Capítulo 29

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POV'S Mel

Após a fala dos professores, percebo que a oradora da turma é Cat e quando ela chega perto do microfone, ao meu olhar, ela está nervosa e aflita, olhando para todos e no momento em que ela nos vê, dou um largo sorriso como um modo de encorajamento. Cat sorri de volta e acena.

- " Bom noite a todos, estou aqui em nome de todos os alunos e agradecer por ter esse privilégio. Quero agradecer a todos também pela presença nessa ocasião tão especial em nossas vidas. O percurso até aqui foi longo, passamos por muitas coisas, muitas pessoas passaram por nossas vidas, tanto professores quanto amigos, que deixaram boas lembraças conosco. Hoje estamos completando uma etapa de vida e partindo para outra, com mais responsabilidades e enfim a independência que é o que muitos adolescentes anseiam em tê-la. Hoje nos despedimos de pessoas maravilhosas e o que levaremos delas? As boas recordações que tivemos durante todos esses anos e apesar da separação, ainda assim as memórias irão permanecer. " Sorri e respira fundo para continuar. " Os nossos agradecimentos especiais vão para os professores, que nos ensinaram à toda vida , que souberam nos dar base para estarmos aqui, e aos pais tanto presentes quanto aos pais ausentes. " Seus olhos se enchem de água. " Sem eles e seus incentivos e motivações não estaríamos aqui hoje completando essa fase. Obrigada por estarem ali ao nosso lado nos olhando e nos ensinado. Uma vez, uma pessoa me disse que mesmo não tendo a presença de alguém especial, basta se lembrar e de ter a certeza de que eles estão orgulhosos de verem até onde cada um chegou. " Ela olha para a mãe e sorri, deixando as lágrimas cairem uma por uma em seu rosto.

Olho para tia Olívia e a mesma está em lágrimas. Não consigo entender o porquê dessa frase que parece ser tão impactante na vida de cada uma delas.

- " Tia, o que ela quis dizer com esse discurso? " Pergunto e ela me olha.

- " Apenas para uma pessoa importante que se foi. " Sorri e estranho.

Tento me lembrar de alguém e rapidamente me vem a cabeça o pai de Cat. Realmente faz muito tempo em que não o vejo e nem notícias dele eu tenho.

- " E quem é essa pessoa? " Decido perguntar, ja temendo a resposta.

- " O pai dela. " Suspira e é ai que vem o baque. O que? Mas... Como eu não soube? E o que aconteceu com ele?

Tenho muitas perguntas, mas tenho o senso de não dizer nada, até porque eu não quero estragar a felicidade delas trazendo a tona assuntos passados e tristes.

- " Está bem? " Chris pergunta me tirando do devaneio.

- " Sim... Sim. " Ainda atordoada, balanço a cabeça.

Cat volta para sua cadeira e o professor logo vem pronunciar a esperada frase de finalmente estarem formados.

- " E é com isso que terminamos dizendo que esses alunos agora estão oficialmente formados! " Todos gritam. " enfim a grande festa de comemoração está esperando por todos vocês! "

Cada um sai de seus lugares, depois dos jovens, e andam até um outro espaço onde já estava rolando a festa, com música alta, luzes coloridas e bebidas a vontade. Chris me puxa para o bar.

- " Já vai beber lindo?! "

- " Preciso de animação, antes que eu vá embora. " Diz sério, mas solta um sorriso logo em seguida.

- " Certo ok, então vamos começar com algo... " Fico na ponta dos pés para ficar na sua altura e sussurrar em seu ouvido. " Quente. " Sinto-o se arrepiar em minhas mãos e sorrio por isso.

- " Mel... " Diz em um tom de aviso e apenas dou de ombros. Ele aperta minha cintura e me dá um beijo, até o barman chegar.

- " Queremos duas doses de uísque por favor. " Chris pede e o barman acena, logo trazendo dois copos. Pego e aprecio o cheiro, antes de brindar com ele.

- " Vamos ser um deles hoje à noite. " Digo.

- " Voltaremos a nossa juventude. " Sorri e bebemos juntos.

Sinto o gosto ácido e quente ao mesmo tempo, descer pela minha garganta. Coloco a lígua para fora e Chris ri da minha careta.

