Capitulo 8

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Raios de Sol entram pela janela até atingirem meus olhos, os abro lentamente lutando contra minha preguiça pra tentar me mover, olho na cama ao lado e não vejo Valentina, será que ela dormiu fora ou eu que acordei tarde?

Tento virar me virar pro outro lado da cama, mas sou barrada por um outro corpo ocupando o outro lado da cama, alto, forte, loiro... EDUARDO?

Arregalo meus olhos e acabo caindo da cama na tentativa de virar pro lado oposto. Merda.

- Liv? - ele diz coçando seu olho azul, tão bonito

- Ah, oii - sorrio fraco - não quis te acordar

Ontem Edu veio aqui, nós passamos horas conversando sobre o passado, bom, ele falava mais que eu, já que eu não lembro de nada e ele, aparentemente, gosta muito de falar, ainda mais sobre si mesmo... daí acho que caímos no sono e ficamos por aqui mesmo. Mas acabou sendo divertido conversar com alguém que não seja minha mãe ou irmã, o que me faz pensar: eu não tinha amigos? Será que eu era anti-social?

- Perdida nos pensamentos? - Edu questiona já na minha frente

- Um pouco - deu pra notar? - Ontem foi muito legal, obrigada - sorrio

- Não precisa agradecer - sorri - É sempre um prazer passar tempo com a minha namorada, noiva, na verdade - se corrige.

Meu sorriso desaparece do meu rosto ao lembrar do noivado. Isso é tão estranho, estar noiva de alguém que eu mal me lembro.

- Isso te incomoda? - Eduardo questiona ao ver meu desânimo repentino

- Estar noiva?

- Sim

- Não, quer dizer, sim - respiro fundo - Eu realmente acho que posso gostar de você, mas é que... eu não tenho lembranças nossas, não sei quem você é, é estranho pra mim

- Entendo, mas eu ainda tenho chances de te reconquistar, ne? - ele diz isso com tanta insegurança, como se essa não fosse a primeira vez que tenta

- Acredito que sim - sorrio tentando afastar meus pensamentos negativos

- Podemos sair hoje pela noite então?

- Estarei pronta

Ele solta um suspiro de alegria e sai do quarto, mas não antes de se despedir de mim com um selinho.

SIM. SIM. SIM

Meu primeiro beijo dentro da minha memória, foi rápido, de fato, MAS, valeu a pena, eu tô tentando me dar uma nova chance, já faz umas semanas desde que acordei daquele hospital, eu preciso seguir a minha vida.

- Fátima, você viu a minha mãe ou Valentina? - pergunto entrando na cozinha e pegando uma maçã

- Sua irmã não dormiu em casa e sua mãe saiu pra comprar alguma coisa

- É que eu preciso que alguém me leve na minha consulta do psicólogo, estou evitando dorigir

- Seu pai está em casa

- Ah - eu e meu pai não tivemos muitos diálogos, então não tenho intimidade pra ficar pedindo coisas - Vou ver se minha mãe chega à tempo

(...)

Minha mãe ainda não chegou

Ou eu falo com meu pai ou não vou pra consulta.

Vamos, Livia, coragem!

Me dirijo à sala e meu pai está deitado no sofá vendo algum filme de ação

- Pai? - chamo, mas ele não ouve - PAI - falo mais alto e ele toma um susto

Who I Am?Onde histórias criam vida. Descubra agora