São 01:00 da manhã e não consigo dormir As lágrimas não param de cair
Tudo que eu mais quero
Eu não estar aqui
São 01:30 da manhã e não quero sentir
Vou para a janela
Ligo a música no volume mais alto
Pego a lâmina e corto meus pulsos
Até a dor sumir
Olhando para o céu
Sinto tudo desvaira
Apenas sinto a batida da música
E deixo o vento me tocar
Olhando para as estrelas
Pergunto o que aconteceu?
Por que a vida é tão fudida?
Por que estou no beco sem saída?
Acendo um cigarro
Bebo uma cerveja
Enquanto espero essa merda toda passar
E de manhã é esperar e ver tudo voltar
São 5:20 da manhã o sol está nascendo
E eu estou morrendo
Mas quem se importa
É mais um dia idiota
São 6:00 da manhã
Que se foda a ressaca
Tudo que preciso é sair dessa casa
Chego na escola
E os idiotas nem notam
Ou fingem não notar
Mas meus olhos
Estão inchados de tanto chorar
Não quero chamar atenção
Só quero que me ajudem
Tenho uma lâmina
Mas não quero me matar
É tudo tão difícil
Em nenhum lugar estou segura
Ninguém me ajuda
Todos me julgam
Por não querer me juntar
Em casa tudo é como um tornado
E eu estou no meio dele
O resto da minha vida
É como as ondas agitadas do mar
Sempre que elas aparecem me cobrem
Me deixando submersa na água
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Meu coração: minha dor
PoetryO coração de uma menina anônima, de 16 anos, retratada em linhas e versos. Ninguém a escuta, ninguém a ouve, ninguém a entende; mas talvez alguém a leia.
