Parte Cinco

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Charond e eu chegamos em pouco tempo no Templo dos Mares e a entrada estava destruída assim como a estátua da Deusa-mãe Tétis.

O caminho todo estava devastado, a vida do templo parecia definhar aos poucos e a aura daquele monstro estava cobrindo todos os lados.

"Vamos logo Kayke!!! Não há mais tempo para pensar." - Charond me chamou a atenção e estava indo em direção ao pavilhão zero, o Selo de Cetus.

"Vamos destruir o caminho logo." - A esfera de energia massiva que criei na minha mão e lancei para baixo, abrindo uma grande cratera que levava direto ao Selo.

A aura fortíssima era como se espadartes perfurassem nossa pele ou como se um cardume de barracudas estivessem devorando os meus tentáculos.

A aura sanguinária do Charond foi liberada, assim como a minha aura abissal. No centro do selo estavam Ariel e Ibura desacordados e com marcas de runas pelo corpo e empunhando a Ciclone estava Cila, aquela aberração marítima.

"Todas as peças estão nos seus devidos lugares, que bom revê-lo jovens Guardiões." - Cila dizia com educação e sorrindo falsamente. - "Sei que meus atos podem parecer devastadores ou até mesmos impensados mas tudo isso é para o bem dos oceanos."

"Cínica!!! Seus atos vão causar a destruição dos mares!!!" - Charond dizia olhando para Ariel assim como eu estava olhando Ibura.

"Não é cinismo da minha parte... Eu só quero o bem dos oceanos para nós." - Cila deixou sua cauda aparecer por debaixo do manto... Quatro cabeças de serpentes. - "Nós somos os donos originais dos mares!!! Nós somos os Oceânides os primeiros seres a dominar os mares!!!"

Usei a Tremor assim como Charond usou seu poder o Devorador, afastei a Cila do Selo e o Charond devorou as amarras.

"Bandeira Tempestuosa!!" - Minha arma veio rapidamente para minha mão, e foi em direção ao Ibur que ainda estava imóvel.

"Mesmo tentando me atrasar, eu já consegui o que queria com esses dois atlantianos." - Com a Ciclone nas mãos, Cila olhou para o Selo e atirou a lança para o centro da estátua e recitou. - "Cetus, Xypníste apó ta váthi tis thálassas kai vasilépsei ypértata páno mas!!" 

A estátua da guardiã do Selo de Cetus, urrou de dor como se tivesse parindo... O Selo fora destruído e aquele monstro apareceu.

Seu tamanho colossal, sua aura sufocante, seus olhos cinzentos fitando a todos como soberba.

"Enfim livre!!!" - O urro gutural estremeceu as pilstras que ainda estavam de pé do templo. - "Honrou sua promessa, Cila. Tera o seu domínio no meu reinado eterno."

"Fico grata por ser útil ao senhor, Cetus soberano." - Cila se curvava para aquela coisa gigante, repulsa era o único sentimento que tinha vendo essea dois.

"Sinto a aura daquela Nereida." - Nadando levantamente, Cetus falava com repulsa na voz. - "APAREÇA SUA NEREIDA REPULSIVA!!! NÃO HÁ MANEIRAS DE ME SELAR AGORA!!"

Nereida?! As Nereidas foram extintas há eras atrás, a última das nereidas que ficou viva fundou as cinco Atlantis.

"Soberano dos Mares, Cetus." - Cila chamou a atenção do ser e continuou. - "Todas as Nereidas foram extintas há eras, seria impossível qualquer uma sobreviver."

O Cetus destruiu a passagem do Templo e saiu para os oceanos, mais minha prioridade era o Ibur e o Ariel.

"Eles estão respirando, Kayke." - Charond chamou a minha atenção e com Ariel no colo. - "Mas não tem como levá-los para o Palácio, o que faremos?! Temos que parar o Cetus."

Guardião dos Mares - Contos SOS (1° Edição)Onde histórias criam vida. Descubra agora