Capítulo 1 Lúcia

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Estávamos morando em uma cidade simples, sem muitos agitos, mas ainda existia a tensão da 2ª guerra, nossa família era 6 pessoas, mas tudo mudou depois que nosso pai foi para guerra, vimos nossa minha mãe perder a metade dela, era o grande amor desde a adolescência, então nos 4( Eu, Edmundo, Susana e Pedro) fomos fruto dele. Tentamos seguir a vida adiante, irmos para escola, Edmundo sempre aprontava, isso não era novidade, ás vezes me enchia o saco, ai Pedro me salvava nessa, via nele o cuidado muito fofo.

Até que um bombardeio na nossa Finchley, fez nossa mãe tomar uma atitude dolorosa, mas entendíamos que era para escarparmos daquele fogo cruzado, Edmundo até salvou a foto do papai, Pedro ficou uma fera com ele, chamou ele de egoísta, entendi, perder mais alguém, mamãe iria enlouquecer. Então ela comprou nossas passagens de trem, pois era comum naquela época as crianças ir para casa de professores, então seguimos na viagem em silêncio, não tinha nem clima para conversar, mamãe falou com Pedro e nos damos aquele tchau de cortar o coração, não queríamos que ela ficasse, mas era assim que tudo ocorreu.

Paramos em uma estrada que a paciência teve que estar conosco, achamos que seria um carro que iria nos buscar,mas para cair na real foi uma carroça, uma mulher séria que dizia não gostar de crianças, não gostei dela, afinal nós ficamos assustados, chegar naquela casa enorme foi o que distraiu, mas ela não tirou o olho de nós, até Susana levou uma chamada. Exploramos a casa para passar o tempo, até que ficamos na sala, Susana ficou lendo, Edmundo discutiu e eu dei a ideia de brincarmos de esconde-esconde.

Foi a partir dai que tudo mudou para mim, no momento que Edmundo pegou aquele lugar nas cortinas, segui para a sala vazia que a dona Marta não queria que entrasse, entrei assim mesmo, vi um lençol tampando um retângulo em pé que não registi em tirar ele, revelando um guarda roupa lindo, de madeira maciça que custa uma fortuna, papai dizia que apenas a classe A tinha daqueles tipos de madeira, madeira de árvores fortes e com um cheiro maravilhoso. Mas esse guarda roupa que eu vi, tinha um cheiro meio esquisito, foi atraente entrar nele, o vento gelado que eu senti, foi como um íman que falava "entre e veja o que tem dentro" . Ao entrar senti os casacos macios escuros com cheiro de guardado, fui indo, não parei, até senti algo me espetando, segui até ver um céu de neve, mas... neve? Olhei tudo coberto de neve, um poste de luz antigo, que parecia nas fotografias antigas de Londres, segui caminho tranquilamente, até tomar um susto, passos poderia ser algo que não é bom. Quando vi que era, tomei um susto! Ele até derrubou tudo no chão, fui educada, ele me conheceu, nunca tinha visto alguém como eu, ele perguntou se eu era filha de eva, confirmei, assim me chamou para a caverna dele e lá nos conversamos mais sobre Nárnia, ele me revelou que eu estava nesse reino, passamos horas conversando, ele me contou a historia antes desse inverno no qual ele falou que uma feiticeira condenou, fiquei com pena daquele povo viver assim, na minha terra inverno já é motivo de total reclusão, ainda mais viver isso 100 anos. Quando ele chorou estranhei e ele me falou que iria me entregar a feiticeira, mas como me conheceu, eu ainda queria voltar para aquela casa, pensei nos meus irmãos que sentiriam minha falta, ele me ajudou, foi maravilhoso. Quando voltei, contei aos meus irmãos, pois não iria criar segredos para eles, era tudo que eu tinha ali, mas eles não acreditaram em mim,ainda por cima nada ajudou, estava fechado, hoje vendo isso, sei que acontece é por que a pessoa não acredita, mas naquele momento me machucou a posição deles, dizendo que era coisa de criança, me chateei . Fui lá outras vezes, conversei com o Sr Tumnus, nessa volta encontrar Edumundo, foi ótimo, abracei ele na esperança de me ajudar nessa, mas não foi assim, depois acusaram de loucura, ainda bem que o professor Kirke deu uma salvada na situação, colocando eles na linha.Os dias ali perderam a graça, achei que nem iria mais,as brincadeiras perderam o brilho, até a nossa ida ao rio, nada mais me alegrava, parei até para ler na biblioteca da casa, na tentativa de distrair, sai para fora, vi eles brincando com uma bolinha, até que fizeram uma travessura e corremos para a sala vazia, ai que senti eles estavam acreditando em mim, até que eles viram, os dois ficaram chocados, pediram desculpas para mim, Edmundo levou uma do Pedro, ele mentiu gravemente negando tudo, ele bem que estava merecendo, já tinha me magoado demais, seguimos ali, encontramos os Sr e Sra castor, eles nos receberam, comemos a comida bem diferente e simples, eles nos contaram da profecia que dois filhos de Adão e duas de Eva, sentariam nos 4 tronos em Cair Paravel, trazendo a primavera de volta a Nárnia, quando escutamos aquilo, achei que eles dois estavam enlouquecendo, onde que 4 crianças como nós iria governar um pais? Sabemos que para isso tem que ter o máximo de estudo, experiência, treinamento para a posição, eles estavam enganados. O que não ajudou foi Edmundo sumir, ai que a saia apertou para nosso lado, onde ele se meteu, eles( os castores) falaram que Aslam iria nos ajudar, tudo que não podia ocorrer,colocar uma pessoa nada a ver com o problema, mas não teve jeito, tivemos que andar naquele frio insuportável, pois os lobos foram atrás de nós, não tínhamos escolha, era enfrentar tudo e trazer Ed de volta ou morrer ali mesmo...

