Capítulo III - A Chama de Asmita.

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4 dias depois...
 
  [ Nome ] evitava Asmita a todo custo... e deu graças a Atena pelo mesmo estar tão ocupado, meditando próximo a cachoeira de perto dali. Por causa de tal afazer, só o vira uma única vez e fora, para ser mais exata, na noite anterior.

Na noite anterior...

  Asmita voltava da cachoeira para cumprir com sua palavra e dormir uma noite na casa do Mestre Hakurei. Internamente, o cavaleiro  perguntava-se se encontraria com a aspirante a Amazona... de uma forma ou de outra, ansiava sentir a cosmo-energia da jovem mulher.

  Quando chegou no local desejado, conseguiu sentir um cosmo fluir mais calmamente e controlado – tendo a certeza de que não era o cosmo de [ Nome ].

  — Mestre Hakurei, que surpresa encontrá-lo acordado... — um sorriso gentil surgiu nos lábios finos, sendo correspondido pelo próprio mestre.

  — Asmita, fico feliz que tenha vindo cumprir com sua palavra...! — Disse em resposta. Estava sentado em uma ponta da mesa de jantar, esperando pelo loiro. Era o que tinha feito nas últimas noites; certificar-se de que ele iria fazer sua parte.

  — Eu jamais falto com a minha palavra, mestre. — Foi pontual e Hakurei gostou disso. Asmita se certificou de – realmente – não sentir o cosmo que tanto esperava e, então, tornou a perguntar: — Não consigo sentir a cosmo-energia de [ Nome ], o que aconteceu?

  — Ela saiu tem dois dias para visitar amigos na Itália... deveria estar chegando hoje. — Hakurei respondeu em um tom levemente preocupado. — Espero que ela tenha uma boa desculpa por chegar atrasada...

  — Tomara que esteja tudo bem e que só tenha deixado o tempo passar...! — Falou no mesmo tom do mestre, o que não passou despercebido pelo mesmo.

Então, você também está preocupado, Asmita... interessante!

  Pensou o senhor de idade, enquanto exibia um sorriso de canto um pouco malicioso. Já o loiro, estava um pouco aflito com todos aqueles sentimentos novos para si.

  — Bem, visto que você chegou, e duvido muito que [ Nome ] chegue hoje, eu irei dormir. Boa noite, Asmita! — Exclamou o mestre, levantando-se da cadeira e se retirando do recinto.

  — Boa noite, mestre... — falou ao acaso. Sentou-se onde estava o senhor anteriormente e ficou a refletir.

  O que era tudo aquilo? Por que pensava tanto em [ Nome ]? E, o mais importante, por que ela o beijou e depois fugiu dele como o diabo foge da cruz?!

Você me deixou sozinho para refletir em algo que deveríamos descobrir juntos, [ Nome ]...!

  E isso era algo injusto para o loiro e, em sua opinião, até para Buda. Beijá-lo e deixá-lo confuso para, assim, abandoná-lo; era algo, até mesmo, cruel!

  — Asmita?! — Uma voz doce e calma exclamou assustada. Era ela... — O que faz acordado uma hora dessas?!

  — [ Nome ]... — mirou na direção de onde venho a sua voz. — Seu mestre estava preocupado, mas já foi dormir.

  — Tudo bem, obrigada... — respondeu levemente desnorteada, afinal, era o Cavaleiro de Ouro que estava ali – o homem que havia beijado! — Er... você estava me esperando?

  Ele sorriu de canto gentilmente.

  — Não, exatamente. — Respondeu simplista. Suspirou cansado tombando sua cabeça pra trás, fazendo sua franja sair mais de sua face. — Gostaria de conversar com você sobre o que ocorreu entre nós no outro dia, [ Nome ].

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