capítulo 1

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       Pedro - o magnífico

  Enquanto Susana me dava vários sermões sobre como a maneira que eu tratei seu irmão era errada, Lúcia sai correndo e acaba abraçando o professor.
  Depois de uma pequena conversa já estávamos saindo, quando o professor chamou eu e Susana para uma conversa sobre o ocorrido.
  —Parece que mexeram com o frágil equilíbrio da casa.- disse ele enquanto acendia seu cachimbo.
—Pedimos desculpas senhor, isso não acontecerá mais.- digo puxando o braço de Susana para encerrar o assunto. Ela me dá um empurrão enquanto solta seu braço.
—É a Lúcia!- afirma Susana.
—A garota que estava chorando?- pergunta.
—Sim, ela está magoada.-
—Qual o motivo pelo choro ? - pergunta não nos dando o mínimo de atenção, Pensando nisso respondo.
—Não é nada!- afirmo —Cuidamos de tudo!
—Estou vendo- disse debochando.
— Ela entrou em um guarda roupa do segundo andar, afirma que ele é mágico!‐ ele para o que esta fazendo e levanta na mesma hora.
—O que você disse - pergunta enquanto nos guia até um sofá que se encontrava no local!
—No guarda roupa do segundo andar- respondo —Lúcia afirma que ele tem uma floresta dentro dele!
—Ela não para de falar sobre isso, está maluca- resmungou Susana.
—Minha irmã não é maluca!- gritei
—É sim- afirma —esta falando disso como uma doida!- rebate.
—Claro que não- antes de terminar de falar o professor me pergunta.
—E como ela está?
—Lunática!‐ responde Susana, automaticamente me fazendo a olhar com raiva.
—Não, não ela não! A floresta- afirmou
—Então você acredita?‐ Susana perguntou incrédula
—E vocês não?- rebateu.
—Mas Edmundo disse que era só brincadeira!- digo
—E ele costuma falar a verdade?
—Não... essa seria a primeira vez- falou Susana pensativa.
—Se ela não está "louca" e nem "mentindo"... provavelmente ela diz a verdade!- Disse ele por fim.
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  Já pela tarde, estávamos jogando baseball, quando resolvo descontar minha raiva de Edmundo, jogando a bola com força na sua perna, o mesmo rebate fazendo com que quebre o vidro.
  Só ouvimos um grito estridente vindo lá de cima, provavelmente  é a Dona Marta gritando. Fomos para o casarão,  subimos correndo as escadas, passamos correndo nos corredores, todas as salas estavam trancadas, nossa única opção era um quarto do segundo andar.
  Ao entrar no quarto só tinha um armário,  o tal que a Lúcia sempre estava falando, ficamos meio hesitantes   em entrar , mais ao ouvir a voz da Dona Marta se aproximando  não pensamos duas vezes em entramos dentro do armário.
  Estamos nos mexendo dentro do armário até que Edmundo pisou no meu pé fazendo eu tropeçar e cair em cima de Susana, nossos rostos estavam tão próximos e pela primeira vez pude observa-la melhor, seus belos olhos azuis com os cílios perfeitamente alinhados, sua boca rosada e sua  pele alva que combinava perfeitamente com os c cabelos castanhos  que caiam pelo seu corpo, passei meus olhos discretamente pelo mesmo, ato que não passou despercebido por ela , que corou, talvez pelo frio ?
  Passei tanto tempo a observando que quando dei por mim estava caido ao seu lado com uma dor insuportável.
—Você me chutou! Esbravejei com raiva a Edmundo.
—Da próxima vez que olhar pra ela- ele gritou.
—Da próxima  vez que olhar pra ela disse jeito eu te mato!- gritou com raiva!
  Quando eu olho pra Susana ela estava com  seu rosto abaixado envergonhada!
—Eu não estava olhando! Foi você que me fez cai em cima dela!
—Estava olhando sim!- afirmou Lúcia.
—Você não está me ajudando Lu.- a respondi.
— Não importa temos que ir ver o senhor Tumnos.
—Não temos não, temos que ir para casa- advertiu Susana. Me fazendo revirar os olhos com esse jeito de certinha dela.
— Da próxima vez que você revirar os olhos para mim eu juro que você fica sem eles!

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