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Sehun ocasionalmente aparecia em diferentes cômodos da casa de Junmyeon, sempre o pegando desprevenido e assustando-o. Naquele momento, Junmyeon estava relaxando no sofá, assistindo a um filme que passava na televisão. Após algum tempo sentado, ele decidiu se espreguiçar, levantando os braços lentamente acima da cabeça. A ação fez com que seus músculos estalassem, e ele abriu a boca, preparando-se para soltar um bocejo. No entanto, antes que pudesse emitir qualquer som, seus olhos se arregalaram ao perceber Sehun parado bem em sua frente.

Um grito escapou involuntariamente dos lábios de Junmyeon, enquanto ele dava um pulo no sofá, levando a mão ao peito para tentar acalmar seu coração que batia rapidamente. Sua respiração estava desregulada, e ele sentia a adrenalina correr pelo seu corpo.

Sehun apenas observou a reação assustada de Junmyeon, seu rosto permaneceu impassível. Ele estava acostumado com esses momentos, onde sua presença surpreendia o outro. Junmyeon tentou recuperar o fôlego, olhando para Sehun em busca de explicações.

— Sehun, por que você sempre me assusta assim? — Junmyeon perguntou, tentando recuperar a compostura.

— Não era minha intenção te assustar, mas você deveria ter se acostumado já. De qualquer forma, preciso da sua ajuda — Sehun deixou seu semblante sério suavizar por um momento.

— Está bem, só vou me arrumar — Falou Junmyeon, com sua voz ainda trêmula.

Junmyeon tomou a decisão de levar Sehun até o hospital, e naquele momento eles se encontravam diante do imponente edifício abandonado. O ambiente ao redor estava impregnado de um misterioso ar, que deixou Junmyeon emocionalmente vulnerável naquele momento. Sentindo que era o momento certo, finalmente ele decidiu compartilhar um episódio crucial de suas vidas que tinha surgido em sua mente enquanto adentravam o local.

Memórias fragmentadas pulsavam em sua mente, e Junmyeon sentiu seu coração acelerar à medida que recordava o dia em que havia ficado imensamente feliz.

Sehun apareceu na porta da casa de Junmyeon, aparentemente ansioso demais por alguma razão desconhecida. Ele queria levá-lo a um lugar novo e importante. Curioso e confiante em seu amigo, Junmyeon consentiu em ir até o local.

Sehun segurou firmemente sua mão e o conduziu, através de ruas. Junmyeon podia sentir a empolgação de Sehun em cada movimento de seu corpo, o que só aumentava a expectativa do que estava por vir. Eles chegaram ao hospital abandonado, o qual Junmyeon conhecia muito bem. Sehun pediu para que o amigo colocasse uma venda preta.

O garoto, um pouco desconfiado, pegou a venda das mãos de Sehun e a colocou sobre os olhos. A sensação de ter a visão completamente bloqueada era estranha, mas apesar disso, confiava plenamente em Sehun e sabia que ele estava querendo deixar a surpresa ainda mais interessante.

A venda em seus olhos pesava um pouco, mas aquela escuridão desconhecida também o intrigava de alguma forma. Não saber o que vinha a seguir era excitante.

Foi então que Junmyeon sentiu a respiração quente de Sehun próximo ao seu ouvido. O arrepio que percorreu sua espinha foi imediato, e seu coração começou a bater mais rápido.

— Posso colocar minha mão em sua cintura, para ajudá-lo a subir a escada? — Perguntou Sehun sussurrando no ouvido de Junmyeon.

Junmyeon assentiu. Ele sabia que Sehun apenas queria ajudá-lo a garantir sua segurança naquele ambiente.

Com a mão de Sehun em sua cintura, Junmyeon sentiu-se guiado e protegido. Cada passo na escada era mais seguro com a ajuda do amigo, e isso fez com que Junmyeon se sentisse ainda mais grato por tê-lo ao seu lado.

Revenant ☆SehoOnde histórias criam vida. Descubra agora