Stalker - Um clichê [Concluída]

Por favor, não me deixe

Anime: ???

"Lance, meu bem. Eu e o seu avô iremos lhe visitar logo. Já compramos as passagens de ônibus (porque aquele cagão tem medo de andar de avião). Pretendemos ir na semana que vem, se tudo der certo. Seu avô precisa fazer alguns exames em uma cidade aí perto, se ele estiver bem nós iremos lhe visitar logo.
Vou adorar conhecer aquela garota que você havia me falado, quero ver se ela é uma boa menina para o meu netinho preferido.
Espero que você ainda goste de doces, porque eu estou preparando vários para te levar, você deve estar se alimentando muito mal estando tanto tempo sozinho nesta casa.
Espero que esteja bem. Um abraço e nunca se esqueça que nós te amamos muito."

Lawrence abriu um enorme sorriso ao ler a mensagem que sua avó havia lhe enviado.

Ele odiava admitir, mas era muito solitário ficar naquela casa, com seus pais viajando, ele ficava completamente sozinho. Uma visita dos seus avós era uma coisa maravilhosa naquele e em qualquer momento.

Ele já estava fazendo planos para quando seus avós chegassem. Ele iria poder levantar de manhã e ver os dois na cozinha tomando café, ele iria poder sentar e conversar com as pessoas que mais amava enquanto tomava o café da manhã que seu avô teria feito, porque a sua avó odiava fazer tarefas domésticas, a não ser que fosse para preparar doces em função de agradar o seu neto preferido.

Ele poderia chegar da escola e ser recebido por um abraço.

E ele iria poder apresentar "a sua garota" para eles.

O ruivo se jogou para trás, deitando no sofá com um enorme sorriso no rosto. Ele estava ansioso para aquilo acontecer.

Lawrence foi tirado de seus pensamentos pelo toque da campainha. Quem era o maldito que iria lhe incomodar aquela hora?

O garoto se levantou e foi até a porta, quando abriu, qualquer resquício de felicidade que havia em seu rosto sumiu, dando lugar a uma expressão nervosa e surpresa.

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Thiago estava em casa, a sorveteria não havia sido aberta naquele dia, então ele não precisou ir trabalhar.

O garoto estava conversando por mensagens com Emilly quando ouviu batidas na porta. Ele se levantou para ver quem era.

- Carla? - Thiago olhou surpreso para a garota.

- Eu... Posso falar com você? - Ela disse baixo, não estava com uma cara muito boa e evitava contato visual com Thiago.

- Aconteceu alguma coisa? - Thiago perguntou dando espaço para a garota entrar.

- Sim.

- O que? - Ele perguntou assustado.

- Tudo! Tudo está dando errado. - Carla disse.

- Do que você está falando? Alguém fez alguma coisa para você? - Thiago encarou a garota.

- Você...

- Como?

- Você está me fazendo ficar assim. - Carla falou baixo, encarando o chão.

- Mas o que eu fiz? - Thiago perguntou surpreso, Carla nunca havia falado com ele daquela maneira.

- Você está fazendo igual os outros fizeram. - Dava para notar que Carla segurava o choro. - Está me deixando de lado igual a minha mãe fez, está me machucando igual ao meu pai, eu estou com medo, não quero que uma das únicas pessoas que se importa comigo me deixe sozinha.

- Por que você está falando isso? Eu nunca te deixaria de lado. - Thiago se aproximou.

- Mas você está. Você conseguiu novos amigos, eu fico feliz por isso, mas você não para de me evitar depois disso, você anda se machucando tanto por causa Dela. - Carla já não segurava as lágrimas. - Eu só não queria que você acabasse desse jeito... E nem eu do jeito que estou agora.