Ideias para histórias

Suspense/Mistério

Eu e Carter fomos ao lugar marcado, um beco com pouca iluminação que virava a direita revelando a assassina em série escondida. A mulher morena se virou, mostrando sua face molhada por lágrimas.

–Marie?!- gritei assustado

Meu irmão como sempre não se abalou nem se chocou. Ele já sabia, como sempre, já sabia.

–Então cunhada por que fez isso? Matou pessoas em série, haverá de ter um motivo. Todos aqueles cadáveres tiveram alguma relação ruim com você, quis se vingar, correto?

–Esse é o problema, fiz por prazer, fiz porque não me importo mais com o sofrimento humano, por favor me ajuda, eu não consigo evitar – ela voltou a chorar–  eu quero me sentir culpada, mas não consigo.

– Esse papinho não nós engana, Marie, finjir ser doente da cabeça não vai te poupar da pena, para começar se tivesse algum problema não amaria meu irmão ou você mentiu sobre isso também?

Eu não aguentava mais ficar alí. Estava me retirando quando Marie sacou uma arma que sacudia em suas mãos trêmulas. Erguemos as mãos.

– Ninguém sai até ouvir o que tenho a dizer. Jackson, eu te amo, amo de verdade, mas eu não me importo de te ver sofrer, me machucaria muito não ter mais você, mas eu não me importaria de machucar você e eu não quero isso, lembra quando eu disse sobre a melhor versão de mim mesma?

– A criança pura e gentil, que você honraria até o fim? Acho que quem esqueceu não fui eu.

– Eu fiquei pensando nisso esses dias, me dando desculpas para dizer que o que eu fiz foi certo, mas não é. Eu não era assim, me sentia culpada de machucar uma formiga. Eu quero voltar quero ser a criança de novo.

Eu acreditava nela, quando pequena não era assim, antes de servir como enfermeira na guerra não era assim, ela mudou depois da ajuda na guerra ela mudou. Tínhamos que ajudá-la.

– Se tudo o que está dizendo é verdade, seu problema acabará no hospício vegetando ou com veneno na sua veia.

– Carter! Marie vamos te ajudar... Eu prometo.

– Jackson não ha forma de ajudá-la... Ela se condenou. Marie deve tomar sua decisão fugir e matar ou ficar e  morrer. Você, como advogado sabe que ela está condenada, estamos eu um ponto sem volta.

Agora quem chorava era eu. Por que meu irmão está sempre certo? Tudo ficou quieto e minha noiva se jogou no chão aos prantos.

– Fuja Marie. Antes que a polícia chegue vai!– mas ela não se moveu continuou olhando para o chão sem mais nenhuma esperança.

– Acho que só existe um jeito de voltar a ser com antes...- ela tirou o anel de noivado e jogou para que eu pegasse- eu não mereço isso. Obrigada e me desculpa, eu te amo.

Ela apontou a arma para sua própria cabeça. E bam, atirou. A cena dela caindo com um saca vazio no chão se repetia lentamente na minha cabeça, como se eu pudesse voltar no tempo mudar.  Me aproximei, apoiei a cabeça dela no meu colo e recoloquei o anel. Você merece meu amor. Olhei para Carter que derramou poucas lágrimas para qualquer, porém muitas para ele. Meu parceiro se importava. Ele também gostava muito dela. Contudo a vida não é feita de realizações.