Híbrido - Hopekook

Meu nome é Jungkook

Oi gente, eu nunca tinha escrito uma fanfic que envolvesse shipp, eu gostei muito, e espero que vcs gostem tbm.

Apesar do início um pouco pesado, e tudo bem fofo e dengoso, coisas de rotina de dia a dia, fiz com muito carinho.

Idades não são mencionadas mas todos são maiores de idade.

Ela ainda tá em correção, perdão por palavras trocadas.

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Hoseok estava cansado, abriu a porta do apartamento como um bêbado, porém sem ter ingerido qualquer álcool, o que o deixava assim eram noites em claro trabalhando, organizando passeatas e movendo processos. Ele poderia se gabar por ter uma família rica e ter se formado um advogado, nem precisando exercer a profissão para se sustentar, mas essa nunca foi a vontade de Hoseok, seu berço de ouro não o dava alegria, o mundo estava uma bagunça, na verdade parece que sempre esteve, com regras e leis que para Hoseok eram totalmente descabidas.

A pouco tempo havia sido implantada uma lei que permitia a escravidão, incluindo compra e venda de híbridos. Pessoas que tinham em metade de seu DNA, a genética animal. Eram da nova geração, criados em laboratório, e agora conseguindo se reproduzir por troca de gametas. Alguns indivíduos apresentavam modificações físicas, já outros quase não tinham traços e conviviam escondidos em sociedade.

Hoseok abominava a lei, e qualquer outra coisa que pudesse desumanizar os híbridos, afinal eles eram resultado de pesquisas e erros laboratoriais, testes horrendos e desumanos feitos em laboratórios clandestinos, usando mulheres grávidas em situação marginalizada, que trocavam injeções experimentais por pratos de comida.

A criação e história dos Híbridos já era traumática demais para eles serem submetidos a tanta humilhação, os comercializavam como escravos, não lhe davam o mínimo de respeito, eram tratados como objetos.

Na época da adolescência de Hoseok, quando Híbridos ainda eram uma “novidade” o governo tentou projetos inclusivos os dando escola e tratamento comum com humanos de DNA puro. Hoseok tinha uma amiga, com genes de coelho, ele via de perto por tudo que ela sofria, até que um dia recebeu a notícia que ela havia sido morta por radicais anti Híbridos. Desde então essa se tornou a causa de Hoseok, ele havia decidido proteger essas pessoas que mereciam respeito, e mesmo não querendo depender do dinheiro de seu pai, o usou para se formar um advogado e tentar ajudar onde pudesse. Ele odiava o pai, a família, todos movimentavam a indústria escrava, usavam híbridos para carregar bolsas e servir de apoio para os pés, todos tão nojentos podres que Hoseok não pode suportar a convivência. Eles sim mereciam ser tratados como inferiores, pessoas tão ruins que achavam que mesmo tão desprezíveis ainda podiam se considerar algum tipo de raça superior, era de dar pena.

Os projetos de inclusão tinham sido um fracasso e a população exigia segregação,  saiam matérias e matérias “comprovando” a superioridade da raça pura humana, mostrando os perigos que as alterações genéticas de híbridos traziam, e o perigo da extinção do Humano "puro". E em poucos anos o caos estava formado e tudo parecia fora de controle. E pensar que as pesquisas eram afim de criar um tipo de super humano, com melhor imunidade a doenças e melhorias físicas, em musculatura, articulação, visão, olfato, entre diversas coisas, mas tudo pareceu sair de controle quando os recém nascidos vinham com asas ou caldas cumpridas, pelos e caninos afiados. Descartaram que atrás de resultados falhos de experimentos em humanos existia vida, vida que não podia ser descartada como ratos de teste.

Hoseok entrou, retirou os sapatos com preguiça, pensava se tomaria ou não um banho, apesar do estômago roncar e da roupa social que passará o dia cheirar a suor, sua mente só imaginava o quão confortável deveria estar sua cama. Passou no corredor de entrada e ao chegar a sala viu uma grande coisa, algo com dois metros de altura e possivelmente dois metros quadrados de largura, coberto com uma cortina, em uma das faces um enorme laço vermelho com um bilhete, que nem ao menos era escrito a mão e um par de chaves.