Nessa hora Pedro e Susana viram em mim uma filhinha, irmã mais nova, sabe, era um cuidado que até ficou chato, antes não tinha tudo isso, não seria agora que eles assumiriam esse papel, para acrescentar os castores estavam empurrando a gente para mais longe, não podíamos nem ir naquele castelo horroroso, segundo eles se víssemos iriamos morrer, mas e o Edumundo? A resposta: Aslam. Não adiantava discutir.Isso nos prendeu naquele reino desconhecido, só queriamos salvar Edmundo. Por que ele tinha que fazer isso?

No caminho de todo esse mundo congelado, ganhamos nossos presentes, Pedro: Espada+escudo, Susana: Arco e trompa e eu, ganhei um vidro lindo, era um tônico e uma faca bem a minha cara, amei aquilo, acho que ele adivinhou que eu era a mais nova, era o mais delicado, porem forte. Passamos mais alguns apertos, quase morri afogada e eles mais uma vez, enlouqueceram como meu "sumiço"

Ficamos surpresos ao ver que era um Leão, achei que partiria para nós, mas ele nos mostrou total segurança, recebemos mais regalias, comida deliciosa, roupas novas, me senti em um filme, aquilo estava divertido até.Teve todo o drama do nosso irmão depois que ele foi resgatado, Aslam conversou com ele,salvou ele da morte, isso foi mais que inesquecível.

Quando fomos coroados reis e rainhas de Nárnia, ainda recebi o título de destemida, foi surreal, a festa foi uma pompa só, dançamos com aquelas criaturas diferentes, tinha tudo que eu vi da mitologia grega, foi o início de uma nova vida, a nossa de antes, ficara para atrás(por enquanto). Ver Aslam se afastando de nós, foi triste, mas Tumnus me disse que ele não era domesticável.

Nosso reinado em Nárnia foi uma mistura de todas as emoções, tivemos um trabalhão para acabar com as coisas da feiticeira branca nos dois primeiros anos, construímos laços de amizade em Arquelândia, era um reino grande com um exército bem preparado por Aslam, pois ele que estava acima de nós, vivemos festas lindas, tanto que eu e meu irmão aprontamos um pouco, Eu e Edmundo inventamos de sair para cavalgar na floresta quando Pedro e Susana estavam dormindo, acordamos bem cedo, colocamos nossa roupa sem ser chamativos, e fomos apostar corrida, por azar nosso, um dos anões dos empregados entregou-nos, chegamos sem sujeira, só estávamos suados, era como um exercício físico. Eles estavam na porta de Cair paravel, perguntando por que não deixamos bilhetes, deixamos malucos. Tivemos entretenimento, eu e Susana jogamos xadrez, tocamos arpas e plantamos rosas e outras flores preferidas, nessa Susana ficou triste se não iriamos mais voltar para casa, eu tive a idéia legal, nos 4 reunimos e fizemos nosso natal igual de casa, rimos, contamos as coisas do nosso dia dia no castelo, as tarefas que teríamos que cumprir, tudo para esquecer essa saudade. O desafio maior foi alegrar Susana de novo depois que o horroroso da Calormânia(Rabadash)quis minha irmã como esposa, Eu e Edmundo, lutamos para ele nos deixar em paz, vimos dois irmãos perdidos se reunir(Cor e Corin), Pedro lutou para acabar com os gigantes, depois nos 4 reunimos para mais uma festa para celebrar essas vitórias, eu contava histórias, damos banquetes.

Ai foi só paz, parecia que era nossas férias, mas com tarefas, resolver as coisas, crescemos em um reino que jamais pensaríamos em viver, foram anos de muitas riquezas, meus irmãos fizeram pomar para passar o tempo também, nosso pais secreto que ficou em nossos corações. O mais estranho foi voltar de lá e ver que nada passou, mas para nós, veio assunto para conversar com Digory, que revelou a história dele, a origem daquele guarda roupa, agradeci a ele por isso.

POV-Irmãos PevensieOnde histórias criam vida. Descubra agora