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OIEEEEEEE

Bom, antes de mais nada quero me desculpar duas vezes.
A primeira é pelo sumiço, eu entrei em fase de TCC e meu tempo 'tá apertadíssimo.
A segunda é pelo fato de eu ter excluído o Capítulo 4 que vocês já leram. Um dos grandes motivos do hiatus dessa fic é eu ter criado cenas precipitadas que atrapalharam todo o andamento do meu plot, então, pra não excluir a história (eu realmente cogitei isso) eu resolvi reformular algumas coisas, então leiam esse capítulo, é importante.

No mais, uma boa leitura!

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- Está me dizendo que ele bateu em quatro homens sozinho?

- S-sim senhor. - O homem falava diretamente com seu chefe, oculto pelo grande encosto da cadeira virada de costas para si.

- Eu vou perguntar de novo. Um mecânico. Bateu em quatro dos meus homens. Sozinho. E ainda está vivo?

- F-foi muito rápido, senhor. Ele usou metade da oficina a favor dele e--

- Não me importa. Quando eu ordeno fazer algo, eu espero sucesso na tarefa. Justificativas sobre a falha não me importam. - A cadeira virou lentamente, revelando o poderoso líder, com parte do rosto oculto por uma máscara semelhante à que os médicos usavam na época da peste negra. - Kurono?

- Sim, Senhor.

- Duas horas.

- S-senhor... - o homem foi tomado por desespero, suor escorria de suas têmporas e estava pálido.

- E depois?

- Caso sobrevivam, isole-os, decido o que farei com eles depois. Dispensados.

O homem com uma mecha de cabelo moldada em seta guiou os homens para fora da sala. Três permaneceram calados o tempo todo, cientes das consequências que seus atos trariam, mas o responsável pela operação chorava desesperado, em busca de poupar a própria vida. Saiu sem nenhuma objeção, embora repetisse várias vezes para que Deus o salvasse. Tudo que ouviu foi um breve comentário de Kurono sobre Deus não se meter nos negócios de Chisaki Kai, líder d'Os Oito Mandamentos.

Na sala, ainda havia outro homem, um convidado pessoal de Chisaki, sentado próximo a sua mesa em uma confortável poltrona, apreciando uma boa taça de vinho enquanto via o desenrolar da cena anterior.

- Vê o tipo de coisa que preciso lidar, Dabi? É de muito bom grado tê-lo presente aqui esta noite, ando precisando relaxar.

O homem nada disse, apenas riu anasalado sem se mexer em seu lugar. A sala estava iluminada parcialmente, deixando Kai e seu convidado cobertos por uma penumbra que não mostrava muito de ambos.

- De agora ao fim dessa noite, peço que sua única preocupação seja comigo, meu senhor.

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Bakugo foi recobrando a consciência aos poucos enquanto sentia um perfume amadeirado e ainda assim suave invadir suas narinas. Demorou para se localizar, a cabeça doía e as costelas também. Se quisesse ser sincero consigo, sentia todo o corpo doer. Apesar de não ter saído com muitas lesões visíveis, lutar contra quatro caras não era algo fácil e ele também apanhou bastante, foi encontrado prestes a deixar a mente entrar em breu e torcer pra que ninguém invadisse sua oficina. Por fim se localizou, lembrando que estava no quarto e na cama do ruivo esquisito. Sinceramente, o cara sabia viver. Estava na cidade há menos de quatro dias e já o meteu em uma encrenca que nem sabe do que se trata, e é óbvio que iria fazê-lo contar, agora que seriam uma equipe. Bakugo já tinha decidido a se juntar à equipe antes de qualquer coisa acontecer, ganhando ou perdendo a corrida, pois sabia da fama do Red Riot e sobre como ele deixou metade da cidade de cabeça para baixo na sua última corrida. Mas quando aqueles quatro fodidos entraram na sua oficina o ameaçando caso fizesse parceria, aquilo só lhe deu mais vontade ainda de fazê-la sem nada em troca. E ali estava, dolorido, exausto e com a compra de uma briga da qual era alheio aos motivos. Mas porra, agora tinha um piloto que era um belo de um gostoso e ainda faltava derreter de tão sem jeito quando ele chegava perto. Corridas, brigas, um piloto gostoso, o que mais Bakugo poderia desejar? A resposta era óbvia, mas preferia manter-se de pés no chão e deixar apenas sua imaginação fazê-lo ter o ruivo em seus braços sem roupa nenhuma.

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