Princess, Welcome Back to Orange

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- Você trouxe outra blusa? - Josh perguntou sem me olhar enquanto dirigia o carro pelas ruas movimentadas da cidade. Eu o olhei com a testa enrugada.

- Por que eu traria outra blusa?

Ele riu.

- Eu suponho que se a gente pretende matar aula, seu uniforme não é a melhor coisa que você poderia estar vestindo.

Eu olhei para o meu próprio corpo e a lógica passou por mim. É claro que ele tinha razão.

- Primeiro. - Eu disse voltando meu olhar pra ele. - Eu não pretendia matar aula. Na verdade, eu nunca fiz isso. Segundo, eu não costumo andar com uma blusa extra na bolsa. É mais útil andar com uma calça, já que tem uma probabilidade maior de sujar.

Ele riu de novo, sabendo do que eu estava falando.

- Bem, você vai precisar de uma blusa. - Ele rodou o volante curvando em uma esquina.

- Você pode me levar pra casa. Eu tenho blusas lá.

- Não temos tempo. Como eu já disse, tem um lugar em que eu quero te levar.

Eu o olhei curiosa bem no momento em que ele parou o carro em uma calçada.

- Que tamanho você veste? - Perguntou tirando o cinto.

- Hm, P. Você vai comprar uma blusa pra mim?

- Sim. Quer vir comigo escolher?

- Ah, não. Não precisa. Eu já disse que tenho blusas em casa. Nós podemos...

- Any. - Ele me cortou. - Nós não temos tempo. Deixe-me te dar um presente, está bem? Confie em mim. Eu posso pagar.

Eu pisquei o olhando, e por um momento minha mente ficou vazia e eu não soube o que falar.

- E então, vai querer escolher?

Mas onde afinal ele queria me levar pra estar com tanta pressa? E nós não tínhamos quase cinco horas livres? Onde estava a lógica nisso?

- Presentes não se escolhe. - Eu disse depois do que me pareceu um longo tempo.

Josh sorriu e levou a mão ao meu rosto, acariciando minha bochecha com o polegar.

- Tudo bem. - Ele se aproximou de mim e me deu um beijo rápido nos lábios. - Eu não demoro.

Então ele saiu batendo a porta e me deixando sozinha.

Eu respirei fundo, enfim encontrando um momento em que eu pudesse pensar tranquilamente sem os olhos dele em mim.

O que eu estava fazendo? Eu não devia estar ali, eu não devia ter beijado-o sexta feira, eu não devia fazer isso com a Taylor, eu não podia ter perdido meu controle.

Qual era o meu problema afinal? Será que eu nunca conseguiria resolver toda essa merda com Josh?

Taylor iria descobrir. Eu tinha certeza de que, mas cedo ou mais tarde, isso tudo viria a tona provocando um enorme estrago, era inevitável.

E qual seria a reação dela? O que eu faria se estivesse em seu lugar? Certamente eu não ficaria calada. Eu diria - gritaria - para toda a escola o quão vadia e traidora era a garota que ficou com meu namorado e acabou com meu namoro em apenas uma semana.

Eu engoli em seco quando percebi que ela teria razão se fizesse isso, porque decididamente era isso o que eu era. Uma vadia e traidora, capaz de destruir em uma semana o que um casal levou meses - talvez anos - para construir.

De qualquer forma, ela faria isso? Taylor teria coragem o suficiente para me humilhar? Quão dolorosa seria sua vingança?

Eu não demorei muito para encontrar as respostas dessas perguntas, e elas fizeram minha garganta se fechar.

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