Your dreams come true

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Um filósofo certa vez perguntou: "Somos humanos porque contemplamos as estrelas ou as contemplamos por que somos humanos?". O verdadeiro ponto é: As estrelas também nos contemplam? — Neil Gaiman

Não foi fácil, mas depois de alguns anos na terapia Harry Potter conseguiu voltar a olhar para o céu, apesar de ser algo que ele preferia evitar de todas as formas possíveis.

Havia procurado ajuda por influência de sua mãe e ele não criou obstáculo, na época concordou que não ia ser algo ruim. Ele entendia totalmente sua preocupação. Não é todo dia que seu filho chega em estado de choque em casa assumindo que é gay e falando entre risos que seu namorado era uma estrela cadente.

— Apenas não conte para seu pai ainda — Parecia que era a única coisa que ela diria sobre o assunto, mas antes de deixar o quarto para fazer algo para Harry comer, ela falou da porta — Ei, eu te amo tá!

Seu pai, como era de se imaginar, não foi fácil e Harry sabia que teria sido muito pior se não tivesse conseguido o apoio de sua mãe, de Lupin e Sirius.

— Não fica tão preocupado — Remus colocou a mão em seu ombro — Com o tempo, ele vai entender

Não foi exatamente isso que aconteceu, infelizmente.

Não que James tenha gritado com Harry ou feito qualquer movimento, ele foi impedido no mesmo instante por Sirius e arrastado para fora, para terem uma conversa "amigável". No final ele não teve muita escolha, foi obrigado a se render por conta do efeito manada, as vezes soltava uma piadinha de mal gosto, mas nada com que Harry não conseguisse lidar.

Ele se perguntava o quão longo era o tempo que Lupin havia citado.

A terapia também o havia ajudado nisso. Hoje ele se sentia mais confiante consigo mesmo, sem precisar da ajuda de alguma das pedras rosas de sua mãe, no fim ele acabou dando ela como um presente para Luna. Ela pareceu ficar contente, isso o deixou feliz.

Agora ele não tentava esconder de ninguém importante para ele que gostava de homens, era um sentimento tão bom de alívio, como se um peso tivesse sido tirado de suas costas.

— Eu vou falar com Ron! — Havia tomado a decisão e Hermione ficou feliz em ouvir aquilo — É injusto que ele continue sendo o único sem saber...

O Weasley sumiu por duas semanas depois de saber e olhar para ele com cara de nojo, mas voltou.

— Harry, eu não tenho preconceito nenhum, sabe, a gente sempre foi amigo e você é diferente dos outros, cara — Ele gesticulava excessivamente com as mãos — Você não parece ser... você sabe o que quero dizer!

Potter respondeu um "claro" e deu o sorriso mais falso que podia, dessa vez ele que tentou não procurar Ron, mas quando o amigo continuou insistindo e reclamando do afastamento com Hermione ( — Porque você sabe, eu não sou gay nem nada, mas Harry é meu amigo e eu não quero perder a amizade dele!) ele resolveu voltar e apesar de Ron ainda ficar retraído quando o assunto era a sexualidade do amigo, ele logo percebeu que no fim era apenas Harry e o fato de agora se assumir gay não ia mudar em nada isso.

— Poderia ser pior — Hermione falou depois de tudo.

Sim, poderia, mas porque tinha que ser dessa forma?

Era o que sempre questionava a si próprio. E no final a única conclusão que chegava é que as coisas eram simplesmente assim.

— Você veio! — Uma voz falou consigo em tom de surpresa o obrigando a voltar sua atenção para o tempo presente e tirar os olhos do chão desde que saiu de casa.

When you wish upon a star - DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora