14- run baby, run!

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Notas da autora:

Meu pai, eu sumi fjsjsjaj

Desculpem, estive com o bloqueio ainda em mim, mas graças a Deus acho que agora ele foi embora.

Começamos por:

3K aaaaaaaaa

Eu nunca imaginei que chegaria perto disso, mas aqui estamos nós e eu só tenho a agradecer a cada um que está lendo.  Nossa, eu não seria nada sem vocês 🥺❤️

Agradecimento especial a princesa Íris, que revisou o capítulo por mim e sem ela, eu não estaria aqui agora.

Te amo princesa 💖

Bom, sem mais delongas, espero que gostem, comentem horrores, façam suas teorias, deixem lá no final e fiquem a vontade.

Apertem os cintos e vamos embora.

Não se esqueçam de prestar atenção nos mínimos detalhes.

Att:

se alguém receber uma notificação, eu arrumei o capítulo, pois as coisas estavam juntas e eu não havia visto.

Me desculpem ❤️

Beijos,
   Blair 💖

>>

Harry não dormiu naquele dia, aliás, ele sequer se lembra de ter comido ou tomado banho. Desde que chegara a casa e lera boa parte do jornal, ele se manteve preso em sua cama.

Não viu quando seus amigos entraram em casa e não viu quando sua mãe chegou. Era como se só o corpo dele estivesse ali, ele estivesse vazio e com aquela sensação ruim que ele tanto lutara contra.

Sua mãe adentrara o quarto naquela noite, mas o menino, ainda assim não soltou qualquer palavra, apenas se recolheu mais na própria cama enquanto abraçava as pernas e fungava baixinho. Anne sabia que algo muito sério tinha acontecido.

Quando chegara a casa havia visto os amigos do seu filho com expressões deprimidas, que acusavam toda a nuvem de desolação que rodeava a eles e a Harry.

Então decidiu falar com eles. Quando o fez, eles mesmos disseram que haviam espalhado boatos erróneos e deploráveis de Harry pela escola. Ela, obviamente, com o coração nas mãos, não esperou os amigos irem embora e subiu imediatamente as escadas.

Imagens de Harry deitado na cama, chorando inconformado, com um coração em pedaços, passaram pela sua cabeça.

Lembrou-se do dia em que o seu filho decidiu esquecer tudo e criou uma imagem de alguém "que não se importava com nada", "aquele que nada nem ninguém atinge". Porém, no fundo, Anne lembrava-se de um tempo em que Harry levava com diversos apelidados e xingamentos. Ela perdera as contas de quantas vezes, por causa disso, havia ido à escola.

Na época, o menino ainda não usava suas típicas saias, nem possuía cabelo longo ou qualquer coisa que pudesse formar ou que chamavam de "jeitinho". Ele usava moletons grandes, calças justas e seu cabelo era curto e encaracolado. Usava isso para não ser notado, porém tudo havia sido em vão.  Todos sabiam que no fundo ele adorava as roupas femininas. Todos viam seus olhos brilhando pelo uniforme das cheerleaders. E no dia que as havia experimentado pela primeira vez, a felicidade fez os seus olhos marejarem. Um dos melhores dias da sua vida, sim.

É claro que, apenas depois de algumas consultas com sua terapeuta, ele percebeu que não importava quem ele era, ou quem queria ser, como se gostava de vestir ou quem escolheria amar, as pessoas iriam descontar em si, pois tudo o que é único como ele, era estranho para a sociedade.

𝕎𝕒𝕝𝕜𝕚𝕟𝕘 𝕚𝕟 𝕥𝕙𝕖 𝕨𝕚𝕟𝕕   >> 𝕃.𝕊 <<Onde histórias criam vida. Descubra agora