Wonwoo abriu a porta de seu apartamento, adentrando o mesmo e suspirando pesado ao tirar seus sapatos. Estranho, seu gato, Wiskies, não viera o cumprimentar com seus miadinhos manhosos e carinha de sono. O rapaz chamou-o algumas vezes, mas sem obter resposta. Saindo da entrada onde os sapatos ficavam, procurou seu companheiro de anos, mas novamente, sem sucesso algum.
Ele já estava em desespero quando, de um canto bem obsoleto de seu quarto, saiu o tão amado felino, miando preguiçosamente e se esfregando nas pernas de seu dono. Suspirando de alívio, Wonwoo o pegou no colo, levando-o consigo para a cozinha, onde colocou comida e completou a água no potinho do bichano.
Obviamente que, como todo bom pai de gato, o rapaz passou um tempo conversando, fazendo carinho e brincando com o mesmo, sorrindo de todas as palhaçadas que seu bichinho fazia. Claro, após isso o rapaz fora preparar sua janta: uma fatia de pizza do final de semana requentada no micro-ondas com uma lata de Coca-Cola. Se o visse fazendo isso, seu irmão riria de sua cara, e sua mãe… Bem, essa daí lhe daria um belo de um esporro por não estar se alimentando corretamente.
Sorrindo pelas lembranças agradáveis que vieram em sua mente, ele jogou sua latinha já terminada fora e lavou o prato que usara, saindo da cozinha e indo, preguiçosamente, em direção ao banheiro para um banho quente e relaxante.
Após isso, passará boas horas estudando para a prova de Economia II que teria na semana seguinte e, completamente cansado, dormira bem ali, na sua mesa de estudo e de cara no livro.
Ele acordou com o barulho de seu despertador, e a julgar pela hora, o mesmo já teria tocado umas duas vezes antes disso. Correndo, juntou seu material, colocando tudo em sua mochila, e trocou sua roupa, indo rapidamente para a cozinha pegar algo rápido para comer na geladeira e colocar comida para Whiskies, que miava em sua pernas.
Despedindo-se de seu gatinho, Wonwoo pegou seus materiais e a chave de seu carro, trancando a porta atrás de si e descendo as escadas correndo. A primeira aula de cara seria um seminário para entrega, e ele não podia, de modo algum, se atrasar.
Dando partida no carro, o rapaz acelerou, passando um pouco dos limites permitidos naquela região. Ele não se importava no momento com….
Wonwoo abriu a porta de seu apartamento, adentrando o mesmo e suspirando pesado ao tirar seus sapatos. Estranho, seu gato, Wiskies, não viera o cumprimentar com seus miadinhos manhosos e carinha de sono. O rapaz chamou-o algumas vezes, mas sem obter resposta. Saindo da entrada onde os sapatos ficavam, procurou seu companheiro de anos, mas novamente, sem sucesso algum.
Ele já estava em desespero quando…
Quando notou que alguma coisa ali estava errada. Primeiro, parecia que já havia vivido esse dia antes e, em segundo, aquela não era sua mobília.
Confuso, olhou em volta.
Aquela definitivamente não era a sua mobília.
Não podia ser. Ninguém entraria em seu apartamento e tiraria suas coisas e as substituiria por outras. E também, ninguém tinha a chave. A não ser o proprietário, mas ele não teria o direito de entrar ali sem permissão já que seu aluguel estava em dia e…
Seu pensamentos foram interrompidos quando um rapaz alto apareceu na soleira da porta da cozinha.
--O quê foi, Buddy? Por quê está assim?- abismado, Wonwoo encarou o rapaz e, antes que pudesse responder, ouviu um latido atrás de si que o fez pular.
Havia um cachorro, de raça média, ainda filhote, o olhando, bravo. Dando alguns passos para trás, ele respirou fundo, já irritado com toda aquela situação.
-- Ok, já chega! - disse, esquecendo o cachorro e indo até o rapaz alto que ainda estava na soleira da porta. - Quem é você e o quê está fazendo na minha casa com esse cachorro?! - O mais alto apenas o encarou, como se estivesse vendo através dele. - Escuta aqui, garotão, eu não estou brincando, portanto, o quê você está fazendo na minha casa?! - disse, entredentes.
Sem obter respostas e já completamente irritado com o comportamento do cara a sua frente, Wonwoo o agarrou pela gola da blusa, ou pelo menos, tentou.
Sua mão passou direto pelo tecido, como se ele não fosse feito de matéria.
Como se fosse um fantasma.
Ele tentou de novo, dessa vez como quem fosse dar um empurrão, mas sua mão passou direto pelo ombro do rapaz, que a única reação foi a de estremecer levemente e chamar o cachorro, voltando para a beira do fogão onde, muito provavelmente, estaria preparando seu jantar.
Wonwoo sentiu-se tonto. Sem entender o quê estava acontecendo, foi em direção a varanda, sentando ali mesmo no chão. Foi aí que tudo veio à tona.
Ele se lembrou do dia anterior. De como havia chegado em casa, do seu gato pregando uma peça nele, o deixando desesperado. De seu "jantar". Dos estudos.
Do acidente.
Do hospital.
Da luz branca que o deixou cego por alguns minutos antes de ver a porta de seu apartamento novamente…
Quantas vezes ele teria vivido esse mesmo dia? Quantas vezes teria achado que ainda estava vivo quando na verdade… Quando na verdade ele já não estava mais entre seus amigos, sua família.
Meu deus, sua mãe… ela deveria ter ficado destruída quando descobriu.
Seu gato… quem estava cuidando dele? Estaria ele bem?
Ele precisava sair dali, precisava ver sua mãe, seu irmão, saber se eles estavam bem.
Levantando-se em supetão daquele chão frio, Wonwoo foi em direção a porta, saindo daquele apartamento frio e que agora não era mais a sua casa. Mas o que ele não esperava era o que aconteceria em seguida.
De algum modo, fora levado novamente a porta de sua casa, tirando os sapatos e chamando por seu gato. Surpreso e assustado, Wonwoo tentou novamente sair dali, mas sem sucesso algum.
E ele tentou.
E tentou.
E tentou.
Até que, já cansado, e certo de que não conseguiria sair dali, voltou para a varanda e sentou-se novamente no chão frio, deixando as lágrimas molharem suas bochechas, e rezando silenciosamente para que aquele dia não se repetisse.
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Ghost Of You [ Meanie ]
Fiksi PenggemarUm fantasma preso em seu apartamento. Um rapaz que não acredita em coisas sobrenaturais. É assim que os destinos de Wonwoo e Mingyu se cruzam, fazendo com que surja uma faísca de algo que pode, ou não, se tornar realidade.