Who I Am?

Capitulo 5

Alan Gouveia

3 semanas atrás

Eu fico a olhando deitada nessa maca hospitalar, meu amor, seu cabelo despenteado e esses arranhões não tiram sua beleza, você é a mulher mais linda do mundo, Lívia. Mesmo desacordada.

Mulher mais linda e mais indecisa do mundo, quando te pedi em casamento, não pensei que você iria dizer "posso pensar?", meu mundo desabou, preparei com tanto carinho o pedido e estava tão ansioso, que a última coisa que pensei que você faria seria não dizer "SIM" e pular nos meus braços.

Mas eu te perdoo por isso, não é uma decisão fácil e você, por mais que negue, ainda se preocupa com a opinião de sua mãe... não que a opinião da sua mãe seja favorável à nossa união, no entanto, não foi assim desde o inicio:

Março de 2018

Saio do hospital cansado, vida de recém formado em medicina não é fácil. Enquanto caminho em direção ao meu carro, minha atenção é desviada ao ver uma garota ruiva, aparentemente, perdida no estacionamento.

- Posso ajudar? - pergunto me aproximando da desconhecido

- An, não, obrigada, eu estou esperando meu pai - ela responde sem manter contato visual

- Então, tá - me viro de volta ao meu carro

- Você trabalha no hospital? - ela fala um pouco mais alto

- Sim - respondo

- Sabe se o Doutor Merino tem turno hoje?

- Eu não o vi hoje, sinto muito

- Merda, merda, merda - ela esbraveja gritando e chutando o chão

- Você vai acabar torcendo o pé desse jeito - alerto sobre seus chutes, é uma cena engraçada

- Eu não me importo, vou acabar machucando o pé ao ter que ir andando pra casa mesmo - ela dá de ombros ainda brava, ajeita sua mochila naa costas e começa a andar

Devo oferecer carona? Mas eu não a conheço! Mas ela precisa. Não é seguro para uma mulher ir andando pra casa, ainda mais nesse horário, já está muito tarde.

- Ei - corro até ela - eu te levo pra casa

- A-a, obrigada, mas, tudo bem - sua fala é insegura, ela está com medo de mim?

- Olha, já tá tarde, eu não sei quem iria te buscar, mas não te buscou, sua melhor opção é ir comigo - sorrio - eu não mordo

Ela sorri e, pela primeira vez, posso ver a combinação desses olhos castanho claro e o sorriso sincero que já vi

- Aliás, meu nome é Alex Gouveia

- Sou Livia Merino - ela estende a mão para me cumprimentar e sorri mais uma vez. Mulher, você é linda.

Entramos no carro e ela me diz seu endereço. Começo a dirigir e não conversarmos durante a trajetória. Até seu celular tocar:

- Alô - ela atende brava, mas não consigo ouvir a pessoa da outra linha - O que você quer, Eduardo? .... Eu não tô nem ai pra onde você tá, eu só sei que meu pai não estava lá pra me buscar e Deus sabe onde você está também ..... Faça-me o favor, Eduardo, já passou das 23h e você ainda tá no escritório? Não fode, seu escritório fecha bem antes disso ...... Olha, eu não quero saber, só sei que sai tarde da faculdade eos dois homens da minha vida decidiram sumir e me deixaram a mercê de um desconhecido ...... Com quem eu estou? Eu estou com um homem que teve a gentileza de me levar pra casa, coisa que o meu namorado não pôde fazer - e ela desligou depois dessa

- Nossa - acabo soltando quão surpreso eu fiquei depois de ouvir esse diálogo- desculpe

- Tudo bem

O resto do camimho volta a ser silencioso, ela parece estar bem irritada poe causa da discussão com seu namorado, suponho pelo que ouvi. Ligo o rádio e coloco uma música qualquer até chegarmos na sua casa.

- É aqui - ela sinaliza para uma casa, casa não, uma mansão azul e branca com gramado verde e uma caminho de pedras até a entrada, é uma casa realmente muito bonita, espero poder dar alguma assim para a minha mãe

- Está entregue - paro e carro e solto um sorriso leve para ela

- Muito obrigada pela carona, Alan e me perdoe pelo vexame - ela sorri tímida, aceno com a mão e vou pra casa esperando poder vê-la novamente.

Julho de 2018

Estou indo até a sala de exames, quando passo pela recepção do hospital e a vejo, esse cabelo ruivo. Inconfundível.

- A menina do estacionamento - sorrio simpático ao me aproximar dela

- Oi - ela sorri - culpada

- Então, o que faz por aqui? Não está esperando por carona novamente, não é? - brinco

- Não, dessa vez não - ela ri comigo - vim esperar meu pai pra almoçarmos juntos

- Ahh, legal, bom almoço!

(...)

Termino de atender os pacientes da manhã e me preparo pro meu horário de almoço, hoje eu estou morrendo de fome. Passo novamente pela recepção quando vejo a ruiva sentada e emburrada

- Ainda por aqui? - questiono, já deve ter passado umas duas horas desde que a vi

- Aparentemente, meu pai gosta de me deixar esperando

- Entendo - já estou quase saindo quando penso, por que não? - Quer almoçar comigo, então? É por minha conta

- Você me tira de cada furada, ein? Obrigada - ela sorri agradecida

- Já tentou ligar pro seu namorado pra ver se ele está no escritório? - brinco, mas ela não responde

Eu sou um idiota.

Pra que fui falar isso? Nem tenho intimidade com ela.

Alan e sua boca grande quando é pra falar com meninas bonitas.

- Não estou mais namorado. Eu estou solteira - ela responde seco

Uau
Bom pra mim

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oi pessoal, tudo bem com vocês? peço pra que, quem gostou, vote no capítuloe também comente pra eu saber o feedback de vocês 🥰

e então, gostaram desse capitulo de flashback? o que vocês acham do Alan, preferem ele ou o Eduardo?

próximo capítulo vai ser ele continuando a narrativa, o que será que vamos descobrir?

bjsss