Capítulo 1: Sob a luz da lua

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 Uma rápida brisa corre pelas planíces do conde Fausto. A Luz da lua cheia junto a um céu estrelado e sem uma nuvem ilumina os pastos verdes dos pastores de ovelha moradores da região. - Corram crianças! Sua mãe precisa de ajuda! - Grita Kahh, um tifling de pele azul como a noite e olhos amarelos como os de um bode, chifres também azuis que partes do centro de sua testa crescendo em diagonal em direção as laterais de sua cabeça; O suor escorre pelo seu cavanhaque - Izy, nosso bebê mais novo está a caminho! - Continua ele a dizer para mulher no chão em seus braços.


 - Kaaah!!! - Responde Izy, também uma tiefling, mas um pouco diferente de seu marido. Com a pele branca como a lua e longos cabelos laranjas como o sol, com chires que nasces nas laterais de sua cabeça e se enrolam como a concha de um caracol. Ela passa a mão suavemente pelo rosto de seu companheiro e continua - Eu posso sentir que nosso bebê está chegando, se for um -uhh. - Uma forte contração em sua barriga a faz franzir a testa enquanto o sua escorre pelo seu rosto. - Força Izy, Guarde suas energias! Galle e Ind foram chamar ajuda!

 As contrações ficam cada vez mais fortes. A dor fica mais intença e mais difícel de segurar. - Está nascendo! - Grita Izy contraindo sua barriga. - Porra! - Grita Kahh - Meus conhecimentos vão ter que servir. Kahh tira de sua bolsa uma cambuca e um moedor feitos de pedra, e em seguida alguns potes de vidro. Ele ajeita a mochila para sua esposa enquanto abre os potes e mistura tudo no moedor. - Pronto. - Diz Kahh erguendo a cambuca em direção a boca de Izy. - Beba um pouco, isso vai te ajudar com a dor. Izy bebe a mistura feita por ele, a mistura das ervas cria uma espécie de anestésico natural, fazendo com que a dor sumísse quase por completo.

 - Obrigada, - Diz Izy levando sua mão esquerda ao chão, apoiando todo o seu peso para tentar se levantar - Agora precisamos continuar, já estamos quase chegando, não podemos parar aqui. - Izy termina sua frase usando todas as suas energias para ficar de pé. - Não se esforce, Izy. - Responde Kah pondo sua mão direita por cima da mão esquerda dela - Deite-se, meu bem, nossa terceira cria nascerá sob a luz da lua, - Kah passa as costas de seus dedos da mão esquerda no rosto de Izy e continua - Será tão bela quanto as suas poesias. Uma contração vêm novamente, essa mais fraca devido a poção anteriormente tomada mas, junto dela uma lembrança de anos, de quando o recital de suas poesias era aquilo que garantia seus alimentos. Lembras da infância, de quando as coisas eram mais difíceis, lembranças de sua antiga trupe e dos espetáculos que faziam em qualquer lugar por uns poucos trocados. Izy sente saudade dessa época, quase sente o calor da fogueira que a aquecia a noite, quando todo seu grupo se deitava ao redor para dormir e espantar os animais. - Que saudade... - Sussura Izy momentos antes da próxima contração.

  - Kah, - Diz ela olhando nos olhos dele com uma expressão de alívio e dor no rosto - está na hora. - Disse ela - minha bolsa rompeu... - Kah olha para as pernas de Izy e vê seu vestido azul escurecendo entre suas pernas - R-Rompeu? - Gaguejou ele ficando parado por alguns segundos olhando a mancha escura ficando maior - Aaaaah! - Grita Izy sentindo uma contração ainda mais forte - por favor kah, faça nosso bebê nascer. - Suplica Izy fechando seus olhos com força e rangendo seus dentes enquando se contrai no chão.

- Onde estão as crianças? - Pensou Kah em desespero - Ok amor, agora é só eu e você aqui. - Diz ele retirando um pano de sua mochila e colocando no chão, entre as pernas de Izy, em seguida Kah levanta seu vestido e - Você tem que manter as pernas abertas, Izy. - Diz ele se esticando por cima dela, levando sua mão direita em direção a mão esquerda de sua amada, Kah segura sua mão e diz - Agora eu preciso que você faça força e respire fundo, tenta acompanhar a minha respiração e fazer força a cada contração.

 Izy grita de dor enquanto Kah segura a sua mão. - Força, querida! - Grita kah - Já consigo ver seus pequenos chifres daqui! - Continua ele dizendo com um sorriso e suor frio escorrendo pelo seu rosto. A mão da Izy começa a tremer e apertar a de Kah com a força do que antes. - Aaaaaaaaaaaaah!!! - Urra Izy já exausta, ela então usa suas últimas forças e contrai seu abdômen o mais forte que aguenta, um silêncio de estaura na planície e Izy se deita, quase desmaiada, com a cabeça apoiada nas suas bolsas.

 Um choro fino corta o silêncio da noite. - É uma menina! - Diz Kah com lágrima nos olhos - Nossa pequena filha... - Continua ele dizendo enquanto enrola a criança no pano que já estava pronto para isso. - Uma menina? - Pergunta Izy com um fraco sorriso cansado - Me deixe segura-lâ um pouco. - Disse ela erguendo os braços em direção a criança e continuou - Nascida no meio do nada e sob a luz da lua, minha filha, tomando seu primeiro banho de luz da lua em seu primeiro dia de vida - Izy respira fundo com um sorriso sincero em seu rosto - Você se chamara Lunna, nascida sob a lua.

 Kah se levante, bate a poeira de seus joelhos e olha para a lua - Uma ótima noite para se nascer - Pensou ele - Bom, agora temos que ir, - Disse Kah se abaixando e pegando suas bolsas, agora, deixando embanhadas suas espadas longas que antes estavam na mochila,pondo uma antravessada nas suas costas com o punhal apontado para esquerda e a outra em sua cintura, também do lado esquerdo.

 - Me dê ela um pouco, - Continou ele dizendo enquanto esticava suas mãos, para pegar a criança e ajudar Izy a se levantar - temos outros filhos para cuidar também. - continou ele rindo - A essa altura já devem ter chegado no condado do Fausto - Respondeu Izy a Kah - Então, vamos indo. - Disse ela, andando com as pernas ainda trêmulas em direção ao centro do condado.

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