Park's Bakery

Capítulo Único - Tough but sweet

I know a guy who's tough but sweet

He's so fine, he can't be beat

He's got everything that I desire

Sets the summer sun on fire

I want candy, I want candy

Bow Wow Wow - I Want Candy

O sol brilhava naquele dia quente de verão. Chanyeol rodava pela loja espaçosa com uma bandeja em uma das duas mãos e um avental amarrado na cintura, completamente imerso na tarefa de equilibrar as duas fatias de bolo em sua posse até a mesa dezoito.

— Sinto muito pela demora, estamos meio cheios hoje — abaixou a bandeja, puxando os dois pratos com as sobremesas e posicionando ambos em cima da mesa. — Mais alguma coisa? 

De fato, o estabelecimento estava cheio. A padaria da família era grande o suficiente para atender muitos clientes de uma só vez, mas estavam com falta de funcionários devido à dureza de seu progenitor na hora de contratá-los. Depois de um incidente onde um homem se infiltrou na cozinha da Park’s Bakery, visando encontrar as receitas da família, ele cismou que deveriam ser mais rigorosos. Já não confiava na esposa para lidar com esse assunto, e agora realizava a tarefa — ou tentava, já que ninguém parecia ser bom o suficiente — sozinho.

Chanyeol suspirou, ainda esperando pela resposta dos clientes sentados nas cadeiras dobráveis de madeira, à sua frente. Havia duas pessoas. Dois homens, exatamente. Um deles tinha os cabelos alaranjados, trajava uma regata cinza e calça moletom da mesma cor. Estava de sandálias, e o Park percebeu que ele não se importava muito com o que vestia, ou talvez só tivesse acabado de acordar e morasse ali perto. O outro parecia mais arranjado, com sua calça jeans e blusa branca, os cabelos pretos penteados e levemente molhados. Ele sorriu para si, amistoso. 

— Quer refrigerante, Sehun? — O mais arrumado perguntou ao outro, que negou com a cabeça e tateou pelos talheres postos em cima da mesa. — Bem, eu quero. Tem coca-cola, garoto?

Perguntou, ainda com o sorriso polido no rosto, querendo a confirmação de que ainda havia a bebida em estoque. 

— Sim, sim. Vou pegar, um minuto. — Deu às costas aos dois, o sorriso que manteve durante a conversa sumindo imediatamente. 

Com a bebida em mãos, estava pronto para voltar até a mesa dezoito e entregá-la para o homem de sorriso bonito e cabelo arrumado, porém, teve seu braço segurado por outra pessoa. Percebeu ser seu pai após um susto momentâneo.

— Está livre na terça? Preciso de alguém para fazer as entregas. — Chanyeol suspirou, cansado.

—  E se eu não estiver? — Puxou o braço de volta. 

— Vai fazer com que esteja. Preciso de você aqui. — O Park mais novo entre os dois bufou, e voltou a tarefa de caminhar até a mesa dezoito. 

Quando chegou lá, porém, um dos homens chamou sua atenção.

— É… Chanyeol né? — Leu o nome em sua plaquinha de identificação, pendurada por um alfinete  na blusa social que usava. — Terça é aniversário de um amigo meu, então queríamos p…

— Um bolo. Queremos comprar um bolo, para entregar na casa dele, na festa surpresa que iremos fazer. — Completou o outro, aparentando estar sem paciência.

Chanyeol limpou a garganta e forçou-se a sorrir novamente, após um breve segundo.

— Certo, então! Vocês podem fazer o pedido no balcão, mas eu recomendo que peçam pelo telefone, porque…