Submissa

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       Enquanto Himiko me puxava em direção ao seu quarto, eu refletia tentando assimilar tudo que aconteceu em tão pouco tempo. Um relógio no corredor marcava 21:00, e eram por volta de 18:30 quando a vilã me abordou naquele beco. Nessas 2 horas e meia que passei nas mãos da vilã, houveram momentos que se arrastaram e outros que passaram voando. Realmente os minutos pareciam horas enquanto ela me "caçava" agora a pouco, por outro lado, me lembrei daquele momento quando nos beijamos, sob o brilho da lua naquela rua vazia, eu resistia em admitir, mas quis prolongar aqueles minutos. Durante todo esse período, tanto nos momentos tensos quanto nos prazerosos, eu me sentia totalmente rendida e vulnerável. Será que eu deveria estar mais preparada nessa situação? Não, nem nos meus mais fantasiosos devaneios me ocorreria que algo assim me aconteceria

       De repente, Toga parou e eu despertei dos meus pensamentos. Tínhamos terminado o trajeto e estávamos diante de uma porta onde provavelmente era seu quarto. Minhas bochechas ainda estavam um pouco coradas enquanto nossos olhares se encontravam pela primeira vez desde que saímos do quarto do Dabi, eu ainda não tinha me recomposto totalmente depois do que ela disse. " Tente não gemer muito alto, ok? " Ela foi bem direta dessa vez e isso me pegou de surpresa. Ela tinha dito antes que precisávamos nos apressar em sair de lá, mas ela perdeu alguns bons minutos se divertindo com a minha reação. Com essa frase ela tinha deixado bem claro suas intenções, eu não ia poder mais me fingir de boba, ela queria fazer sexo comigo, e o que me impressionava era que eu também queria, queria muito. Como eu pude me deixar ser seduzida por uma vilã?

       - Chegamos, esse é o meu quarto – Disse Himiko abrindo a porta e indicando com a mão que eu entrasse primeiro.

       Quando a luz se acendeu me surpreendi com a decoração. Não era diferente de qualquer outro quarto de garota, tendo um armário de roupas, uma penteadeira, uma televisão, uma cama e até um notebook. Também era bem mais espaçoso do que imaginei, mesmo com todos os moveis ainda tinha um espaço razoável para caminhar.

       – Pode se sentir especial, você é a primeira presa que eu trago para a minha toca – Falou a vilã depois de trancar a porta atrás de nos.

       - Presa? Do que está falando, Toga? – Perguntei confusa.

       - É só uma analogia, assim como no reino animal, após te caçar e capturar, eu te levo até minha toca para poder te come...

       - Certo, certo, já entendi – Interrompi encabulada e a vilã não conteve uma risadinha.

       Eu já estava nervosa o suficiente sem suas provocações, mas ela fazia questão de me deixar ainda mais, e não pretendia parar por aí. A alguns metros de mim, encostada na porta, Himiko me encarava sem falar nada, mas seu olhar penetrante e cheio de malicia dizia muito. Senti meu corpo esquentar enquanto a vilã corria seus olhos pelo mesmo, como uma legitima predadora, com agua na boca, na iminência de dar o bote. Aquilo estava me excitando de verdade, minha respiração estava ofegante, e meu coração tão acelerado que parecia que eu não ia aguentar. Apesar de ainda tremer um pouco por conta do nervosismo, aquele sentimento intenso que eu senti no outro cômodo estava voltando, uma vontade crescente e incontrolável de me entregar a vilã. Mas para minha surpresa, ela não se movia, como se estivesse esperando por algo.

       - Você parece um pouco nervosa, Camie, - Disse Himiko em um tom provocativo - alguns minutos atrás estava tão confiante, querendo que te levasse para o meu quarto e agora que estamos aqui não consegue parar de tremer. Hoje foi tão divertido, você me deixou bem molhada, sabia? E eu não estou falando de suor. O que aconteceu com aquela ousadia de antes?

       Um pequeno sorriso se formou no meu rosto quando caiu a ficha do que a vilã queria com esse papo, estava bem claro o seu jogo. Ela percebeu que eu desejava fazer aquilo tanto quanto ela, Himiko não era boba, eu já tinha dado todos os sinais de que eu estava totalmente entregue. O que ela tanto estava esperando era que eu pedisse para ela vir para cima, como uma "cadelinha" submissa. Eu sabia que se fizesse o que ela queria seria como admitir essa submissão, e sabia também que isso a excitaria em um nível que eu teria dificuldade de acompanhar, mas eu já não me importava, eu já tinha desistido de conter meus desejos.

Ta no inferno abraça o capetaOnde histórias criam vida. Descubra agora