminhos tinham ladeiras, mas a eu sempre ia pela avenida por ter menos, apenas uma,  mas enorme. Entrar nessa rua que seguia em uma entrada do lado direito da avenida,  me fazia lembrar de André.

    Quando eu tinha 10 anos, eu trabalhava para o pai de André, em uma banca de roupas e sandálias masculinas e femininas. Meu local de trabalho ficava no centro do bairro, perto da estação de trem e perto de casa. Lá tinha quase de tudo. Eu trabalhava todos os dias e recebia 15 reais por semana. André era quase órfão, porque a sua mãe fugiu quando ele ainda era bebê e deixou ele sozinho com Paulo,  meu chefe e pai de André. Paulo teve que assumir a responsabilidade de ser pai e mãe. Os dois moravam em um apartamento grande com dois quartos, um banheiro, uma sala e uma cozinha,  com a Angelina, madrasta de André. Angelina era bem legal e eu descobri isso quando fui convidado para dormir lá uma vez. Quando entrei no apartamento meus olhos se encheram com tanta beleza, uma mesa com tampa de vidro estava na entrada onde ficava a sala. Tinha uma televisão enorme e uma estante com vasos que continham  balas e bombons. O quarto de André tinha uma beliche uma televisão e um playstation 1.

   André era muito sozinho e mimado.  Tinha uma mania folgada que me irritava. Ele gosdetava de provocar. Era mais baixo que eu, tinha olhos e cabelos pretos e uma cor branca. Eu e André estudávamos na mesma escola e sempre íamos juntos. Essa escola ficava do lado onde eu estudará com Lucas anos mais tarde, e sempre íamos pela avenida e subíamos essa rua da láderona.  Um dia André me irritou. - Nossa, você é feio, tem orelhas pequenas acho que por causa do nariz de batata que erdou metades da massa delas.. Disse mais outras coisas, mas eu já não aguentava mais, porque além disso ele sempre aprontava alguma pra cima de mim. Então uma fúria subiu em mim e de repente... quando me dei conta uma observei uma poça de sangue descer do nariz dele.
  Uma família ouviu os gritos de André e apareceu no portão de uma casa linda,  amarelo com portões brancos.  A mulher da casa disse que viu quando eu bati nele e que isso é soava errado.
  Neste momento me desesperei e pensei no que poderia acontecer se o o aí de André ficasse sabendo. A moça que não era muito alta, loira e olhos verdes arregalados. Ofereceu uma toalhas branca para André. Disse que ele tinha que ir para casa porque está muito machucado e como está calor o sangramento não cessaria. Eu pensei rapido e disse que me encarregaria disto. Expliquei que conhecia os pais dele e depois de muito custo consegui convence-los.  A mulher estava com mais quatros homens e uma menina.
Depois de descer a área com André o convenci de não contar ao pai e né mostrei arrependido e ele concordou. Mas um ano depois fui convidado para uma festa na casa de parentes de André assim que cheguei na casa que, era uma mansão, fui recebido por parentes deles e fui surpreendido quando uma mulher disse: É aí que vive judiando de André?
Naquele momento na solbe onde enfiar a cabeça.

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    Em um dia qualquer na volta pra casa, Katie aparece com uma nova amiga e logo o Lucas solta piadinhas. ......

 

Depois dos 15.Onde histórias criam vida. Descubra agora