Boa Memória | GiRafa

Festa do Pijama

Enquanto a Gi enterra GiRafa, a gente continua nutrindo, né? Fazia um tempo que eu não escrevia, tô meio enferrujada, tem muito diálogo aí, mas vi uma oportunidade de colocar a mente pra trabalhar um pouco... Espero que vocês gostem. Não esqueçam de comentar, por favor. Incentivos são ótimos para nós (autores) e críticas CONSTRUTIVAS são totalmente bem-vindas.

Estão inseridos aqui alguns diálogos que de fato aconteceram e o que vocês "estranharem" só aconteceu na minha mente rs (e na de vocês).

Todo respeito (e amor) por Gi e Rafa.

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Festa do Pijama – 27/03/2020

Bêbada, Rafa admirava Gizelly dançando Solteiro de Novo na pista, do seu jeito desengonçado e único. Ela não tinha jeito para dança, mas era sexy, charmosa e a mineira gostava disso. O corpo esculpido de Gizelly mexia com coisas mais profundas em Rafa, que já não suportava esconder sua admiração e seu tesão pela capixaba. Do outro lado, Ivy, que estampava um sorriso no rosto, também admirava Gizelly. Rafa já havia notado que elas partilhavam dos mesmos sentimentos, mas que Ivy tinha mais pedras em seu caminho; sendo assim, o de Rafa estaria livre.

Assim que a música acaba, Gizelly sai da pista de dança, deixando o caminho livre entre Rafa e Ivy. As suas se entreolharam e Rafa, com o álcool preenchendo seu organismo, decide ir até Ivy. 

— Quando a gente sair daqui, a gente vai se falar de uma coisa que só eu e você tá sentindo e tá sentindo igual. — disse Rafa.

— Ai... Será?

— Cê sabe o que é também, só eu e você sabe. Cê sabe o que é.

As mulheres começaram a rir.

— Tchau! — disse Ivy se virando contra Rafa para levantar  — Tchau...

— Cê sabe o que é, não sabe? Eu acho bom que a gente sabe, a gente se entende. — riu.

— E aí, Ivy? Cê não tá sabendo lidar com isso e nem eu.

— Vai tomar no seu cu, Rafaella. — sussurrou em tom zombeteiro, voltando a sentar na cama.

— Eu saco d'ocê, fia. A gente é parecida. A gente ó... Se fodeu. — elas gargalharam alto — Agora eu quero ver a hora que a gente sair daqui, o quê que a gente vai aprontar. Não tem jeito.

— Não tem jeito. — repetiu Ivy.

— Pra mim não tem, o seu eu já sei, mas pra mim não tem jeito.

— Ó, nem eu, ó... Só sofrer.

— Arrasta o cu no asfalto e chora. E guarda... Guarda pr'ocê, eu guardo pra mim e foi. Fodeu. Eu sabia, Ivy. Eu sabia! Quando eu comecei a sentir, que eu falei... A Ivy tá sentindo também. — disse entusiasmada.

Ivy sabia que Rafa se referia a Gizelly, mas ela não sentia a mesma coisa que Rafa. Os sentimentos de Kalimann eram mais intensos, e Ivy tinha seu parceiro fora do programa que amava. Contudo, para não deixar Rafa sozinha e menos entusiasmada, ela continuava o assunto. 

Ivy se sentia atraída por Gizelly, de fato, mas não tanto quando Rafaella. Ela sabia do peso do confinamento em seus sentimentos e não levava a sério a possibilidade. 

— Vem cá, Rafa... — Rafa se aproximou — Cê tá muito louca?

— Tô.

— Ó, pensa pelo lado positivo, se tu fizer alguma coisa agora, já tem a desculpa de amanhã... Esses trem deixa a gente louca, fia, mas se tiver coragem vai fundo. Cê pode.