1.7 | I Take Care of You

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Ela levou a sua mão até á borda das suas meias e retirou de lá um pequeno pacote com as tipicas advertencias :

"Fumar Mata"

" Já esperimentas-te?" nego com a cabeça e espero esta continuar " Queres experimentar?"

"O-o quê??! Não! Claro que não!" levantei-me bruscamente das escadas em que me encontrava e coloquei-me na frente da sua figura.

"Tu é que sabes"

Eu não quero fazer aquilo!

Claro que não, aquilo mata pessoas!

" Obrigado, eu prefiro deixar-me estar."

" Ok. Sem problema." A Morena retirou também das suas meias um outro objeto, também conhecido como isqueiro.

Levou-o até á ponta do seu cigarro e rapidamente o acendeu, levando á boca o objeto maligno.

Assisti a rapariga repetir o processo atentamente, vezes e vezes sem conta.

"Para quem tem medo de tentar, estás muito atenta." os seus lábios pronunciaram num tom, eu diria, superior.

" Eu não tenho medo, só não me quero suicidar." respondi-lhe enquanto me encostava á parede que se encontrava ao meu lado e cruzei as pernas.

"Claro... então isso quer dizer que não estás numa situação tão complicada como a que eu estava."

"Por que diz isso? A senhora não sabe nada sobre a minha vida!" respondi-lhe rudemente sem entender o seu comentário.

" Se estivesses mesmo mal, não estarias a pensar no quão mal pode fazer um cigarro..."

Permaneci imóvel, sem proferir uma palavra, apenas a pensar no que tivera acabado de ouvir.

Eu importo-me assim tanto?

Quer dizer... para que é que eu ainda aqui estou.

Não iria fazer falta a ninguém se desaparecesse.

Provavelmente ninguém iria reparar na minha ausencia...

E Ninguém me poderia culpar por concretizar o desejo do meu pai.

Sentei-me novamente onde estivera há minutos e continuei a analisar a forma de como o fumo fluia através da sua boca.

Não Parecia ser assim tão mau, visto de outra perpectiva.

Passados alguns segundos apenas admirando a forma de como o fumo desaparecia no ar, senti o pequeno objeto ser colocado á minha frente.

" Exprimentar nunca matou ninguém..." Daina falou ao mesmo tempo que o meu subconsciente.

Só uma vez não deve fazer mal...

Peguei no cigarro e encarei-o por segundos, analisando todo o seu comprimento.

Levei a sua ponta aos meus lábios e inalei o fumo tóxico por cerca de 2 segundos.

Senti o fumo quente prender-se na minha garganta e rapidamente deixei-o sair no meio de um ataque de tosse.

"Tens que o deixar passar pela tua garaganta, não o podes prender." Daina falou após acalmar o seu riso.

Repeti o processo, deixando o fumo tóxico viajar pela minha garganta e logo senti um alivio imediato no meu cérebro.

Era como se os problemas sumissem por instantes, como... se não houvesse mais nada no mundo que me pudesse chatear ou entristecer.

Libertei o fumo calmamente pelos meus lábios, observando-o espairecer no ar antes de desaparecer.

Strip Club | h.s. - hotOnde histórias criam vida. Descubra agora