Estou tentando, mas continuo caindo.
Eu grito, mas nada vem agora.
Estou dando tudo de mim e sei que a paz virá.
Eu nunca quis precisar de alguém ........🌙...
ALICEDespertando em semiconsciência sinto mãos suaves acariciando meu cabelo e é gostoso, muito gostoso. Meu corpo está dolorido e me alarma essa situação. Tentei abrir os olhos, mas as pálpebras pesadas dificultaram um pouco. Mesmo assim, tentei mais uma vez e agora com sucesso.
Está tudo tão embaçado e claro que sinto os olhos ardendo. Franzi o cenho rejeitando a claridade excessiva que entrava por minhas orbes e ouvi vozes ao meu lado. Eu quis mexer meu corpo mas não consegui. Tentei também falar algo, mas senti dor na garganta e engasguei.
Droga!
— Ela está acordando? — ouvi alguém perguntar, mas estava tão longe. Sinto um arrepio tomar o meu corpo pois eu conheço essa voz!
Talvez eu ainda esteja sonhando, deve ser isso.
Minutos se passaram, eu debatia entre lutar para manter os olhos abertos ou tentar embalar em um sono profundo. Ao meu lado muitas vozes e conversas fazendo minha confusão mental aumentar, assim como à vontade crescente para saber o que se passava comigo.
Então foquei no agora e consegui abrir meus olhos, após muito esforço. Estou deitada em uma cama de hospital enquanto uma equipe médica se aproxima. Após um momento considerado longo, informaram que eu estava internada, mas que eu tivesse paciência que explicariam tudo com calma.
Procederam perguntas básicas para saber se eu conseguia compreender o que diziam e avaliar meu estado geral. Instigaram minha mente e consegui compreender tudo o que disseram e também respondi satisfatoriamente, quando indagada sobre algo.
Depois que se afastaram, consegui ver Karen e Helena. Um suspiro brusco escapa dos meus lábios quando me abraçam. Porém, o dono da voz não estava por perto.
Estranho! Devo ter alucinado, com certeza!
— Como está? Você quase me matou de susto. — Helena estava debruçada sobre meu corpo e soluçando. — Não pode nos deixar Alice, não pode. Você terá um afilhado... Como ousa pensar que não estará aqui para vê-lo nascer?
Afaguei seus cabelos cheirosos e tentei falar novamente, mas a tentativa falhou, minha garganta doeu intensamente, de novo. Bebi um pouco de água e consegui dizer que estava tudo bem, porém o fato dela ter dito algo sobre afilhados, me deixou perplexa.
— Eu serei a madrinha? — pergunto, afetada pelo sentimento.
— É claro, sua boba. — respondeu chorando. — Anna e Karen, também.
Meus sentidos estavam um tanto distorcidos e eu estava confusa, ainda. No entanto, nesse momento me dou conta que as pessoas ao meu redor estão vivendo e evoluindo conforme o curso natural da vida e apenas eu estou empacada no passado.
Parei de viver e apenas sobrevivo...
Apertei a mão de Karen, que estava sobre a minha e notei em seu rosto pesar. Não consigo expressar o quanto meu coração dói quando elas estão tristes. Não tenho forças para expressar o quanto sinto muito por tornar a vida delas menos feliz, comigo dessa forma, doente.
Pisquei algumas vezes para que as lágrimas me deixassem vê-las e notei muitos fios pelo meu corpo, bem como uma agulha enfiada no meu braço que produziu uma forte dor quando tentei abraçar Karen. Perguntei por Anna e disseram que ela estava embarcando para lua de mel com Marcos, e que isso só foi possível pois ela precisou ouvir dos médicos que eu ficaria bem. Mas tiveram que prometer avisar assim que eu acordasse.
VOCÊ ESTÁ LENDO
The CURE
Fanfiction| KIM TAEHYUNG | +18 🌙 Kim Taehyung, idol, imerso em um momento da vida onde precisa decidir o que fazer pelo restante de sua existência, para poder viver em paz, encontra, em um dia calmo de outono, por obra do destino e muita insistência de um am...