Por amores Incríveis: a vida é boa no escuro também.

Ninguém sai ileso de ninguém.

Por Lucas Pires

Quando se quer falar sobre algo específico ou sobre alguém especifico, primeiro se faz uma pesquisa sobre o assunto ou sobre a pessoa em questão. Diversas fontes diferentes, sites, revistas, jornais, artigos e por aí vai, depois escreve-se um rascunho das ideias e pensamentos a obtidos e depois, finalmente, começa-se a pensar em realmente escrever algo do zero. É um processo.

Mas, e quando voce quer escrever algo sobre o amor? Em quais lugares se busca informações sobre o amor? 

No começo eu quis escrever sobre você, seu jeito, nossa história. Acordei no meio da noite e fui até a cozinha, tomei um gole de café vi que estava gelado e cuspi. Fui a pior sensação da minha vida. Então abri a geladeira e peguei a caixa de leite, misturei com aquele achocolatado que é melhor que Nescau, e de repente eu havia percebido uma coisa sobre o amor (ou sobre voce).

Café gelado é ruim, não dá para beber, amarga a boca, bate no fundo do estomago e causa ânsia, gela os dentes e amarela alma, café gelado é só agua suja, que nem o amor e depois que esfria perde todo o sabor. É o proprio inferno e ainda por cima não me deixa dormir. Talvez o amor seja como o café, que não tem muito a nos dizer quando frio. O amor queima.

O fato é que não se busca o amor quando se ama. Há amor em todos os lugares. Talvez a pergunta tenha sido feita de modo errado esse tempo todo e não tenhamos percebido, não deveriamos nos questionar sobre o que é o amor e sim sobre o que não é o amor.

E por Deus, o que não é o amor se voce está em tudo, até no meu café ruim da madrugada? 

No começo eu escreveria um texto sobre isso e sobre ti, mas eu te amo demais para não aproveitar o tempo livre e escrever um livro sobre nós. Se chamaria "por amores incríveis" e seria a história de uma pessoa tentou recomeçar a vida em outro lugar, sozinho, e redescobriu o amor. Mas que percerbeu que não dá para redescobrir algo que nunca foi perdido, no fim das contas todos os meus textos sobre você, sobre as marcas que você deixou, sobre a história do nosso amor e sobre o mesmo gosto de café gelado que ele tem.

Esse livro não é meu, mas também não é seu.

Eu começaria dizendo algo poético e bonito que de certo forma faria sentido para alguns como "eu amei todas as mulheres que eu conheci, uma por vez, cada uma na sua vez, por dez minutos, dez dias ou dez anos." mas seria mentira. Eu não amei ninguém depois de você.