Vem comigo

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A medida em que ele descia suas mãos por minha cintura, eu sentia meu coração acelerar cada vez mais. Com um ritmo ainda devagar, Park colocou uma de suas mãos dentro do meu uniforme, e a subiu um pouco.

— Ei...

— Shh, baby. — Ele sussurrou, antes de movimentar mais ainda suas mãos, e começar a fazer cócegas em minha barriga.

Não aguentei segurar, e ri alto contorcendo todo o meu corpo. Tentei segurar ao mãos dele, para que parasse, mas foi em vão.

— Aprende a não sair dizendo as coisas por aí agora. — Riu.

— Para com isso! Eu vou m-morrer.

— Eu posso saber o que é que vocês dois estão aprontando desta vez? — Ouvi o diretor perguntar atrás de nós.

Jimin revirou os olhos, e se afastou de mim, olhando-o indiferente. O diretor cruzou os braços, e esperou por alguma resposta nossa.

— A gente só estava conversando, senhor! — Park disse, num tom de soldado respondendo seu capitão. Eu ri sem querer.

— Pelo que eu sei, vocês dois deveriam estar limpando o palco agora. — O mais velho respondeu, seco.

— Já estávamos indo para lá. — o garoto segurou minha mão. — Se nos der licença. — disse, fazendo uma pequena reverência, antes de desviar de seu pai, e seguir para o palco.

Quando chegamos lá, ele soltou minha mão, e com uma expressão de nojo, olhou para o chão. Estava todo sujo de coisas que no momento eu não sabia exatamente o que eram. Estava realmente uma nojeira. Se o diretor queria nos dar uma lição, conseguiu.

Distraída com toda aquela porcaria no chão, andei sem olhar para frente, e acabei dando de cara com as costas de Jimin, que como de costume, parou do nada na metade do caminho.

— Quer parar com isso, garota?

— Quem sabe se você parar de moscar na minha frente.

— Agora a culpa é minha se é você que se esbarra em mim? — Negou com a cabeça. — Aliás, espero que tenha aprendido a não ficar dizendo o que não se deve dizer por aí.

— É, eu aprendi. — murmurei. — Mas assim...não pensei esse tal castigo fosse ser cócegas. Me preocupei à toa.

— E o que pensou que fosse? — Me olhou curioso.

— Nada demais. — Respondi, tentando fingir que não havia pensado as besteiras que leio nos livros. — Nadinho mesmo.

— Ah mas que fofa. — Colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha, rindo. — Mas sabia que você mente muito mal?

Ok, eu precisava de uma resposta bem convincente e bem rápida.

— E-Eu só pensei que...fosse me empurrar, ou algo assim. — Limpei minha mente dos impuros possíveis castigos que pensei, e menti.

— Isso? — Perguntou, decepcionado. — Eu não faria, não se preocupe... — Coçou a nuca, sem graça. — Mas assim, foi só isso mesmo que você pensou?

— Aham!

Ele me olhou por um instante em silêncio, e deu um longo suspiro. Botou as duas mãos nos bolsos, como de costume, e voltou a caminhar em minha frente.

E embora minha imaginação tivesse ido muito além de um empurrão, eu não iria dizer a ele o que realmente havia pensado...então só deixei para lá.

O papo acabou acabando só naquilo, e eu resolvi começar a limpar o palco de uma vez. Procurei os materiais de limpeza, enquanto tirava algumas coisas do caminho com o pé. Park pareceu não ligar muito para sua tarefa, já que em questão de segundos já se distraiu com o seu celular.

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