Acordei no dia seguinte com batidas na porta.
Droga! Quem era o infeliz que tinha a audácia de bater na porta das pessoas àquela hora?
De qualquer maneira minha mãe ainda devia estar em casa, então me virei para o lado e tentei abafar o som com o travesseiro.
Bateram outra vez. Merda! Onde aquela mulher estava que não ia atender a maldita porta? Apertei o travesseiro contra a cabeça tentando dormir.
Outra batida, dessa vez mais forte.
Dane-se. Joguei a coberta pro lado e me levantei bêbada de sono. Sai do quarto esfregando os olhos.
Bateram de novo. Quem quer que estivesse do outro lado, parecia estar determinado a quebrar a porta.
- Merda, eu já estou indo! - Gritei enquanto descia as escadas trocando as pernas. Eu mal percebi que minha mãe não estava em casa.
Abri a porta e encontrei Nicolas em pé com o punho cerrado, pronto pra bater de novo.
- Droga Any! Faz mais de dez minutos que estou batendo! Você está bem?
- Hm, eu acho que estaria melhor se você não tivesse me acordado. - Respondi rouca.
Ele soltou um suspiro de alívio.
- Me desculpa, parece que você se esqueceu.
- Me esqueci de... - Bati a mão na testa. - Hoje é quarta!
Ele sorriu.
- Sim. Tínhamos combinado nove horas.
- Oh, desculpa, Nicolas! Eu esqueci.
Ele fez que sim com a cabeça.
- Percebi.
- Entre. Eu preciso me arrumar. Me desculpe, eu...
- Any, não tem problema. Eu te espero aqui.
Eu fiz que sim e subi para o meu quarto.
Abri o guarda roupa e tirei de dentro dele uma calça jeans azul, uma blusa branca estampada e minhas peças íntimas. Peguei minha toalha na cabeceira da cama e corri para o banheiro. Cinco minutos depois eu saí vestida e com meu cabelo solto.
Voltei para o quarto, calcei minhas sapatilhas pretas, passei a escova em meu cabelo, perfume e maquiagem e desci.
- Demorei? - Perguntei a Nicolas quando o encontrei na sala.
- Não tanto quanto eu esperava. Pronta?
- Acho que sim. Nós não podemos demorar. Eu tenho aula.
Ele sorriu enquanto abria a porta pra mim.
- Nós não vamos.
Tranquei a porta e caminhamos juntos até seu carro.
- Sabe, é uma das poucas ferraris que eu vejo em Los Angeles. Não é um carro muito popular aqui.
Ele riu e abriu a porta pra eu entrar.
- Fica mais fácil conseguir uma dessas quando seu pai trabalha numa empresa de carros importados.
Ele deu a volta e entrou do outro lado.
- E então, você não acha que nove horas é um pouco tarde pra acordar?
- Não quando se vai dormir ás cinco.
Ele me olhou assustado quando tirou o carro da vaga.
- Você foi dormir cinco horas da manhã?
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Apostas Do Destino - ADAPTAÇÃO
FanfictionDepois do trágico acidente que matou seu pai, Any se vê obrigada a mudar de cidade com a mulher que considera sua pior inimiga: sua mãe. Aos dezesseis anos, Any nunca se apaixonou e nem pretendia se apaixonar. Até conhecer Josh, namorado da única ga...