devilish - NJ.

Joshua.

Josh Beauchamp.

   Ouvi o som irritante do meu alarme tocando, invadindo os meus ouvidos e me fazendo fazer uma careta. Peguei o celular, o trouxe para perto e decidi que iria dormir mais um pouco. Quando finalmente ia voltar a dormir, virei meu rosto para o lado, notando a morena ao meu lado, seus cabelos grandes estavam em seu rosto, sua respiração era calma, ela parecia tranquila, e graças à Deus, estava vestida, vestia as mesmas roupas da noite passada, mas eu não lembro de nada que aconteceu.

   Lembre-se, Josh! Você não pode... isso não...

  pensamentos atormentavam a minha cabeça. Resolvi não acorda-la, queria lembrar pelo menos de algo. Eu nem cheguei a beber... Minha cabeça estava atordoada. Me levantei da cama, em pulo. Meu coração estava acelerado nunca tinha sentido meus batimentos cardíacos assim. Caminhei em grandes passos até o banheiro, ligando a luz do cômodo já que não havia nenhuma janela para iluminar com a luz do dia. O espelho enorme em uma das paredes refletia o meu reflexo cansado, talvez eu não precisasse, ou não queria ir para a academia hoje. Talvez deixarei alguém bem frustrado.

   — Concentre-se Josh. — encarei o meu reflexo. Meus olhos estavam profundos e pareciam queimar, eu realmente queria saber o que tinha acontecido. Fechei os meus olhos, e única coisa que conseguia pensar era na professora Spencer. Por que? Céus! eu não posso estar apaixonado pela minha professora. Posso?
  As coisas estavam bem estranhas ultimamente, aquele garoto novo, que eu não lembro direito o nome, isso com a Sabina, e a Spenc... Professora Spencer. Ela é sua professora.

  Escutei leves batidas na porta, e uma voz suave invadir o cômodo. Sabina tinha acordado. Como eu tenho que agir? o que eu tenho que falar? Será que ela espera por algo? eu preciso me concentrar.

  Peguei minha escova de dentes, coloquei a pasta e a molhei um pouco, começando a escovar os meus dentes. Menta. Menta é uma maravilha. Me acalma, e o cheiro é melhor ainda. Assim que terminei, passei água na boca, enxaguando-a, então passei uma água no meu rosto, tirando mais a cara de morto que eu estava naquela manhã. Fui em direção a porta do banheiro, abrindo a mesma, tendo a visão da mexicana arrumando a cama.

   — bom dia, Sabi. — tentei ser o mais natural possível. Ela me olhou, abriu um sorriso e caminhou até mim, deixando um selar em meus lábios. Estamos namorando? eu não posso namorar... não depois da Heyoon. Eu realmente preciso saber o que aconteceu. Que droga, Joshua. 

   — bom dia, babe! — ela estava extremamente linda, eu nem tinha notado que a mesma vestia uma de minhas camisas. Céus! o que aconteceu aqui.

  — uhm... gostou dá noite ontem? — perguntei, levando minha mão até a nuca, coçando aquele local. Tentava parecer o menos nervoso possível.

  — está brincando? — ela falou em um tom sério, o que fez o meu coração acelerar novamente. Será que fizemos sexo? Como eu não me lembraria disso...? eu sou um cara péssimo por isso, não sou? — obrigado por me trazer pra cá e cuidar de mim, meus pais me matariam se me vissem tão bêbada! E só pra constar, seu chá é uma delícia.

  observei a garota andando até o criado mudo, pegando a pequena bandeja com a xícara de chá em cima. Agora tudo estava se encaixando. Menos o beijo. O beijo eu ainda não tinha entendido. E... porque eu não lembro de nada.

  — por nada. — respondi, em desdém, talvez eu tenha ficado um pouco frustrado, - por não lembrar de nada, é claro. -