Andrew PoV
Eu já estou quase pronto pro trabalho e a Meredith não apareceu, ela vai se atrasar, o tempo amanheceu totalmente fechado hoje, não vai demorar a nevar, eu pego uma das canecas dela, coloco café, pego minha gravata, coloco o casaco e vou até a casa dela, tá ainda mais frio do que previ
- Meredith!
Eu chamo e bato na porta
- Meredith, ta frio
Eu ouço a chave virar e a porta se abre
- Que frio, você trouxe café, você salva minha vida, sério
Eu entro e fecho a porta, ela está de saia com meia calça e uma blusa de frio que se molda ao corpo, absolutamente linda
- Não dá pra encarar o frio lá fora com essa roupa, não
- Droga
Ela vai pro quarto com a caneca de café e não demora a voltar, de calça e com uma blusa mais quente, além de um casaco na mão
- Cadê o café?
Eu pergunto, sorrindo, encosto na bancada e ela deixa o casaco no sofá
- Ahh, droga
Ela volta pro quarto e vem com a caneca na mão
- Melhor?
- Tão linda quanto antes e protegida do frio
Ela toma um gole do café
- Por que tá tão frio?
Ela me entrega o café e pega a gravata
- Uma tempestade de neve no fim de semana
- Sério?
Ela coloca a gravata ao redor do meu pescoço e começa a fazer o nó, eu não consigo desviar o olhar, minha mão cria vida própria e arruma o cabelo dela atrás da orelha, ela olha pra mim e mais uma vez, nossos olhares se encontram, como aconteceu ontem a noite, nenhum dos dois desvia, será que eu to vendo demais? Será que ela quer isso tanto quanto eu quero e eu quero, como eu quero sentir os lábios dela nos meus, sentir o gosto da pele dela nos meus lábios, o celular dela toca, tirando nós dois daquele momento, ela se aproxima ainda mais pra alcançar o celular na bancada, nosso corpo se toca e ela se afasta de vez, eu olho pra cima e solto o fôlego devagar, eu não estava preparado, ela atende o telefone, ainda com a mão na minha gravata, enquanto ela fala, eu imagino as mãos dela ao redor do meu pescoço, nosso corpo junto enquanto minhas mãos passeiam... chega Andrew
- Oi, Jo... é, eu vou lá no escritório do Deluca hoje
Ela sorri pra mim e continua
- Não, eu vou aí primeiro, depois vou pra lá... ok
Ela desliga, coloca o celular na bancada e volta a dar o nó na gravata
- Você não disse porquê vem uma tempestade de neve
Ela diz sem olhar pra mim
- Talvez porquê disseram na previsão do tempo
Ela ri, eu não consigo evitar um sorriso ao ouvir o som da risada dela
- Ótima resposta, eu achei que a neve ainda ia demorar a chegar
Ela termina o nó mas não se afasta e olha pra mim
- Parece que não, terminou?
Ela coloca as duas mãos na gravata, ajusta o nó, pega o café da minha mão e toma um gole
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Descobertas
FanfictionUma mudança de vida que te vira do avesso pra te mostrar que o avesso, talvez, seja o lado certo. As vezes, situações extremas trazem descobertas e elas podem ser incríveis, sobre você, sobre o outro e sobre sentimentos que você não sabia que exist...