PARTE UM

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"Sinto muito interromper, é que apenas estou constantemente à beira de tentar te beijar, mas não sei se você sente o mesmo que eu sinto, nós poderíamos ficar juntos se você quisesse."


A quase cinco meses atrás o então vago apartamento 507, ganhou um novo morador, depois de quase um ano. Por alguns dias não soube quem era meu novo vizinho de porta, só se via a movimentação de pessoas entrando e saindo, pelo que pude perceber a pessoa que iria ocupar o novo lugar tinha contratado uma empresa de mudança e organização.

Esperto! Me arrependo amargamente por não ter contrato, poderia ter evitado muita dor de cabeça se tivesse tido essa mesma ideia.

Estava eufórica para conhecer meu novo vizinho/vizinha, me entenda eu cresci em uma casa cheia. Com quatro irmãos, dois cachorros e um gato, ou seja, eu só soube o significado de privacidade quando fui para faculdade.

Depois de anos convivendo com tanta loucura, se torna até difícil você se acostuma com o silêncio, mas deixando claro, eu jamais voltaria a morar naquela confusão.

Faz aproximadamente cerca de um ano que mudei de cidade, devido a promoção e transferência do meu escritório de Boston para Seattle. E pela primeira vez na vida me vi totalmente sozinha, sem nenhum amigo, conhecido ou parente por perto. Por isso, ter um vizinho de porta me deixa bastante animada, ainda mais se fosse do sexo feminino.

Novas amizades são sempre bem-vindas.

Mas foi só depois de duas semanas de barulho, reforma e arrumação que meu novo vizinho apareceu.

E se eu tinha alguma esperança que poderia ser uma mulher ela foi jogada pela janela do quinto andar quando eu encontrei um Deus grego de 1.90 parado na minha porta, me pedindo desculpas por qualquer transtorno que poderia ter acontecido por conta da sua mudança.

Jesus.

Ele possui os olhos mais azuis que já vi na vida.

Juro, que por alguns segundos eu fiquei hipnotizada por ele.

Ual, simplesmente ual.

Esse homem é puro magnetismo. Daquele que te puxa, te domina sem você perceber.

Por quase um mês não nos falamos além do necessário, ou seja, o básico de qualquer dialogo: Bom dia, boa tarde, boa noite. Era basicamente esses os nossos diálogos, quando nos encontrávamos no elevador ou no estacionamento do prédio.

Eu sou considerada uma mulher alta com meus 1,74 de altura mais perto desse homem eu me sinto tão pequena, como nunca me senti na vida. Isso era frustrante, toda vez que eu o via meu corpo todo estremecia e eu ficava sem fôlego como se tivesse corrido uma maratona inteira e ele ficava lá na sua pose dura e sexy indiferente a tudo e a todos.

Nossa primeira conversa de verdade, além de comprimentos por educação, foi quando eu o vi uniformizado pela primeira vez, foi involuntário, não tive culpa.

"Você é fuzileiro".

Eu nem tinha percebido que isso tinha sido além dos meus pensamentos até ele responder um:

"Sim, sou tenente Müller. Vince Müller."

Nem preciso dizer que eu fiquei alguns segundos em choque ao perceber que eu tinha realmente falado isso. Ele deve me achar uma louca que não consegue controlar seus hormônios quando ele se aproxima.

Depois daquela fatalidade que foi nossa "conversa" no elevador, passamos alguns dias sem nos encontrar. O que foi bom por um lado, pois eu precisava/necessitava aprender a me controlar ao seu lado. Pior que quanto mais eu ficava ao seu redor mais difícil essa tarefa se tornava.

Porque uma coisa eu posso me dá ao luxo de dizer: Eu sou excelente nos tribunais, sou ótima nos argumentos. Não sou tímida, pelo contrário sempre tive facilidade de conversar com pessoas desconhecidas, só que tudo isso muda quando chego perto desse homem.

Frustrante.

Depois de um dia cheio e corrido no fórum municipal, a única coisa que meu corpo clama nesse momento é um banho quente e logo depois uma taça de vinho, posso até imaginar a cena. Estou morta, mas antes mesmo que eu possa chegar ao meu adorado apartamento, eu acabo esbarrando com ele no estacionamento a caminho do elevador. 

Ele não estava sozinho.

Espera...Caramba, isso não pode ser real.

Se não bastasse ter um Müller dividindo o mesmo andar eu tenho quase certeza que acabei de conhecer outro. Não há dúvidas que são parentes e se duvidar irmãos, enquanto eles se aproximam mais eu percebo as diferenças entre eles. O outro além de possuir os cabelos mais escuros e ser alguns centímetros mais baixo, caminha em minha direção com um sorriso sacana nos lábios, diferente de Vince que está com a mesma expressão de sempre: Seria. 

Deus, eu não consigo encontrar palavras para descrever o que é esses homens andando em minha direção.

– Boa tarde Olívia – Voz de Vince faz com que todos os pelos do meu corpo se arrepiem – Esse é meu irmão mais novo Scott. Scott essa é minha vizinha Olívia Del'cruz.

Como isso é possível? eles são totalmente parecidos e ao mesmo tempo muito diferentes. Scott diferente do seu irmão que nunca me tocou, segura minha mão e leva até seus lábios dando um beijo demorado enquanto sorri.

Se existir mais algum Müller, nós mulheres estaremos perdidas.  


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Espero que vocês gostem! <3 

Ps: carinha da Olívia vendo Vince na porta do apê! 

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