Alguns horas depois e cá estou eu totalmente bêbada com um Chris pior do que eu. Tenho um desejo em minha mente e preciso rapidamente satisfaze-lo.

Estamos em um canto e o olho nos olhos, e mesmo com apenas as luzes coloridas iluminando o espaço, sinto que ele quer o mesmo que estou pensando. Parece que desde o dia em que nos conhecemos, sabendo o que cada um quer com apenas uma troca de olhar.

Sorrimos um para o outro, antes de eu puxar sua gravata e juntar nossos lábios em um beijo intenso e cheio de desejo. Nossas línguas dançam em um ritmo lento, apreciando o gosto de cada bebida que experimentamos só hoje á noite.

Meu corpo todo se arrepia quando sinto uma de suas mãos no meu pescoço, lentamente caminhando para trás dele, até estar na minha cabeça, puxando os fios do meu cabelo com um pouco de força, fazendo-me inconscientemente soltar um gemido atráves de nosso beijo. Desço minha mão um pouco até o cós de sua calça.

Paramos os beijos totalmente sem ar e rapidamente o olho com o pedido rolando em minha língua:

- " Vem... Vamos para... Um lugar mais privado. " Digo entre palavras e não espero por resposta, pois seus olhos já dizem tudo.

Pego sua mão e vou caminhando até encontrar o banheiro e no momento em que estamos perto da porta, encontro uma menina saindo de lá com um garoto rindo e rapidamente sinto o choque.

Wow! No que estou pensando?! Deuses, nunca passou pela minha cabeça uma coisa dessas, nem mesmo quando era adolescente e cá estou eu procurando um lugar para foder, assim como esses dois provavelmente fizeram.

Decido esquecer esse pensamento, porque aliás já estou aqui e não seria errado transar em um banheiro no meio de uma festa de formatura, certo? Afinal estou agindo como um deles.

Olho para os lados só por precaução e logo entramos no banheiro. Procuro a primeira cabine vazia e empurro Chris na parede lateral, fechando a porta logo em seguida.

- " Nunca te vi assim Mel. " Ri.

- " Nem eu. " Me junto a sua risada e realmente é verdade, nunca fiquei tão alterada assim antes, ao ponto de fazer sexo em uma cabine. " Não era você que queria uma rapidinha mais cedo? Vou realizar o seu desejo agora. " Sorrio pervertido.

Deslizo minhas mãos em cada um dos botões de sua camisa. Subo até o seu pescoço e tranquilamente desfaço o nó de sua gravata e quando já feito, deixo ela aberta de cada lado.

- " Estava ansioso por esse momento Cinderela. "

- " isso vai ser o ápice para uma nova história caipira. " Rimos.

- " Onde a Cinderela totalmente bêbada transa em um banheiro com o seu magnífico caipira. " Rimos novamente e me aproximo, indo de encontro para o seu pescoço, espalhando beijos e mordidas. Ouço-o suspirar em meu ouvido e sorrio.

Minhas mãos vão para o cós de sua calça e desabotoo rapidamente o cinto e o único botão, agora o olhando. De repente ouço um barulho e nos olhamos com os olhos arregalados. Coloco minha mão em sua boca para evitá-lo de rir. Quando tudo parece calmo e silencioso, decido tirar a mão.

- " Precisamos terminar isso logo, antes que alguém nos veja. " Sussurro.

- " É por isso que se chama "rapidinha". " Diz entre aspas o óbivo e o olho sério pela brincadeira.

- " Idiota. " Ri e levanta as mãos.

- " Para com isso, sabe que quanto mais proibido e errado é, mais gostoso fica. " Balanço a cabeça pelo seu conselho e me abaixo, até ficar de joelhos.

- " Sabia que essa visão é do paraíso? " Pergunta sensualmente e ao mesmo tempo com um tom brincalhão.

UOU ESSE REALMENTE FOI GRANDE😂

Gostaria que vocês escolhessem em qual visão querem que seja o próximo capítulo. Tenho escrito nos dois POV, mas quero que vocês decidam! 🔥

Espero que gostem! Votem e comentem hein!

Amo vocês e até a próxima!❤️

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