Revenant ☆Seho

Epílogo

Junmyeon recebeu a ligação de Sekwang, informando que voltaria para a cidade naquele dia. A ansiedade tomou conta de Junmyeon, que ansiava pelo seu retorno.

Ao chegar na cidade, Sekwang ligou para Junmyeon, marcando um encontro. Junmyeon achou que seria melhor ir até a casa de Sekwang e, naquele momento, se encontrava sentado no sofá da sala, encarando o maior.

Junmyeon olhou para Sekwang com expectativa nos olhos. Um breve silêncio pairou no ar antes que ele finalmente quebrasse o gelo.

— Como foi a viagem, Sekwang? — Perguntou, sorrindo calorosamente.

— Foi incrível. Eu queria que você tivesse ido junto, Jun. Tenho certeza de que teria adorado — Respondeu, animado.

— Tenho certeza de que sim. Na próxima vez, você vai ter que me levar, hein — Disse Junmyeon, cruzando os braços e formando um bico nos lábios.

— Eu com certeza te levarei. Não quero passar um segundo a mais sem você, meu amor — Disse Sekwang, se aproximando de Junmyeon e selando um beijo no canto dos lábios dele — Mas e aí, tem alguma novidade?

— Tenho sim. Estive procurando pistas sobre quem poderia ter matado Sehun, e acho que encontrei uma pista no hospital! — Disse Junmyeon, demonstrando confiança em suas palavras.

— Sério? Você pode me mostrar? — Perguntou Sekwang, visivelmente curioso.

— Mas você quer ir agora? — Junmyeon fez uma careta desgostosa, já que estava quase anoitecendo.

— Sim, quanto mais rápido me mostrar, mais fácil será encontrarmos o assassino, não é? — respondeu Sekwang com determinação.

(...)

O hospital abandonado parecia ter sido engolido pela vegetação, com o mato crescendo descontroladamente ao redor das estruturas de concreto. As janelas estavam quebradas, revelando a escuridão dentro do prédio. Junmyeon podia sentir uma sensação de arrepio percorrendo sua espinha conforme adentravam o local.

O interior do hospital estava tomado pelo silêncio, interrompido apenas pelo som dos passos ecoando pelo corredor vazio. A luz do sol filtrada pelas janelas quebradas criava sombras dançantes nas paredes descascadas. O ar estava empoeirado e carregado com o cheiro de mofo e abandono. Subiram as escadas rangentes e seguiram até uma porta ao final do corredor.

Ao chegarem na porta, Junmyeon apoiou a mão no trinco e lançou um sorriso reconfortante para Sekwang, tentando transmitir confiança. No entanto, o que Sekwang não sabia era que, por trás daquele sorriso, Junmyeon estava tentando encontrar coragem para si. Com movimentos lentos, Junmyeon girou a maçaneta e abriu a porta, deparando-se com o quarto onde Sehun havia sido encontrado morto.

Já dentro do quarto sombrio, Junmyeon caminhou vagarosamente pelo espaço, seus olhos percorrendo cada detalhe do ambiente. Ao parar no centro do aposento, decidiu se virar para olhar Sekwang. Antes que pudesse fazê-lo, entretanto, Junmyeon fora surpreendido por um braço se enrolando em seu pescoço, apertando-o com força.

Sentindo o ar escapar de seus pulmões, ele levou instintivamente as mãos ao braço do agressor, tentando afrouxar desesperadamente o aperto. No entanto, Sekwang era mais forte e Junmyeon estava em uma desvantagem desfavorável. O aperto ao redor de seu pescoço se intensificava a cada segundo, impedindo-o de respirar adequadamente. Seu campo de visão começou a se turvar, sinais de que logo desmaiaria. Enquanto lutava pela sua vida, Junmyeon percebeu que precisava encontrar uma saída e se livrar daquilo.

O que Sekwang não esperava, era sentir um peso súbito sobre sua bochecha, fazendo com que o homem perdesse o equilíbrio e fosse ao chão. Enquanto se recuperava do golpe, ele sentiu toda aquela parte da face formigar intensamente, evidência clara de que havia levado um soco certeiro no local.