Capítulo 10

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Assim que entrou em sua sala ela viu um enorme buquê de flores, na fita do mesmo estava escrito "bem vinda".

Ela sorriu ao ver o carinho com que seus funcionários a tratavam, ela sabia que não eram todos, mas os poucos eram o suficiente.

Na mesa havia um bilhete, ela abriu e começou a ler.

"Seja bem vinda de volta à vida, meu amor."

Ela sorriu e disse baixinho.

L:Otávio...

F:Não. Dessa vez você errou meu amor.

Não deu tempo nem de identificar a voz e as mãos de Fernando já entrelaçavam a sua cintura.

L:Como foi que você entrou aqui? Quem te deu permissão de entrar assim na minha... (foi interrompida)

Fernando a segurou pela nuca bruscamente e puxou-a em um beijo. Ela batia em seu peito, tentava empurrá-lo, mas ele visivelmente era mais forte, era inútil, até que ela pensou em algo.

F:Ai! Você me mordeu, Lívia?

Ela não parou por aí e deu um forte tapa no rosto dele.

F:Porque isso tudo?

L:Você está louco?

Ele a beijou novamente, a língua insistindo em entrar na sua boca, as mãos vieram até o seu queixo e ele a soltou, antes que levasse outra mordida.

L: Como você invade a minha sala e me agarra desse jeito?

F:Jeito esse que faz você se derreter nos meus braços, não é? (se aproximando novamente)

L:Fernando, o que aconteceu? Você não raciocina mais? Você está diferente... (se afastando)

F:Estou do jeito que você gosta e sempre gostou, Lívia.

L:Me ouve! Ou você sai daqui agora ou eu chamo a polícia pra você.

F:Não tem mais medo da polícia meu amor? (chegando mais perto)

L:Fernando! Sai daqui! (gritando)

Em menos de um minuto um homem alto e moreno com um terno impecável apareceu na sala dela.

Seg: Precisa de alguma coisa Senhora Portegas?

L:Preciso (ofegante) Preciso sim, Henrique. Por favor, acompanhe o senhor Marinho até a saída.

F:Ei, não precisa não, eu sei por onde entrar e por onde sair daqui. Até mais, Lívia.

O Segurança, mesmo assim o acompanhou.

Logo que eles saíram à secretária de Lívia entrou na sala.

Sec:Dona Lívia, eu trouxe uma água, a senhora está pálida. Quer que eu chame um médico? (entregando-lhe a água)

Ela tremia.

Sec: Dona Lívia?

L:Está tudo bem, Renata. Pode ir, eu realmente estou bem.

Sec:Qualquer coisa é só me chamar.

A secretária obedeceu.

Lívia pensava com ela, o que era aquilo? Porque ele estava daquele jeito? Parecia fora de si, parecia um louco, o Fernando que ela conhecia não era assim, ele a ouvia. Com certeza não era aquele Fernando que a levou de volta para a igreja naquele dia. Mas por quê? Será que aquele imenso amor realmente havia virado uma doença?

Não queria pensar no pior.

Tratou logo de se planejar, havia muitos eventos para a Frosch. Afundou-se em relatórios e datas de eventos.

Confidências Parte 2 [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora