Capítulo 3.

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"Amar pode machucar, amar pode machucar às vezes
Mas é a única coisa que eu sei
Quando fica difícil, você sabe que às vezes pode ficar difícil
É a única coisa que nos faz sentir vivos."
Photograph - Ed Sheeran

Any Gabrielly

Passei oito horas e vinte minutos no avião a caminho de Nova York. Oito horas pensando em como eu iria agir se encontrasse com os meus "amigos" novamente. Sei que vou encontrar com eles, mamãe havia me dito que chamou eles para o seu casamento já que eles ainda falam com ela. Nesse exato momento estou esperando minha mala aparecer naquela pequena esteira, a minha e de Hina.

— Any? — Joalin começa a me cutucar — Sua mala amiga. Já está vindo.

— Ah, não tinha visto. — balanço a cabeça para sair do transe que entrei não faz minutos.

Pego minha mala e coloco no carrinho. Estou exausta, mesmo passando oito horas sentada.

Sabi👾: oi amiga, já estou aqui
Sabi👾: tenho uma surpresa :)

ai mds
vou infartar até chegar aí

Sabi👾: eu sei que você me ama e tals
Sabi👾: mas relaxa
Sabi👾: estou a mesma de sempre

kkkkkkkkkk ok então

Todos já estão com suas malas então vamos para a saída do aeroporto. Não consigo conter minha felicidade, estou sorrindo tanto que os outros devem acham que sou uma doida. Estou suando muito por conta do nervosismo que se alguém encostar em minha pele vai achar que acabei de ter febre.

Andamos um pouco até o local dos táxis até que vejo uma mulher não tão pequena com os cabelos grandes e pretos. Sabina até então não tinha notado nossa presença, estava conversando com... o Noah e Sina?

Como não somos um grupo nada discreto, seis pessoas que falam mais que tudo, Sabina percebeu que estávamos encarando e veio correndo em nossa direção.

— Minha latina favorita de volta ao lugar que nunca devia ter saído, ao meu lado. — Sabina diz enquanto pula em meu colo e me abraça com toda a força que ela tem — Que saudades de você amiga, eu realmente senti muitas saudades. Olha você como está mais linda, mais mulher, nem parece aquela garota que saiu daqui com 18 anos. Acho que é porque fez 21 recentemente, ser maior de idade muda todos nós.

— Também senti sua falta. — digo entre os abraços e logo depois rindo.

Eu nasci em território brasileiro já que minha mãe morava lá. Sabina nasceu no méxico e desde que a conheço me chama de "latina". Não morei muito no Brasil, logo após meu nascimento minha mãe veio direto para o Estados Unidos, foi só para o Brasil para ter o apoio de toda a nossa família. Meu pai é estadunidense, então tenho dupla cidadania.

— Não vai cumprimentar o resto dona Maria Sabina? — Krystian diz enquanto se apoia em uma das pernas e cruza os braços.

— Não gosto quando você me chama de Maria Sabina, parece que quer brigar comigo. — Sabina reclama enquanto puxa ele para um abraço.

Como quase todos os dias eu e Sabina estávamos em ligação, uma hora ou outra ela ia acabar sendo amiga dos meus amigos de Londres. Depois de Sabina abraçar a todos, vi que Noah e Sina esperavam para falar comigo.

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