Sugar Rush

Chargebolt e Pinky

Quem é vivo sempre aparece, não? Hihihi, bom domingo <3

----------------------------------------------------

A segunda-feira veio e Bakugo não pôde abrir a oficina. Seus funcionários começaram a limpar e organizar tudo na parte da manhã, e após vencer a teimosia de Kirishima, conseguiu ir ajudá-los, não sem aceitar que ele fosse lá pela tarde para ajudar também. Estava intrigado com o piloto, se perguntando como um armário sorridente e carismático pudesse ter se envolvido tão profundamente com a máfia. Claro, ele foi ambicioso em aceitar a aposta, e acabou colocando seu pescoço na reta, mas ainda assim, era estranho ver um homem como ele tendo uma história como essa, e era isso que gostava em Eijiro. Ele fazia bem o seu tipo, alto, grande, bonito, e até onde o conhecia viu que não recuava de nenhum desafio imposto a ele, um traço em comum em suas personalidades. Fato era que, por mais que seus interesses fossem inicialmente profissionais, Bakugo não acharia ruim caso a relação de mecânico e piloto entre os dois acabasse na cama de um deles. Ou no chão da oficina. Ou na sala de Kirishima.

Passava um pouco das duas da tarde quando o ruivo estacionou seu Mustang na frente da oficina, e a simples visão dele podia ser chamada de milagre. Sim, porque pela primeira vez desde que se conheceram, Eijiro apareceu vestido dos pés à cabeça. A regata era completamente colada nos músculos e mostrava boa parte do peito largo e forte? Sim. Os shorts mal chegavam no joelho e deixavam claro que ele tinha coxas com as quais podia matar alguém sufocado? Também. Mas ele estava vestido, e incrivelmente, a peça que mais chamava sua atenção no visual do outro era o estranho par de crocs vermelhas.

- Cumprindo minha palavra, aqui estou

- 'Tá um belo dia hoje, por que você 'tá tentando estragar ele?

- Perdão? - Kirishima o encarou com o mais puro semblante de confusão.

- Roupas. Você está usando roupas.

- E o que que tem?

- Eu disse ontem mesmo que não sabia que você gostava de usar. 'Tô surpreso.

- Corta essa. - o ruivo disse enquanto ria, entrando de vez na oficina. - Onde sou necessário?

Deus sabe o quando Katsuki se segurou para não responder com "minha cama", e depois de encará-lo em silêncio por constrangedores segundos, finalmente conseguiu responder para que procurasse Tetsutetsu e lhe perguntasse do que precisava. Bakugo realmente amava muito sua oficina, estudou e lutou muito para tê-la, trabalhando dobrado e juntando economias para finalmente conseguir abrí-la. Antes mesmo de abrí-la, já tinha interesse nos rachas, e quando descobriu sobre o sistema de equipes e a lendária equipe chamada Red Riot que ganhava a grande maioria das corridas na cidade vizinha, tomou a decisão de se mudar e abrir seu negócio ali. Claro, sabia que seria difícil conseguir clientela, já que os mecânicos de cada equipe tinham sua própria oficina especializada, mas não se deixou intimidar. Bakugo era o melhor no que fazia, não importava o que fizesse, e foi assim que a Ground Zero se instalou na cidade, com serviços variados e o foco em melhorar a performance de motores, ganhando notoriedade por seus serviços de conserto e melhorias. Foi uma infeliz coincidência chegar na cidade e descobrir que a Red Riot tinha ido embora, mas com a volta de Kirishima e o convite direto para ser seu mecânico, tinha de admitir que estava ficando ansioso com sua entrada nesse mundo que sempre admirou do lado de fora, ainda mais por estar ao lado de um piloto tão talentoso que, mesmo fazendo parte de corridas ilegais, conseguiu fazer seu nome ultrapassar os limites da cidade e correr até mesmo pela internet, sem nunca ter seu rosto - que, inclusive, era um belo dum rosto - revelado. Estava ansioso para ver seu talento nas ruas, e mal podia esperar para entrarem no circuito.