CAPÍTULO 02

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Nikolai Petrovskiy

Entro no primeiro café que vejo antes de ir para a empresa, o cheiro e bom, sento-me onde posso ter uma visão melhor do lugar. Meus homens ficam próximos caso algo aconteça, não sou muito de frequentar esses lugares. Uma mulher vem me atender, finjo não ver suas insinuações assim como finjo não ver também os olhares em mim.

— Apenas um café. — falo sem olhar para ela. A mulher se retira. Sinto meu celular vibrar em meu bolso, mensagem da minha mãe.

"Quando vem me ver filho ingrato?"

Contenho um sorriso, minha mãe e sempre tão exagerada não faz nem uma semana que nos vimos.

"Logo mãe." — envio.

"Tudo bem, acho que posso aguentar. Tenha um bom dia filho. Amo-te!"

"Também te amo mãe."

— Aqui esta o seu café. — a garçonete aparece e coloca a xícara sobre a mesa. Guardo meu aparelho e tomo um gole do meu café, antes de por a xícara na mesa tenho uma sensação estranha, como se estivesse sendo observado automaticamente meus olhos fixa em uma mulher que me olha, ela desvia os olhos.

Fico intrigado, com tantas pessoas me olhando por que o olhar dela me atraiu? Fico a olhando esquecendo-me do meu próprio café. Cabelos de fogo, sim isso caracteriza muito bem o seu cabelo vermelho vivo, pele clara, não consigo ver muito já que a distancia e a mesa me impede. Ela parece ter pressa em beber o seu café, assim que termina levanta-se rápido indo para o caixa, agora posso ver o resto de seu corpo em um vestido justo seios medianos, cintura fina e quadril largo, a mulher se vira ficando de costas para o meu total desequilíbrio mental, que caralho de bunda e aquele? Olho em volta rapidamente, ninguém parece olha-la como estou fazendo, sem pensar levanto-me e sigo ate ela. Paro atrás dela sem saber o que realmente dizer.

Pela primeira vez não sei o que dizer a uma mulher.

Não presto atenção no que diz ao garoto a sua frente, apenas me concentro no som da sua voz, tão doce assim como o cheiro que vem dela, não sei discernir o que é. Só percebo que fiquei alheio a tudo quando sinto seu corpo bater no meu, ela se afasta rápido.

— Desculpe-me. — pede. As bochechas ficando coradas, meu coração bate rápido no peito. Tão perfeita. Não consigo fazer nada além de mover a cabeça. A mulher da à volta por mim e vai embora.

— Droga. — resmungo irritado por ela ir embora. Tiro uma nota da carteira e coloco sobre o balcão. — Fique com o troco. — falo antes de me virar e ir embora. Do lado de fora olho em volta a procura dela e não a vejo. Entro no carro onde um dos meus homens me aguarda.

***

Ao entrar naquele café não imaginei que encontraria o motivo do meu descontrole, a ruiva que me observava me atraiu como um alcoólatra e atraído pelo álcool, sim, ela seria meu vicio a partir dali e se fosse preciso eu moveria céus e terras para encontra-la, mas não foi preciso chegar a tanto, o destino já havia se encarregado de aproxima-la de mim.

Fiquei surpreso ao vê-la na empresa, e ainda mais surpreso quando percebi que seria minha secretaria, mas uma coisa me incomodou, toda aquela intimidade entre ela e meu amigo, será que há algo entre eles? Não, muito improvável, ele teria me dito se estivesse com alguém.

Foi impossível prestar atenção na reunião com ela presente, estava atraído e isso me deixou curioso.

O que havia nela que me atraia?

Por que imaginar ela com outro homem me incomodava tanto?

Ao termino da reunião apenas meu pai, Dilan e eu ficamos na sala, conversaríamos outro assunto agora, olho para a ruiva parada na porta, talvez esperando que saiamos.

MEU MAFIOSO NIKOLAI PETROVSKY (CONCLUÍDO) - Disponível Na AmazonOnde histórias criam vida. Descubra agora